2010-08-20

Quinta da Ponte - Faia, Guarda. Família Vasconcelos Trigueiros Aragão


e seus sucessores 
Família Sousa Alvim



Faia do Mondego, Quinta da Ponte,
Capela de  N. S.ra da Vitória.
Quinta da Ponte, portal armoriado.






















Pedra de Armas

Quinta da Ponte, pedra de armas.
Esquartelado: 1º - Távora, 2º - Aragão, 3º - Miranda,
4º - Vasconcelos.


                          Brasão de:     BONIFÁCIO DE TÁVORA E VASCONCELOS ARAGÃO E MIRANDA
                                                  (c. 1697)?
                          Forma:            Escudo esquartelado: o 1.º de TÁVORA, de prata com 5 faixas
                                                  ondadas de azul; o 2.º de ARAGÃO, de ouro com 4 palas de 
                                                  vermelho; o 3.º de MIRANDA, de ouro com aspa de vermelho, 
                                                  acompanhada de 4 flores-de-lis; o 4.º de VASCONCELOS, em
                                                  campo negro três faixas veiradas de prata e vermelho.
                          Timbre de:      MIRANDA, que é uma aspa de ouro, carregada de 4 flores-de-lis
                          Local:              Portal da Quinta da Ponte, Faia, Guarda.
                          Data:               Séc. XVIII ?




QUINTA 
Quinta da Ponte.
     A Quinta da Ponte com o seu solar, situada na freguesia da Faia, concelho da Guarda, no Parque Natural da Serra da Estrela, constitui um dos mais agradáveis conjuntos de turismo de habitação de qualidade desta região.
       Rodeada por um fresco e fértil vale que serve de leito ao curso inicial do rio Mondego que lhe fica contíguo, esta quinta desfruta de grande frescura, luminosidade e ar puro. Juntamente como outras quintas do Vale do Mondego, que lhe ficam próximas, era outrora um dos pontos de encontro e de vilegiatura de várias famílias aristocráticas das Beiras.
       Um encantador parque ajardinado de inspiração francesa – Jardim de S. Luís – ostenta uma bela vegetação de buxo da qual se destacam frondosas árvores, tanques, piscina e campo de ténis; tudo isto formando um conjunto de rara beleza em contraste com a grandiosa e severa paisagem montanhosa da Serra da Estrela.
 
       Num dos recantos deste solar encontrou-se outrora uma enigmática inscrição em latim, supostamente alusiva à primitiva fundação desta casa que, até hoje, tem resistido a todas as tentativas de decifração.
Inscrição indecifrável, saída das obras
 de remodelação do Séc. XVIII (?).
   A contígua freguesia da Faia apresenta vestígios de grande antiguidade, nomeadamente numa casa que ostenta uma curiosa janela geminada de estilo Manuelino.
    A Igreja matriz da Faia datada do século XIII-XIV, embora muito descaracterizada apresenta no seu interior, do lado oposto à porta lateral, uma magnífica capela e dois arcos em granito que davam acesso a capelas funerárias, hoje desaparecidas devido a obras que a pretenderam modernizar, das quais ainda se podem observar algumas inscrições dispersas pelo templo. No interior da sacristia uma outra capela funerária, desapareceu sob um revestimento de madeira com que se fez um armário destinado a guardar diversos paramentos religiosos. No largo desta igreja, no local onde existiu o antigo cemitério, ainda resta um ou outro jazigo da família e de parentes dos senhores da Quinta da Ponte.



























 
SOLAR    
    Este solar resultou de grandes obras de remodelação iniciadas por volta do segundo quartel de setecentos sobre uma outra edificação mais antiga.
     Saqueado e incendiado durante a retirada da 3.ª Invasão Francesa, a qual causou uma morte nesta família e deixou na região um rasto de latrocínios e brutalidades, foi posteriormente recuperado e mais recentemente modernizado para obedecer às necessidades de conforto da vida actual.
    A decoração interior, sóbria e de bom gosto, baseia-se numa harmoniosa combinação de cores suaves. Os tectos foram pintados de acordo com a decoração aí existente no século XVIII.

CAPELA
Altar da capela
Qta, da Ponte, Capela de N. Sr. da Vitória
   A capela de estilo neoclássico, fundada por Alexandre de Vasconcelos Coutinho (f. 1725), apresenta um gracioso altar com tecto e colunas decoradas com anjos, cujos rostos, segundo a tradição, representam as diversas mulheres da família fundadora.     

      N. Sr.ª da Vitória, ostentando na mão a bandeira de cor azul e vermelha sob o qual combateram os par-
tidários de D. Miguel, o que é explicável pela devoção Miguelista de alguns dos antepassados desta família.

     Na parede lateral, situada do lado do evangelho, encontra-se a seguinte inscrição:
Capela, inscrição
«O DOUTOR ALEXANDRE DE VASCONCELLOS COUTINHO, COLLEGIAL DO REAL COLÉGIO DE S. PAULO, LENTE DE CANONES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA. DESEMBARGADOR DOS DESAGGRAVOS NA RELAÇÃO DO PORTO, FAMILIAR DO SANTO OFFICIO. MANDOU FAZER ESTA CAPELLA COM MISSA TODOS OS DOMINGOS E DIAS SANTOS: FALLECEU A I DE ABRIL DE 1725. ESTÁ SEPULTADO NA FREGUEZIA DE N. S. DA VICTORIA NA CIDADE DO PORTO.»

Sobre a porta que dá acesso á sacrista:
«BONIFÁCIO DE TAVORA E VASCONCELOS ARAGAM E MIRANDA. MANDOU FAZER ESTA OBRA A SUA CUSTA E SE DIRA HUMA MISSA NESTA CAPELLA, TODAS AS SEMANAS POR SUA ALMA E DE SUA MOLHER CHRISOSTOMA NOGUEIRA E DE FRANCISCO JOZE DE FIGUEIREDO FALCÃO, FILHO DE SUA MULHER. ANNO DE 1728.»


ARREDORES    
Ponte do Rio Mondego
contíguo à quinta.
     Espaço de lazer e de sossego, esta paradisíaca quinta situada no Parque Natural da Serra da Estrela é ponto de partida para algumas visitas a diversos castelos e aldeias históricas da região, tais como: Guarda, Linhares, Celorico da Beira, Trancoso, Marialva, Longroiva, Numão, Sortelha, Sabugal, Vila do Touro, Castelo Mendo, Castelo Bom e Almeida.

                            HISTÓRIA
     Esta casa terá sido um dos berços da família Aragão que se radicou nesta região após o casamento celebrado em Trancoso da Rainha Santa Isabel com o rei D. Dinis, os quais residiram por algum tempo na cidade da Guarda.
      Com a Rainha Santa veio o seu meio-irmão D. Pedro de Aragão (c. 1297), filho ilegítimo do Rei D. Pedro III de Aragão, que casou em Portugal com D. Constança da Silva, filha do alcaide-mor de Santarém. D. Pedro de Aragão, teve geração e deixou descendência nas Beiras, a qual, supostamente viria a dar origem os ramos Pinas de Aragão (Guarda), e Trigueiros Vasconcelos Aragão (Faia e Alcains).



SUCESSÃO NA POSSE DA QUINTA DA PONTE
§ 1
1.       DOMINGOS MENDES DE ARAGÃOdoutor em Leis, natural da Guarda, filho de Pedro Vicente casado
         com D. Domingas Fernandes (ou Freire de Aragão?), naturais do lugar de Carnicães, no concelho de
         Trancoso; neto materno de Francisco Mendes e de sua mulher D. Ana de Aragão[1].
Quinta da Ponte
         Casou com D. CLARA MARIA DE MIRANDA COUTINHO, pela qual 
         parece provirem as armas de MIRANDA que figuram no 3.º quartel
         da pedra de armas da Quinta da Ponte.
         Sua mulher era filha de Jerónimo de Paiva (ou Miranda de Sá), e de
         D. Maria de Miranda Coutinho, ambos naturais e moradores na cida-
         de da Guarda[2];
         neta paterna de Luís de Paiva Botelho, cavaleiro fidalgo da Casa
         Real, e de sua mulher D. Luísa de Sá; neta materna de Manuel de
         Queirós da Fonsecade D. Brites de Sequeira Coutinho.
         Tiveram:
         2.     PEDRO MENDES DE ARAGÃO DE MIRANDA E SÁ, que segue.

2.       PEDRO MENDES DE ARAGÃO DE MIRANDA E SÁ que também usou o nome abreviado de PEDRO DE
         ARAGÃO E MIRANDA, natural da freguesia de São Vicente da cidade da Guarda de onde era natural.
         Formou-se em Cânones pela Universidade de Coimbra[3], habilitou-se para o desembargo do Paço
         (1674)[4], tendo ocupado o cargo de sargento-mor da cidade da Guarda, assim como foi cavaleiro pro-
         fesso da Ordem de São Tiago e familiar do Santo Ofício (1690)[5].
          Casou com D. CLARA MARIA DE VASCONCELOS, natural da Guarda, a qual supomos ter herdado de
         seus maiores a emblemática Quinta da Ponte que por esta época ainda teria uma modesta configuração
         rural. Esta senhora, juntamente com o seu marido, fez habilitação para o Santo Ofício.
            Sua mulher era filha de Filipe Ravasco de Oliveira (c. 1647), fidalgo da Casa real, cavaleiro professo da
         Ordem de Cristo, sargento-mor da Guarda, tabelião do Público, Judicial e Notas da cidade da Guarda
         «enquanto durar a menoridade do filho de Martim Lameiro de Almeida» (alvará de 4-I-1647)[6], o qual
         casou em 1646(?) na Sé da Guarda com D. Cecília de Távora (ou Lameira)[7], cujo apelido TÁVORA não
         transmitiu à sua descendência, provavelmente devido ao facto do marquês de Pombal ter proibido o
         seu uso em 1759 por esta família ter sido implicada no atentado perpetrado contra o rei D. José I. 

                   O apelido TÁVORA, usado por esta última senhora, faz parte do esquartelado da pedra de armas
                   que encima o portal de acesso à Quinta da Ponte, assim como também figura numa inscrição que
                   até hoje permanece indecifrável, a qual saiu do seu local de origem nas obras de remodelação
                   feitas no século XVIII.
D. Clara Maria de Vasconcelos era neta paterna de Francisco Ravasco e de sua mulher D. Joana Lameira[8], naturais e moradores na Covilhã; e neta materna de Martim Lameira de Almeida e de sua mulher D. Mariana de Melo, naturais e moradores na Guarda.
Filhos (3):
3.1.     ALEXANDRE DE VASCONCELOS COUTINHO (f. 1725), natural da Guarda, foi familiar do Santo 
          Ofício (1723)[9], lente de Cânones da Universidade de Coimbra, desembargador da Relação do
          Porto, colegial de São Paulo e fundador da Capela de N. Sr.ª da Victória  por disposição testa-
          mentária – no solar da Quinta da Ponte que, até então, apresentaria uma modesta configuração
          rural.
          Faleceu solteiro a 1-IV-1725 na então Rua do Postigo na freguesia de N. Sr.ª da Victória, no Porto,
          onde foi sepultado, tendo a citada quinta passado à posse do seu irmão Bonifácio de Távora
          (c. 1697).
3.2.    BONIFÁCIO DE TÁVORA E VASCONCELOS ARAGÃO E MIRANDA (c. 1697), bacharel formado em
         Cânones, capitão-mor da cidade da Guarda, o qual obteve uma tença de 20$000 réis com o hábito
de Cristo (carta de 29-X-1697)[10].
Quinta da Ponte

Foi ele o herdeiro da Quinta da Ponte, por seu irmão Alexandre de Vasconcelos  (f. 1725) ter falecido sem geração,  tendo-lhe competido executar o seu desejo (testamentário?) de edificar a capela de N. S.ª da Victória desta casa solarenga, conforme se depreende por uma inscrição que este deixou sobre a porta que dá acesso à sacristia.
Entre todos os seus irmãos, foi ele o único a usar os apelidos que figuram na pedra de armas da Quinta da Ponte – TÁVORA, ARAGÃO, MIRANDA, e VASCONCELOS – pelo que não será abusivo presumir que é dele o brasão que figura num dos portais
         de acesso a esta casa
         Casou nas segundas núpcias (?) de D. CRISÓSTOMA NOGUEIRA PRETO, da qual não terá tido
         filhos, pois foi seu irmão Luís Aragão que veio a ser herdeiro da Quinta da Ponte.
         Bonifácio de Távora, juntamente com sua mulher D. Crisóstoma Nogueira, foi padrinho de baptis-
         mo na freguesia de São Vicente da cidade da Guarda de quatro filhos de João Mendes da Fonseca
         (1687-1736), alfaiate, natural da Lageosa, casado com D. Cecília de Almeida, antepassados dos
         viscondes da Lageosa (Lageosa do Mondego, no concelho de Celorico da Beira)[11]:  a saber, de
         Clara Mendes da Fonseca (n. 1717) baptizada a 8-V-1717; dos futuros padres José Mendes de
         Almeida (n. 1722) baptizado a 27-III-1722 e João Mendes de Almeida (n. 1724) baptizado no dia
         12-VI-1724; e por último de Francisco Mendes de Almeida (n. 1728) baptizado a 12-XII-1728. É de
         supor haver uma relação de proximidade parental entre esta família com os seus padrinhos, os
         donos da Quinta da Ponte, em virtude dos apelidos MENDES ALMEIDA, os quais eram comuns a
         estas duas famílias.
3.3.   Luís de Aragão e Miranda, que segue.

3.      Luís de Aragão e Miranda, natural da Guarda onde foi vereador da Câmara da Guarda.
        Casou com sua sobrinha D. Maria Antónia de Sá PEREIRA e Vasconcelos[12]
Aldeia Nova do Cabo, Quinteiros.
        Sua mulher era filha de Afonso de Sá Pereira (c. 1695) familiar
        do Santo Ofício (1698)[13], senhor do então designado lugar
        dos Quinteiros com jurisdição de fazer justiça” (actual Quinta
        dos Quinteiros, vocacionada para eventos sociais), em Aldeia
        Nova do Cabo, concelho do Fundão, e de sua 2.ª mulher e pri-
        ma D. Angélica Teresa Osório Leite de Vasconcelos[14], tam-
        bém ela familiar do Santo Ofício (1674), com a qual casou no
        ano de 1672 em São Paio de Guimarães; neta paterna do ho-
        mónimo Afonso de Sá Pereira (c. 1668)[15], natural de Aldeia
        Nova do Cabo,  cavaleiro da Ordem de Cristo (1668), familiar
        do Santo Ofício (1674), e de sua 2.ª mulher e prima D. Susana da Costa Vasconcelos, filha de seu
        tio paterno[16]; neta materna de António Leite Pereira, fidalgo da Casa Real e comendador da
        Ordem de Cristo[17], assim como senhor dos morgados de Santa Luzia e de Barrosão em Cabe-
        ceiras de Basto, o qual casou em 1672 em São Paio de Guimarães com D. Maria Joana da Costa
        Vasconcelos Osório[18].
        Tiveram:
       4.     Pedro de Aragão Miranda e Sá VASCONCELOS (f. 1793), que segue.

4.     Pedro de Aragão DE Miranda e Sá VASCONCELOS (f. 1793), natural da cidade da Guarda, fi-
        dalgo da Casa Real, o qual reuniu uma apreciável fortuna que, entre muitos outros bens, incluía
        duas emblemáticas propriedades: a Quinta da Ponte na freguesia da Faia, assim como o lugar dos
        Quinteiros (actual Quinta dos Quinteiros) em Aldeia Nova do Cabo[19].
        Casou com D. Margarida Francisca TAVARES da Costa Rolim de Ornelas (n. 1759)na-
        tural de Beijósfilha de Bartolomeu da Costa Tavares Coutinho (c. 1723)[20], natural de Trancoso,
        o qual foi fidalgo da Casa Real (alvará de 24-III-1723)[21], cavaleiro da Ordem de Cristo, familiar do
        Santo Ofício (20-VI-1748)[22]mestre de campo dos Auxiliares em Pinhel (decreto de 18-IX-1754),
        tendo casado em Beijós, concelho de Carregal do Sal, com D. Maria Margarida de Ornelas Rolim e
        Abreufamiliar do Santo Ofício[23], nascida na freguesia de Beijós, descendente dos morgados
       de Beijós e de Passo (Quinta de Passo, em Cabanas de Viriato).
Q.ta da Ponte
Sua mulher D. Margarida Francisca era neta paterna de Jacinto Lopes Tavares da Costa[24], natural de Trancoso, o qual obteve uma tença de 12$000 rs com o Hábito de Cristo (carta padrão de 10-VIII-1683)[25], assim como a «faculdade para renunciar o ofício de Juiz dos Órfãos das vilas de Castelo Novo e Alpedrinha em pessoa apta» (provisão de 22-IX-1713), tendo sido fidalgo da Casa Real (21-VIII-1719)[26], cavaleiro da Ordem de Cristo, sargento-mor de Batalha, senhor da Casa dos Costas em Alpedrinha, no concelho do Fundão, e governador de Almeida, o qual foi casado com D. Margarida Francisca Correia Tavares, sua sobrinha; e neta materna de João de Ornelas Rolim de Abreu (c. 1704)[27], natural e morador
       em Beijós, concelho de Carregal do Sal, que foi estudante de Leis na Universidade de Coimbra, mo-
       ço fidalgo da Casa Real (alvará de 19-IV-1704)[28], tendo feito habilitação para o Santo Ofício[29],
       e de sua mulher D. Maria Caetana da Costa Frois[30]filha herdeira, natural de Cabanas (Cabanas
       de Viriato), concelho de Carregal do Sal.
       Filhos (2):
       5.1.    Bartolomeu de Aragão da Costa Tavares e Sá VASCONCELOS (1784-1848), varão
                 primogénito que segue abaixo.
       5.2.    D. MARIA ANGÉLICA LUDOVINA DE ARAGÃO COSTA SÁ E ORNELAS (f. 1830), natural da
                 Guarda.
                 Casou a 30-VII-1817 na capela da Quinta da Ponte com JOAQUIM REBELO TRIGUEIROS
                 MARTEL DA SILVA LEITE (1764-1830), natural de Idanha-a-Nova, fidalgo cavaleiro (alvará de 
                 9-VI-1824)[31], senhor dos morgados de Idanha-a-Nova e do Outeiro, este último em Aldeia de
                 Joanes, no concelho do Fundão[32]. Foi admitido no Regimento de Cavalaria com o posto de
                 Cadete (6-IV-1790) e atingiu a patente de coronel do Regimento de Milícias de Idanha-a-Nova
                 (22-XI-1808)[33]. Obteve Carta de Brasão de Armas com um escudo esquartelado de REBELO,
                 MARTEL, TRIGUEIROS, e COSTA, trazendo por Diferença uma brica de prata com um «J» de
                 preto (alvará de 8-VIII-1786)[34], quando contava apenas 22 anos de idade, o que nos leva a
Aldeia de Joanes, Solar do Outeiro
(do morgado do Outeiro)
                 supor que a sua nobilitação ficou-se a dever à iniciativa
                 de seu pai.
                 Seu marido era filho de Jerónimo Trigueiros Martel Rebe-
                 lo Leite (1716-1792), coronel de Milícias, senhor dos mor-
                 gados de Idanha-a-Nova e do Outeiro, este último em Al-
                 deia de Joanes, no concelho do Fundão, e de sua segun-
                 da mulher D. Maria Angélica Marques Goulão (1725-1790),
                 natural de Idanha-a-Nova, filha de Domingos Ambrósio
                 (n. 1707), sargento-mor das Ordenanças de Idanha-a-
                 Nova, cidade onde nasceu no ano de 1707, e de  D. Maria
                 Marques Goulão (n. 1697)natural de Escalos de Cima.

  Jerónimo Trigueiros Martel Rebelo Leite (1716-1792) era irmão de  D. Maria Antónia Trigueiros Martel Rebelo Leite (n. 1770), a qual foi mãe do general Joaquim Trigueiros Martel (1801-1873), 1.º Conde de Castelo Branco e grande lutador da causa liberal.

                 Filho:
                 6.     JERÓNIMO TRIGUEIROS DE ARAGÃO MARTEL DA COSTA (1825-1900), 1.º Conde de
                         Idanha-a-Nova, cuja descendência veio a ter a posse da Quinta da Ponte, e segue no § 2.
 
5.      Bartolomeu de Aragão da Costa Tavares e Sá VASCONCELOS (1784-1848), 2.º barão de
        Tondela (carta de 12-X-1824) pelo seu casamento[35]. 
        Nasceu a 19-V-1784 em Trancoso, tendo falecido a 12-VIII-1847, foi sepultado no antigo cemitério
        público junto à igreja da Faia.
       Em Maio de 1810, pouco antes da 3.ª Invasão Francesa, com a patente de Coronel, comandava o
        Regimento de Almeida. Foi fidalgo cavaleiro da Casa Real com 1600$000 réis de moradia (5-VI-
        1845), comendador da Ordem de Cristo, escrivão da Alfândega de Elvas, coronel das Milícias da
        Guarda (1817), Governado da Armas da Província da Beira.
        Casou a 17-X-1817 com D. Maria Joana Roede da ViCtoria (1882-1847), 2.ª baronesa de Ton-
        dela (1825), natural de Elvas, a qual era uma dos cinco filhos do tenente-general António Marcelino
        da Victoria (1750-1825)1.º Barão de Tondela (1823), natural de Estremoz, fidalgo da Casa Real (11-
        -III-1816) que iniciou a sua carreira de armas em Extremoz (1770) alcançando a patente de Tenente-
        -general dos Reais Exércitos (19-IV- 1825)[36], governador das Armas da Província da Beira, tendo
        pertencido ao Conselho de D. João VI do qual obteve a «Graça especial de Fidalgo Cavaleiro para
        as pessoas que casarem com suas filhas» (carta de 11-III-1822)[37], natural de Lisboa, casado a
        16-IV-1777 na Sé de Elvas com D. Catarina Vicência do Couto (1757-1719).
        Filhos (4):
        6.1.     ?   , (n. 1918), do sexo masculino, nascido a 18-VII-1918 e baptizado no “acto do seu nasci-
                  mento pelo cirurgião José Gonçalves Duarte (…)”, logo morreu e foi sepultado a 19-VII-1918
                  na Capela de N. Sr.ª da Vitória na Quinta da Ponte, freguesia da Faia, Guarda.   
        6.2.    Pedro de Aragão da Costa sá Victoria (n. 1819), que segue abaixo.
        6.3.    D. Catarina Emília de Aragão (n. 1821), nascida a 7-VI-1821.
        6.4.    D. Maria Angélica de Aragão (n. 1823), nascida a 19-II-1823.

Aldeia Nova do Cabo,
Solar Aragão (condes de Tondela),
actual Junta de Freguesia.
6.     Pedro de Aragão da Costa sá VictOria (n. 1819) que foi
        fidalgo cavaleiro da Casa Real (alvará de 5-VI-1845), nasceu a
        23-X-1819 e foi baptizado a 10-XI-1819 na Capela de N. Sr.ª da
        Victória, na Quinta da Ponte, freguesia da Faia, no concelho da
        Guarda, apadrinhado pelo tenente-general António Marcelino
          da Vitória e por D. Margarida Francisca Tavares, seus avós.
        Foi residir em Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão,
        onde herdou grande património, aí edificando o seu solar (1861)
        que é actualmente a sede da Junta de Freguesia.
        Casou com D. MARIA MATILDE CORREIA LACERDA LEBRIM E
        VASCONCELOS (n. 1842)[38]natural de Beirós[39], concelho de
        São Pedro do Sul.
        Sua mulher era filha do conselheiro António Correia de Lacerda
        Lebrim e Vasconcelos, fidalgo da Casa Real e senhor da Casa de Beirós na freguesia de Serrazes,
        concelho de São Pedro do Sul, e de sua mulher D. Maria Benedita de Moura Coutinho Teles de
        Sampaio.
        Filhos (5):
      7.1.      D. MARIA Emília de Aragão da Costa Lacerda da Victoria (n. 1843), nasceu a
                   22-XII-1842 e foi baptizada a 24-II-1843 em Aldeia Nova do Cabo, Fundão, apadrinhada por
                   seus tios José Correia de Lacerda Teles Moura e Vasconcelos, solteiro, do lugar de Beirós,
                   e por D. Margarida de Aragão Costa e Sá da Victória, solteira. Faleceu a 27-VI-1934 no Fun-
                   Fundão, solteira.
                   Foi muito caritativa ao longo da sua vida, sempre disposta a auxiliar os necessitados da fre-
                   guesia onde nasceu e onde residiu na sua Casa do Terreiro, herdada dos seus antepassa-
                   dos SÁ PEREIRA.
       7.2.      JOSÉ DE ARAGÃO DA COSTA LACERDA DA VICTORIA (1844-1908)1.º Conde de Tondela
                   (carta de 23-II-1899)[40]
José de Aragão da Costa Lacerda
 da Victória (1844-1908),
1.º Conde de Tondela
                   Nasceu em 1844 e faleceu a 8-VIII-1908 no átrio do seu solar de
                   Aldeia Nova do Caboassassinado a tiro de pistola pelo seu so-
                   brinho Dr. Pedro Cabral de Aragão na sequência de uma acesa
                   discussão na qual, segundo relatos da época, este seu sobrinho
                   que tinha grandes dívidas ao jogo, lhe tentou extorquir uma
                   avultada soma de dinheiro a pretexto de pagar a honra de sua
                   irmã com a qual acusava o tio, então já viúvo, de manter uma
                   relação amorosa. 
                   Foi senhor da Quinta da Ponte, na qual recebeu com grande
                   pompa e uma sumptuosa festa o rei D. Carlos e a rainha
                   D. Amélia em 1898e do seu solar em Aldeia Nova do Cabo.
                   Foi ainda presidente da Câmara Municipal do Fundão.
                   Casou com D. MARIA ISABEL PEREIRA REBELO DA FONSECA
                   (f. 1906), falecida a 15-IX-1906, filha de Manuel Luís Pereira
                   Rebelo da Fonseca, juiz de Fora de Vila Velha de Ródão (carta
                   de 27-IX-1823)[41]e de sua mulher D. Ana Pereira Torres.
                   Deste casamento não houve geração pelo que o seu imenso património passou à posse do
                   seu irmão mais novo que foi António de Aragão de Lacerda da Vitória.
       7.3.      D. FILOMENA DE ARAGÃO DA COSTA CORREIA LACERDA VICTÓRIA. Casou com VIRIATO
                   LUSITANO CABRAL DA FONSECA (n. 1843) coronel de infantaria, que segundo os registos
                   militares nasceu a 31-I-1843 em Chão de Tavares, concelho de Mangualde, filho de Manuel
                   Cabral e de D. Teresa Luísa da Fonseca. Sabemos que em 1899 residia em Évora onde então
                   é admitido como sócio do «Círculo Éborense», um antigo e elitista clube desta cidade.
                   Filhos(5):
                   8.1.     PEDRO CABRAL DE ARAGÃO COSTA LACERDA DA VICTÓRIA (c. 1908), licenciado
                              em Direito pela Universidade de Coimbra a 21-VII-1908 e, poucos dias depois, a
                              8-VIII-1908 assassinou à pistola o seu tio José de Aragão, 1.º Conde de Tondela.
                   8.2.      JOSÉ CABRAL DE ARAGÃO.
                   8.3.      AGOSTINHO BARTOLOMEU CABRAL DE ARAGÃO. Casou a 18-II-1919 em Viseu
                              com sua parente D. MARIA ANA CORREIA DE LACERDA DE MELO PINTO, senhora
                              da Casa de Beirós, em São Pedro do Sul, na qualidade de sobrinha primogénita de
                              seu tio o 1.º visconde de Beirós. Era filha de António Cabral de Melo Pinto (n. 1896),
                              natural de Papízios, Carregal do Sal, e de sua mulher D. Maria Luísa Correia Lacerda
                              de Azevedo e Lemos (n. 1846), natural de Oliveira do Hospital.
                              Tiveram 5 filhos que continuaram a geração até aos nossos dias com os apelidos de
                              MELO SOUSA PINTO, e ESPÍNOLA DE FRANÇA, entre outros.
                   8.4.      MARIA.
                   8.5.     TERESA.    
        7.4.      Bartolomeu de Aragão da Costa Tavares e Sá (f. 1873).
        7.5.      António de Aragão DE LACERDA DA VITÓRIA, que residiu na Guarda e em Vila Velha 
                    de Ródão onde veio a falecer.
Foi herdeiro de seu irmão José, 1.º Conde de Tondela, por este não ter tido geração.
Casou em Castelo Branco com D. CARLOTA ..., filha de um oficial do Exército cujo nome desconhecemos.
Filhas (2):
8.1.   MARIA EMÍLIA FONSECA DE ARAGÃO E COSTA. Casou com  LUÍS LAIA NOGUEIRA,
         licenciado, do qual não teve geração pelo que o seu património passou para a posse
         dos sobrinhos deste.
8.2.   CARLOTA FONSECA DE ARAGÃO E COSTA, falecida solteira.

§ 2
6.      JERÓNIMO TRIGUEIROS DE ARAGÃO MARTEL DA COSTA (1825-1900), 1.º Visconde do Outeiro
        (decreto de 17-VII-1866), 1.º Conde de Idanha-a-Nova (carta de 17-VI-1892)[42], fidalgo-cavaleiro da
        Casa Real (§ 1, n.º 5.2, n.º 6), nasceu 1825 em Idanha-a-Nova e sucedeu na administração dos mor-
        gados de Idanha-a-Nova e do Outeiro, tendo falecido em 1900 no Fundão.
        Casou a 22-IV-1850 em Aldeia de Joanes, concelho do Fundão, com D. MARIA ISABEL OSÓRIO DE
        SOUSA PRETO MACEDO FORJAZ PEREIRA DE GUSMÃO (1836-1878)[43], natural de Pêro Viseu,
        no concelho do Fundão, filha única herdeira de Diogo Dias Preto da Cunha Veloso Osório Cabral
        (1796-1860)senhor dos morgados de Pêro Viseu e de Chãos[44], ambos no concelho do Fundão,
        e dos padroados de Nossa Senhora da Consolação e de São Pedro do Catrão, e de sua segunda
        mulher D. Maria Justina de Macedo Pereira Forjaz de Azevedo Gusmão (1790?-1853)[45], natural
        do Fundão, com quem casou em 1820, a qual era descendente da Casa dos Macedos à Rua da
        Cale na citada cidade do Fundão.
        Filho:
        7.     JOAQUIM TRIGUEIROS OSÓRIO DE ARAGÃO (1867-1941), que segue.

7.      JOAQUIM TRIGUEIROS OSÓRIO DE ARAGÃO (1867-1941), 2.º Conde de Idanha-a-Nova (decreto
        de 17-VII-1892)[46], foi um dos maiores lavradores da Beira, além de influente político e deputado
        do Partido Progressista por esta região.
        Casou em primeiras núpcias a 10-XII-1888 em Idanha-a-Nova com D. MARIA ANGÉLICA DE LEMOS
        TORRES COELHO (1872?-1907), filha de Francisco Pereira Coelho, professor catedrático de Mate-
        mática da Universidade de Coimbra, natural de Alcains, e de D. Júlia Adelaide de Pádua e Lemos
        Simões, natural de Coimbra.
        Filhos das 1.as núpcias (4):
        8.1.      JOAQUIM TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (1890-1937), falecido em vida de seu pai.
                   Casou em 1915 com a sua prima co-irmã D. MARIA DA NATIVIDADE TRIGUEIROS DE
                   FIGUEIREDO FRAZÃO (n. 1891), filha de José de Figueiredo Pimenta do Avelar Frazão
                   Castelo Branco (n. 1858), 2.º Visconde do Sardoal.
                   Filhos (2):
                   9.1.    JOAQUIM MARIA TRIGUEIROS COELHO FRAZÃO DE ARAGÃO MARTEL (n. 1921),
                            3.º Conde de Idanha-a-Nova, 2.º Visconde do Outeiro por alvará do Conselho de
                            Nobreza de 24-IV-1979. Nasceu a 16-IV-1921 no Fundão, e faleceu em 1982.
                            Casou a 5-V-1954 em Fátima com D. LEONOR DE POVOENÇA OSÓRIO DE CASTRO
                            (n. 1933), nascida a 8-I-1933 na freguesia da Sé, em Lisboa, professora universitária,
                            licenciada e mestre em Ciências Antropológicas e Etnológicas pelo Instituto Superior
                            de Ciências Sociais e Políticas da U.T.L; filha de Jerónimo de Melo Osório de Castro,
                            natural de Setúbal, médico veterinário, e de D. Simone Flora Osório de Castro, natural
                            de Paris. Sem geração. 
                  9.2.     D. MARIA DE LA SALETE TRIGUEIROS COELHO FRAZÃO OSÓRIO DE ARAGÃO
                            MARTEL (1924-2000), nasceu a 13-V-1924 no Fundão, residiu em Lisboa, assim como
                            na sua Casa do Outeiro em Aldeia Nova do Cabo, e no seu Solar das Quintãs, conce-
                            lho do Fundão, tendo falecido a 7-II-2000 em Lisboa, solteira, sem geração.
        8.2.      ANTÓNIO TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (1896-1976), o qual adquiriu a Quinta da
                    Ponte aos seus parentes e segue abaixo.
        8.3.      JOSÉ TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (n. 1897), Industrial que se dedicou à exploração
                    de jazigos de mármore verde para exportação, foi senhor do belo palacete da Quinta de São
                    Pedro (actual Solar de Alcains – Turismo de Habitação), em Alcains.
                    Casou duas vezes. As suas primeiras núpcias foram a ?-II-1919 com D. MARIA BENEDITA
                    DA SILVEIRA E COUTO CHARTERS DE AZEVEDO (1898-1922), licenciada em Ciências Eco-
                    nómicas e Financeiras, e as segundas núpcias em 1945 com D. ADELAIDE FERREIRA
                    CAMPOS DE MORAIS (n. 1907), tendo tido geração de ambos os casamentos.
        8.4.      MANUEL TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (1898-1960), nascido a 17-XII-1898 em Alca-
                    ins e falecido a 21-XII-1960 em Castelo Branco, o qual residiu na sua casa na Praça do
                    Município, no Fundão, e na sua Quinta da Ordem em Vila Velha de Ródão.
                   Casou a 14-VII-1959 no Fundão com a D. MARIA DA GRAÇA GUEDES DE CAMPOS ROSADO
                   (1926-2005), licenciada em Medicina, natural de Abrantes, da qual teve geração.

8.        ANTÓNIO TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (1896-1976), o qual adquiriu a Quinta da Ponte aos
         seus parentes, os descendentes dos Condes de Tondela.
António Trigueiros Coelho
de Aragão (1896-1976).
Era natural de Alcains onde residiu no seu solar datado dos princípios do século XVIII que tem anexa a capela de Santa Bárbara. 
Foi abastado proprietário agrícola, a cujo espírito dinâmico se ficou a dever os primeiros passos para o desenvolvimento industrial da vila de Alcains, da qual foi grande benemérito: a Casa do Povo desta freguesia foi edificada por sua iniciativa, oferecendo gratuitamente o terreno, bem como o do estádio de futebol de Alcains que tem o seu nome.
Casou a 2-II-1918 na Quinta de São Mateus (contígua à Quinta da Ponte), freguesia da Faia, com D. ANA AUGUSTA PORTUGAL LOBO TELES DE VASCONCELOS (n. 1895), natural da Guarda, descendente dos senhores do “Solar dos Telles de Vasconcelos”, próximo da Sé da Guarda, filha única de Manuel Pereira Teles de Vasconcelos (n. 1834), da “Casa da Chieira” em Santa Cruz de Alvarenga, no concelho de Arouca, e de D. Joaquina Augusta de Portugal Ribeiro Lobo de Vasconcelos (1854-1929),
        nascida na Faia, e falecida em Alcains.
       Teve, entre outros:
       9.       D. MARIA JOAQUINA DE PORTUGAL LOBO TRIGUEIROS DE ARAGÃO (n. 1929), que segue.

9         D. MARIA JOAQUINA DE PORTUGAL LOBO TRIGUEIROS DE ARAGÃO (n. 1929), conhecida por
Q.ta da Ponte, D. Mary Trigueiros Aragão.
        “D. MARY”, nome que adoptou na Bélgica onde esteve
        refugiada após a revolução do 25 de Abril de 1974, nas-
        ceu a 26-V-1929 em Lisboa e, dos quatro filhos de seu
        pai, foi ela a herdeira da Quinta da Ponte.
        Casou a 19-X-1952 na capela do solar de seus pais em
        Alcains com JOÃO PEDRO DE SÃO PAIO DE SOUSA
        ALVIM (1926-2004), distinto médico analista, nascido a
        8-I-1926 na freguesia de Nossa Senhora do Carmo em
        Lisboa, cidade onde faleceu a 6-I-2003. Teve numerosa
        geração, da qual constam 7 filhos, 22 netos e 17 bisne-
        tos.
        À iniciativa e ao bom gosto desta afável matriarca, ficou-
       -se a dever a requalificação deste belo solar rural agora
       designado por «Quinta da Ponte – Sociedade Turística,
       História e Jardins, Lda.».
       Atenta e solícita com os visitantes deste paradisíaco lo-
       cal, quando aí presente, D. MARY é pela sua simpatia e
       encanto uma belíssima anfitriã sempre disposta à narra-
       ção de algumas estórias e tradições que envolvem esta
       emblemática casa, fazendo justiça à tradicional afabili-  
       dade com a qual o Beirão recebe os seus convidados.


Qta. da Ponte, interior.
Qta. da Ponte, interior.








Qta. da Ponte.
Qta. da Ponte.











Qta. da Ponte.











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Notas:

[1]      Para apurarmos a descendência destes, foi-nos muito útil a consulta de algumas habilitações para o Santo Ofício que vão mencionadas, assim como uma árvore de costados desta família da autoria do genealogista José Barbosa Canais de Figueiredo Castelo Branco (Costados das famílias ilustres de Portugal, Algarves, Ilhas e Índias, Tomo I, Lisboa, Impressão régia, 1829, p. 93).
[2]      Como consta da habilitação para o Santo Oficio de seu neto Pedro Mendes de Aragão.
[3]      ANTT, TSO, Conselho Geral, Habilitações, Alexandre, mç. 3, doc. 43, f. 22; e Desembargo do Paço, Leitura de bacharéis, Letra P, mç. 5, n.º 7.
[4]    ANTT, Desembargo do Paço, Leitura de bacharéis, Letra P, mç. 5, n.º 7
[5]      ANTT, Tribunal do Santo Oficio, Conselho Geral, Habilitações, Pedro, mç. 12, doc. 281 – Na sua habilitação para o Santo Ofício figura com o nome abreviado de PEDRO ARAGÃO DE MIRANDA.
[6]      ANTT, Registo Geral de Mercês, Mercês da Torre do Tombo, liv. 24, f. 197-198
[7]      D. CECÍLIA DE TÁVORA (ou LAMEIRA) era filha de Martim Lameira, proprietário do ofício de tabelião da Guarda no qual serviu o seu filho Francisco Pinto que morreu de um tiro de mosquete durante a invasão da praça de Almeida (ANTT, Feitos Findos, Diversos, mç. 20, n.º 33).
[8]      D. JOANA LAMEIRA aparece mencionada por alguns autores genealógicos como Joana de “Oliveira”. Este último apelido terá surgido do erro de leitura de alguns textos com uma grafia difícil, pois, na habilitação para o Santo Ofício de Pedro Mendes de Aragão de Miranda e Sá, o apelido desta senhora é inequivocamente LAMEIRA.
[9]      ANTT, Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações, Alexandre, mç. 3, doc. 43
[10]    ANTT, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Pedro II, liv. 11, f. 236v
[11]    JOSÉ LEITE PEREIRA DE MELO e VASCONCELOS (1816-1875) foi 1.º visconde da Lageosa (decreto de 7-VII-1869 e carta de 9-VII-1869), pelo rei D. Luís I, “em atenção aos bons serviços no desempenho de vários cargos electivos do município de Celorico e pelos valiosos serviços dos seus ascendentes na magistratura e nas armas”.
[12]    D. MARIA ANTÓNIA DE SÁ PEREIRA E VASCONCELOS era irmã de Manuel de Sá Pereira, sargento-mor das Ordenanças do Fundão em 1750, casado com D. Maria Pereira do Lago, natural de Guimarães. Manuel de Sá Pereira teve Carta de Brazão de Armas de SÁ, PEREIRA, e PAIVA.
[13]    ANTT, Tribunal do Santo Oficio, Conselho Geral, Habilitações, Afonso, mç. 1, doc. 22
[14]    D. ANGÉLICA TERESA OSÓRIO LEITE DE VASCONCELOS, era filha de António Leite Pereira, natural de Guimarães, fidalgo da Casa Real, e de sua mulher D. Ana Maria Joana Osório de Vasconcelos, natural de Sete, Paredes, moradores na sua Quinta de Barrosão, freguesia do Mosteiro de São Miguel de Refóios de Basto.
[15]   ANTT, PT/TT/TSO-CG/A/008-001/71 – AFONSO DE SÁ PEREIRA (c. 1668) foi casado duas vezes: a 1.ª com D. Maria Teresa de Brito, do Fundão, filha do desembargador Manuel Freire de Matos, natural de Asseiceira, Tomar (filho do doutor Simão Lopes Freire, natural de Asseiceira, e de D. Brites de Matos, natural de Cacilhas, Almada) e de D. Maria de Brito (filha de Francisco Homem de Brito, natural do Fundão, e de D. Isabel Henriques, natural de Aldeia Nova do Cabo); a 2.ª vez com sua prima D. Susana da Costa Vasconcelos.
        Era filho de Manuel de Sá Pereira e de sua mulher D. Maria Pereira do Lago; neto materno de Gonçalo Pires Pinheiro e de Joana Pereira do Lago. Teve um filho natural de uma cristã-nova que foi Maria de Aguiar, o qual faleceu, segundo declaram várias testemunhas na Habilitação para o Santo Ofício de Afonso de Sá Pereira (Tribunal do Santo Oficio, Conselho Geral, Habilitações, Afonso, mç. 2, doc. 34).
[16]    D. SUSANA DA COSTA VASCONCELOS era filha de Cristóvão de Sá Pereira, cavaleiro-fidalgo (irmão do padre Miguel Barreiros de Sá, vigário em Aldeia Nova do Cabo em 1657), e de sua mulher Maria de Oliveira e Vasconcelos, natural de Peraboa, no concelho da Covilhã.
[17]    António Leite Pereira (c. 1672), morgado do Barrosão, era filho do Tenente-general João Rebelo Leite, fidalgo da Casa Real, e de sua mulher D. Catarina Pereira, morgada do Barrosão.
[18]    D. MARIA JOANA DA COSTA VASCONCELOS OSÓRIO E ALVIM era filha herdeira de Catarina Leite de Vasconcelos (descendente dos Costa Freire, origem dos senhores dos morgados de Aldeia das Donas, Pancas, Alpedrinha e Esporão) e de seu marido Gonçalo Cardoso Osório de Vasconcelos (dos Cardosos da Taipa, em Lamego).
[19]   PEDRO DE ARAGÃO DE MIRANDA SÁ E VASCONCELOS (f. 1793) descendia dos Oliveiras e Cunhas da “Casa do Outeiro” e dos Sá Pereira da “Casa do Terreiro”, duas das mais antigas famílias de Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão; assim como dos Leite Pereiras, morgados do Barrrozão em Cabeceiras de Baixo. Os Sá Pereira, de Aldeia Nova do Cabo, descendiam, ou eram parentes próximos da Casa de Condeixa, em Coimbra.
[20]    BARTOLOMEU DA COSTA TAVARES COUTINHO (c. 1723), antes de casar teve duas filhas naturais, segundo declaração de testemunhas na sua habilitação para o Santo Ofício, e era irmão de Baltazar Jacinto Lopes Tavares da Costa, familiar do Santo Ofício.
[21]    ANTT, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. João V, liv. 14, f.464
[22]    ANTT, Tribunal do Santo Oficio, Conselho Geral, Habilitações, Bartolomeu, mç. 5, doc. 91
[23]    Juntamente com a habilitação de seu marido Bartolomeu.
[24]    JACINTO LOPES TAVARES DA COSTA era filho de Baltazar Lopes Tavares, cavaleiro da Ordem de Cristo, fidalgo da Casa Real (24-IV-1723), e de sua 2.ª mulher D. Emerenciana Osório da Fonseca, filha herdeira.
[25]    ANTT, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Pedro II, liv. 3, f.123
[26]    ANTT, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. João V, liv. 6, f.80
[27]    JOÃO DE ORNELAS ROLIM DE ABREU (c. 1704) era filho de Vicente da Fonseca de Ornelas (b. 1662), fidalgo da Casa Real, senhor do morgado de Beijós, concelho de Carregal do Sal, e de sua mulher D. Luísa Jacinta de Abreu (n. 1668), natural de Vila Pouca da Beira, concelho de Oliveira do Hospital, a qual era irmã de Manuel de Sequeira e Abreu, familiar do Santo Ofício. Era neto paterno de João de Ornelas e Gamboa (c. 1661), juiz de fora da cidade de Coimbra (1662), desembargador da Relação do Fisco, fidalgo da Casa Real, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, natural do Funchal, Ilha da Madeira, casado a 23-IV-1661 na Sé de Viseu com D. Joana da Veiga (b. 1635), natural de Viseu,
[28]    ANTT, Registo Geral de Mercês, Mercês de D. Pedro II, liv. 16, f.30
[29]    ANTT, Tribunal do Santo Ofício, Conselho Geral, Habilitações, João, mç. 94, doc. 1592
[30]    MARIA CAETANA DA COSTA FROIS era filha herdeira de Bernardo Craveiro Frois, natural da vila de Melo, doutor em Leis, familiar do Santo Ofício (3-VIII-1775), senhor do morgado do Passo (na Quinta do Passo, em Cabanas), casado com D. Maria da Costa Monteiro (ou Bernardina Antónia da Costa Monteiro), natural de Oliveira do Conde, concelho de Carregal do Sal.
[31]    ANTT, Registo Geral de Mercês, D. João VI, Liv. 19, fl. 121.
[32]    O morgado de Idanha-a-Nova foi instituído por seu avô Domingos Ambrósio (n. 1707) a 13-IV-1751. Quanto ao morgado do Outeiro, em Aldeia de Joanes, tinha sede na Casa do Outeiro, anexa à capela do Espírito Santo, e tinha uma casa fronteira a esta num plano mais elevado. Esta casa mais antiga, situada no Outeiro de Cima, com vestígios do século XV, tinha pertencido a um bisneto de D. Afonso III e foi berço de Frei Diogo da Silva (n. 1485), o primeiro inquisidor-mor que foi nomeado para este cargo pelo Papa em 1531 a pedido de D. João III.
[33]    O Regimento de Milícias de Idanha-a-Nova foi criado pelo alvará de 21-X-1807.
[34]   ANTT, Cartório da Nobreza, Livro 3 do Registo de Brasões de Armas, fls. 231 v. - 232 v.
[35]    ANTT, Registo Geral de Mercês, D. João VI, liv.19, fl.107v
[36]    ANTÓNIO MARCELINO DA VICTÓRIA (1750-1825) nasceu a 2-VI-1750 em Lisboa, onde foi baptizado a 6-VIII-1750 na freguesia da Encarnação, e veio a falecer a 22-VIII-1825. Descendia de uma família de militares: era filho de José da Vitória, e de sua mulher D. Inocência Maria, ambos baptizados na freguesia de São Nicolau em Lisboa; neto paterno de Manuel da Victoria, capitão de Mazagão e governador das Ilhas de Cabo Verde; bisneto paterno de D. Gabriel da Victoria, originário de Madrid e governador das Torre do Outão no tempo de Filipe III. Foi do Conselho do Rei D. João VI, cavaleiro de Avis, comendador das ordens de Cristo e Torre e Espada, conselheiro de Guerra, tenente-general, governador das Armas das duas Beiras e do Alentejo.
        Casou em 1777 com D. CATARINA VICÊNCIA DO COUTO (1757-1719), nascida a 5-V-1757, falecida a 22-V-1818 e sepultada na Sá de Viseu; filha de Manuel Rodrigues do Couto (n. 1715), capitão de artilharia de Estremoz e posteriormente sargento-mor do Regimento de Artilharia de Avis, baptizado a 5-V-1715 em São Domingos de Ana Loura, casado a 10-V-1737 com sua prima Inácia Joaquina Branco, filha de Manuel Nunes Branco e de Rosa Maria Banho.
Do seu casamento teve: 1. CÂNDIDO BASILIO, tenente-coronel do Regimento de Infantaria n.º 10, falecido gloriosamente na batalha dos Pirenéus a 30-VII-1813 contra os invasores franceses; 2. D. MARIA JOANA ROEDE DA VICTORIA (n. 1782), 2.ª baronesa de Tondela, casada com Bartolomeu de Aragão; 3. D. FRANCISCA JOAQUINA ROSENDA, casada a 29-V-1828 com Estevão César Portugal da Silveira Correia de Lacerda, moço-fidalgo e oficial do exército; 4. D. INOCÊNCIA ANGÉLICA (c. 1830), casada em 1830 com João Mário Portugal da Silveira Correia de Lacerda (f. 1831), irmão do anterior, que morreu fuzilado a 10-IX-1831 em Campo de Ourique, na cidade de Lisboa, por ter tomado parte na revolta do seu regimento contra o Sr. D. Miguel; 5. D. MARIA ISABEL (f. 1823); 6. D. EUSTÁCIA MAXIMA (f. 1823).
[37]   ANTT, Registo Geral de Mercês, D. João VI, liv.16, fl.114
[38]    D. MARIA MATILDE CORREIA LACERDA LEBRIM E VASCONCELOS, ambém designada po MATILDE MÁXIMA DE LACERDA MOURA TELES DE SAMPAIO, nome este que figura no assento de baptismo de sua filha Maria Emília.
[39]    Não confundir as freguesias de BEIJÓS e BEIRÓS, mencionadas ao longo deste texto, origem dos antepassados dos condes de Tondela que aí tinham grandes casas solarengas: BEIJÓS (concelho do Carregal do Sal) esteve na origem dum ramo dos ORNELAS ROLIM, e BEIRÓS (concelho de São Pedro do Sul) foi origem dos CORREIA LACERDA.
[40]    ANTT, Registo Geral de Mercês de D. Carlos I, liv. 11, fl.222
[41]    ANTT, Registo Geral de Mercês, D. João VI, liv.17, fl.176.
[42]    ANTT, Registo Geral de Mercês de D. Carlos I, liv. 4, fl.298
[43]    D. MARIA ISABEL OSÓRIO DE SOUSA PRETO MACEDO FORJAZ PEREIRA DE GUSMÃO (1836-1878), ao longo da sua vida usou vários apelidos dos seus antepassados de modo aleatório, figurando no seu assento de casamento com o extenso nome de D. MARIA ISABEL OSÓRIO DE SOUSA PRETO MACEDO PEREIRA FORJAZ DE GUSMÃO CUNHA CABRAL MACHUCA MACHADO E VILHENA.
[44]    O MORGADO DE PÊRO VISEU foi instituído por um testamento de 24-XI-1696, e o de CHÃOS por um outro de 17-XI-1725, os quais foram da autoria de dois priores, homónimos, chamados LUÍS MACHADO FREIRE – Cf. Alfredo Pimenta, Vínculos Portugueses, Coimbra, Imprensa da Universidade, 1932.
[45]    MARIA JUSTINA DE MACEDO PEREIRA FORJAZ DE AZEVEDO GUSMÃO era filha de JOÃO DE MACEDO PEREIRA DA GUERRA FORJAZ, e de sua mulher ANA DE GUSMÃO FREIRE OSÓRIO DE AZEVEDO MENDONÇA.
[46]    ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Carlos I, Liv. 4, fl. 299






2010-08-19

Oliveiras e Proenças - Sepultura armoriada, Aldeia Nova do Cabo.



MANUEL NUNES DE OLIVEIRA (c. 1644)?


Igreja Matriz de Aldeia Nova do Cabo,
porta lateral do lado Nascente, (4 sepulturas)
Igreja Matriz de Aldeia Nova do Cabo






















Junto à porta lateral do lado Nascente da Igreja Matriz de Aldeia Nova do Cabo, encontram-se quatro lajes sepulcrais bastante antigas, duas delas armoriadas com as armas de dois ilustres filhos desta freguesia. Ambas ainda são identificáveis, apesar do desgaste profundo que apresentam.
A terceira destas sepulturas, a contar da esquerda, tem um brasão terciado em pala com as armas de OLIVEIRA e PROENÇA, uma das mais proeminentes famílias desta terra durante os séculos XVI e XVII.
Esta pedra de armas é a única representação heráldica actualmente conhecida desta família na freguesia de Aldeia Nova do Cabo, concelho do Fundão.
Igreja Matriz de Aldeia Nova do Cabo,
porta lateral do lado Nascente,
sepulturas armoriadas.

Neste brasão, apesar de muito maltratado pelo tempo, é visível o seu escudo inclinado para a dextra e terciado em pala. Assente sobre o canto esquerdo do escudo temos o respectivo elmo de perfil (?), o qual está encimado por uma oliveira que representa o timbre dos Oliveiras, do qual sai um sinuoso paquife (penacho de plumas) que abraça o escudo. A diferença, se a houver, não é visível devido ao mau estado de conservação.
O escudo apresenta as armas dos respectivos apelidos dispostos pela mesma ordem do brasão da Casa do Morgado de São Nicolau em Alcongosta – primeiro as armas dos Oliveira e depois as dos Proença –, ao inverso da ordem apresentada pelos outros brasões atribuídos a esta família. Porém, a diferença não é mencionada (?), enquanto na pedra de armas da casa de Alcongosta é representada por um coxim.


Brasão com as armas de Oliveira e Proença.
Brasão com as armas de Oliveira e Proença.
(Reconstituição)






















Um brasão idêntico a este foi concedido a MANUEL NUNES DE OLIVEIRA (c. 1644), por Carta de Brasão de Armas dada a 29-II-1644 (cf. Nuno Gonçalo Pereira Borrego, Cartas de Brasão de Armas – Colectânea. Lisboa, Guarda-Mor, 2003, p. 324, n.º 739).



Manuel Nunes de Oliveira (1644)


                    Brasão de:      MANUEL NUNES DE OLIVEIRA (c. 1644)?
                    Forma:            Escudo terciado em pala. O 1.º do terciado de OLIVEIRA – uma oliveira,
                                            e o 2.º e o 3.º, em conjunto, de PROENÇA – o primeiro destes com uma
                                            águia bicéfala e o segundo com cinco flores-de-lis  postas em sautor.
                    Local:              Exterior da Igreja Matriz de Aldeia Nova do Cabo, junto à porta do lado
                                            Nascente.
                    Data:               29-II-1644.


MANUEL NUNES DE OLIVEIRA (c. 1644) teve Carta de Brasão de Armas dada a 29-II-1644 em Lisboa, com um escudo terciado em pala de OLIVEIRA e PROENÇA.
Descendente por linha legítima da geração dos Oliveiras e Proenças. Morou em Aldeia Nova do Cabo, concelho do Fundão, em local que desconhecemos.
Era filho legítimo de MIGUEL NUNES e de sua mulher ANA RODRIGUES DE OLIVEIRA. Sua mãe era irmã de António Rodrigues de Oliveira (f. 1655)que tinha tirado Brasão de suas Armas”, e tia de Miguel Rodrigues de Oliveira, “que também tirou Brasão de suas Armas” em 27-II-1640; bisneto de Gaspar Proença, e terceiro neto de Pedro de Oliveira.
 
Esta pedra tumular, sendo a única representação heráldica conhecida das notáveis famíliaa dos OLIVEIRAS e PROENÇAS que fazem parte da elite fundadora de Aldeia Nova do Cabo, carece de melhor sorte... A sua protecção, apesar das mazelas que o tempo não lhe perdoou, impõe-se!...  

A sua salvaguarda num local acessível ao público mas protegido do inexorável desgaste provocado pelos elementos naturais, seria um pequeno gesto de respeito para com o passado e a identidade desta terra. Assim haja vontade…

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Nota:

A outra sepultura armoriada apresenta as armas de FRANCISCO CAMILO GERALDES LEITÃO DE MELO CAJADO (n. 1777), que trataremos em separado.