fesso da Ordem de São Tiago e familiar do Santo Ofício (1690)[5].
D. Clara Maria de Vasconcelos era neta paterna de Francisco Ravasco e de sua mulher D. Joana Lameira[8], naturais e moradores na Covilhã; e neta materna de Martim Lameira de Almeida e de sua mulher D. Mariana de Melo, naturais e moradores na Guarda.
Filhos (3):
3.1. ALEXANDRE DE VASCONCELOS COUTINHO (f. 1725), natural da Guarda, foi familiar do Santo
Ofício (1723)[9], lente de Cânones da Universidade de Coimbra, desembargador da Relação do
Porto, colegial de São Paulo e fundador da Capela de N. Sr.ª da Victória – por disposição testa-
mentária – no solar da Quinta da Ponte que, até então, apresentaria uma modesta configuração
rural.
Faleceu solteiro a 1-IV-1725 na então Rua do Postigo na freguesia de N. Sr.ª da Victória, no Porto,
onde foi sepultado, tendo a citada quinta passado à posse do seu irmão Bonifácio de Távora
(c. 1697).
3.2. BONIFÁCIO DE TÁVORA E VASCONCELOS ARAGÃO E MIRANDA (c. 1697), bacharel formado em
Cânones, capitão-mor da cidade da Guarda, o qual obteve uma tença de 20$000 réis com o hábito
de Cristo
(carta de 29-X-1697)[10].
|
Quinta da Ponte |
Foi ele o herdeiro da Quinta da Ponte, por seu irmão Alexandre de Vasconcelos (f. 1725) ter falecido sem geração, tendo-lhe competido executar o seu desejo (testamentário?) de
edificar a capela de N. S.ª da Victória desta casa solarenga, conforme se
depreende por uma inscrição que este deixou sobre a porta que dá acesso à sacristia.
Entre todos os seus irmãos, foi ele o único a usar os apelidos que figuram na
pedra de armas da Quinta da Ponte – TÁVORA, ARAGÃO,
MIRANDA, e VASCONCELOS – pelo que não será abusivo presumir que é dele o brasão que figura num dos portais
de acesso a esta
casa.
Casou nas segundas núpcias (?) de D. CRISÓSTOMA NOGUEIRA PRETO, da qual não terá tido
filhos, pois foi seu irmão Luís Aragão que veio a ser herdeiro da Quinta da Ponte.
Bonifácio de Távora, juntamente com sua mulher D. Crisóstoma Nogueira, foi padrinho de baptis-
mo na freguesia de São Vicente da cidade da Guarda de quatro filhos de João Mendes da Fonseca
(1687-1736), alfaiate, natural da Lageosa, casado com D. Cecília de Almeida, antepassados dos
viscondes da Lageosa (Lageosa do Mondego, no concelho de Celorico da Beira)[11]: a saber, de
Clara Mendes da Fonseca (n. 1717) baptizada a 8-V-1717; dos futuros padres José Mendes de
Almeida (n. 1722) baptizado a 27-III-1722 e João Mendes de Almeida (n. 1724) baptizado no dia
12-VI-1724; e por último de Francisco Mendes de Almeida (n. 1728) baptizado a 12-XII-1728. É de
supor haver uma relação de proximidade parental entre esta família com os seus
padrinhos, os
donos da Quinta da Ponte, em virtude dos apelidos MENDES ALMEIDA, os quais eram comuns a
estas duas famílias.
3.3. Luís
de Aragão e Miranda, que segue.
3. Luís de Aragão e Miranda,
natural da Guarda onde foi vereador da Câmara da Guarda.
Casou
com sua sobrinha D. Maria Antónia de Sá
PEREIRA e Vasconcelos.
|
Aldeia Nova do Cabo, Quinteiros. |
Sua mulher era filha de Afonso de Sá Pereira (c. 1695) familiar
do Santo Ofício (1698),
senhor do então designado lugar
dos Quinteiros “com jurisdição de fazer justiça” (actual Quinta
dos Quinteiros, vocacionada para eventos sociais), em Aldeia
Nova do Cabo, concelho
do Fundão, e de sua 2.ª mulher e pri-
ma D. Angélica Teresa Osório Leite de
Vasconcelos, tam-
bém ela familiar do Santo Ofício (1674), com a qual casou no
ano de 1672 em São
Paio de Guimarães; neta paterna do ho-
mónimo Afonso de Sá Pereira (c. 1668),
natural de Aldeia
Nova do Cabo, cavaleiro da Ordem de Cristo (1668), familiar
do
Santo Ofício (1674), e de sua 2.ª mulher e prima D. Susana da Costa
Vasconcelos, filha de seu
tio
paterno;
neta materna de António Leite Pereira, fidalgo da Casa Real e comendador da
Ordem de Cristo, assim como senhor dos morgados de Santa Luzia e de Barrosão em Cabe-
ceiras de Basto, o qual casou em 1672 em São Paio de Guimarães com D. Maria Joana da Costa
Vasconcelos Osório.
Tiveram:
4. Pedro
de Aragão Miranda e Sá VASCONCELOS (f.
1793), que segue.
4. Pedro de Aragão DE
Miranda e Sá VASCONCELOS (f.
1793), natural da cidade da Guarda, fi-
dalgo da Casa Real, o qual reuniu
uma apreciável fortuna que, entre muitos outros bens, incluía
duas emblemáticas proprieda
des: a Quinta da Ponte na freguesia da Faia, assim como o lugar dos
Quinteiros (actual Quinta dos Quinteiros) em Aldeia Nova do
Cabo.
Casou
com D. Margarida Francisca TAVARES da
Costa Rolim de Ornelas (n. 1759), na-
tural de Beijós, filha de Bartolomeu da Costa Tavares Coutinho (c. 1723),
natural de Trancoso,
o qual foi fidalgo da Casa
Real (alvará de 24-III-1723),
cavaleiro da Ordem de Cristo, familiar do
Santo Ofício (20-VI-1748), mestre de campo dos Auxiliares em Pinhel (decreto de 18-IX-1754),
tendo casado em
Beijós, concelho de Carregal do Sal, com D. Maria Margarida de Ornelas Rolim
e
Abreu,
familiar do Santo Ofício,
nascida na freguesia de Beijós, descendente dos morgados
de
Beijós e de Passo
(Quinta de Passo, em Cabanas de Viriato).
|
Q.ta da Ponte |
Sua
mulher D. Margarida Francisca era
neta paterna de Jacinto Lopes Tavares da Costa,
natural de Trancoso, o qual obteve uma tença de
12$000 rs com o Hábito de Cristo (carta padrão de 10-VIII-1683),
assim como a «faculdade para renunciar o ofício de Juiz dos Órfãos das
vilas de Castelo Novo e Alpedrinha em pessoa apta» (provisão de 22-IX-1713), tendo sido fidalgo
da Casa Real (21-VIII-1719),
cavaleiro da Ordem de Cristo, sargento-mor de Batalha, senhor da Casa dos Costas em Alpedrinha, no concelho do Fundão, e governador de Almeida, o qual foi casado com D. Margarida Francisca
Correia Tavares, sua sobrinha; e neta materna de João de Ornelas Rolim de Abreu
(c. 1704),
natural e morador em Beijós, concelho de Carregal do Sal, que foi estudante de Leis na Universidade de Coimbra, mo-
ço fidalgo da Casa Real (alvará de
19-IV-1704), tendo feito habilitação para o Santo Ofício, e de sua mulher D. Maria Caetana da Costa Frois, filha herdeira, natural de Cabanas (Cabanas de Viriato), concelho de Carregal
do Sal.
Filhos (2):
5.1. Bartolomeu
de Aragão da Costa Tavares e Sá VASCONCELOS (1784-1848), varão
primogénito que segue abaixo.
5.2. D. MARIA ANGÉLICA LUDOVINA DE ARAGÃO COSTA
SÁ E ORNELAS (f. 1830), natural da
Guarda.
Casou a 30-VII-1817 na
capela da Quinta da Ponte com JOAQUIM REBELO TRIGUEIROS
MARTEL DA SILVA LEITE
(1764-1830), natural de Idanha-a-Nova, fidalgo cavaleiro (alvará de
9-VI-1824), senhor dos morgados de Idanha-a-Nova e
do Outeiro, este último em Aldeia de
Joanes, no concelho do Fundão. Foi admitido no Regimento de Cavalaria
com o posto de
Cadete (6-IV-1790) e atingiu a patente de coronel do Regimento
de Milícias de Idanha-a-Nova
(22-XI-1808). Obteve Carta de Brasão de Armas
com um escudo esquartelado de
REBELO,
MARTEL, TRIGUEIROS, e COSTA, trazendo por Diferença uma brica de prata
com um «J» de
preto (alvará de 8-VIII-1786), quando contava apenas 22 anos
de idade, o que nos leva a
|
Aldeia de Joanes, Solar do Outeiro
(do morgado do Outeiro) |
supor que a sua nobilitação ficou-se a
dever à iniciativa
de seu pai.
Seu marido era filho de Jerónimo Trigueiros Martel Rebe-
lo Leite (1716-1792), coronel de Milícias, senhor dos mor-
gados de Idanha-a-Nova e do Outeiro, este último em Al-
deia de Joanes, no concelho do Fundão, e de sua segun-
da mulher D. Maria Angélica
Marques Goulão (1725-1790),
natural de Idanha-a-Nova, filha de Domingos
Ambrósio
(n. 1707), sargento-mor das Ordenanças de Idanha-a-
Nova, cidade onde
nasceu no ano de 1707, e de D. Maria
Marques Goulão (n.
1697), natural de Escalos de Cima.
Jerónimo
Trigueiros Martel Rebelo Leite (1716-1792) era irmão de D. Maria Antónia Trigueiros Martel Rebelo Leite (n.
1770), a qual foi mãe do general Joaquim Trigueiros Martel (1801-1873), 1.º Conde de Castelo Branco e grande lutador da causa liberal.
Filho:
6. JERÓNIMO TRIGUEIROS DE ARAGÃO MARTEL DA COSTA (1825-1900), 1.º Conde de
Idanha-a-Nova, cuja descendência veio a ter a posse da Quinta da Ponte, e segue no § 2.
5. Bartolomeu de Aragão da
Costa Tavares e Sá VASCONCELOS (1784-1848), 2.º barão de
Tondela (carta
de 12-X-1824) pelo seu casamento
Nasceu
a 19-V-1784 em Trancoso, tendo falecido a 12-VIII-1847, foi sepultado no antigo
cemitério
público junto à igreja da Faia.
Em
Maio de 1810, pouco antes da 3.ª Invasão Francesa, com a patente de Coronel,
comandava o
Regimento de Almeida. Foi fidalgo cavaleiro da Casa Real com
1600$000 réis de moradia (5-VI-
1845), comendador da Ordem de Cristo, escrivão da Alfândega de Elvas, coronel das
Milícias da
Guarda (1817), Governado da Armas da Província da Beira.
Casou
a 17-X-1817 com D. Maria Joana Roede da
ViCtoria (1882-1847), 2.ª baronesa de Ton-
dela (1825), natural de Elvas, a qual era uma dos cinco
filhos do tenente-general António Marcelino
da Victoria (1750-1825), 1.º Barão de Tondela (1823), natural de Estremoz, fidalgo da Casa Real (11-
-III-1816) que iniciou a sua
carreira de armas em Extremoz (1770) alcançando a patente de Tenente-
-general dos Reais Exércitos (19-IV- 1825), governador das Armas da Província da Beira, tendo
pertencido ao Conselho de D. João VI do qual obteve a «Graça
especial de Fidalgo Cavaleiro para
as pessoas que casarem com suas filhas» (carta de 11-III-1822), natural de Lisboa, casado a
16-IV-1777 na Sé de Elvas com D. Catarina Vicência do Couto (1757-1719).
Filhos
(4):
6.1. ? , (n. 1918), do sexo masculino, nascido a 18-VII-1918 e baptizado
no “acto do seu nasci-
mento pelo cirurgião José Gonçalves Duarte (…)”, logo
morreu e foi sepultado a 19-VII-1918
na Capela de N. Sr.ª da Vitória na
Quinta da Ponte, freguesia da Faia, Guarda.
6.2. Pedro
de Aragão da Costa sá Victoria (n. 1819), que segue abaixo.
6.3. D.
Catarina Emília de Aragão (n. 1821), nascida a 7-VI-1821.
6.4. D.
Maria Angélica de Aragão (n. 1823), nascida a 19-II-1823.
|
Aldeia Nova do Cabo,
Solar Aragão (condes de Tondela),
actual Junta de Freguesia. |
6. Pedro de Aragão da Costa
sá VictOria (n. 1819) que foi
fidalgo cavaleiro da Casa Real (alvará de 5-VI-1845), nasceu a 23-X-1819 e foi baptizado a 10-XI-1819 na Capela de N. Sr.ª da
Victória, na Quinta da Ponte, freguesia da Faia, no concelho da
Guarda, apadrinhado pelo tenente-general António Marcelino
da Vitória e por D. Margarida Francisca Tavares, seus avós.
Foi residir em Aldeia Nova do Cabo,
no concelho do
Fundão,
onde herdou grande património, aí edificando o seu solar (1861)
que é actualmente a sede da Junta de Freguesia.
Casou
com D. MARIA MATILDE CORREIA LACERDA LEBRIM E
VASCONCELOS (n. 1842), natural de Beirós,
concelho de
São Pedro do Sul.
Sua mulher era filha do conselheiro António Correia de Lacerda
Lebrim e Vasconcelos, fidalgo da Casa Real e senhor da Casa de Beirós na
freguesia de Serrazes,
concelho de São Pedro do Sul, e de sua mulher D. Maria
Benedita de Moura Coutinho Teles de
Sampaio.
Filhos
(5):
7.1. D.
MARIA Emília de Aragão da Costa Lacerda da Victoria (n. 1843), nasceu a
22-XII-1842 e foi baptizada a 24-II-1843 em Aldeia Nova do Cabo, Fundão,
apadrinhada por
seus tios José Correia de
Lacerda Teles Moura e Vasconcelos, solteiro, do lugar de Beirós,
e por D. Margarida de Aragão Costa e Sá da
Victória, solteira. Faleceu a 27-VI-1934 no Fun-
Fundão, solteira.
Foi muito caritativa ao longo da sua
vida, sempre disposta a auxiliar os necessitados da fre-
guesia onde nasceu e
onde residiu na sua Casa do Terreiro, herdada dos seus antepassa-
dos SÁ PEREIRA.
7.2. JOSÉ
DE ARAGÃO DA COSTA LACERDA DA VICTORIA (1844-1908), 1.º Conde de Tondela
(carta
de 23-II-1899).
|
José de Aragão da Costa Lacerda
da Victória (1844-1908),
1.º Conde de Tondela |
Nasceu
em 1844 e faleceu a 8-VIII-1908 no átrio do seu solar de
Aldeia Nova do Cabo, assassinado
a tiro de pistola pelo seu so-
brinho Dr. Pedro Cabral de Aragão na sequência de uma acesa
discussão na qual, segundo relatos da época, este seu sobrinho
que tinha grandes dívidas ao jogo, lhe tentou
extorquir uma
avultada soma de dinheiro a pretexto de pagar a honra de sua
irmã com a qual acusava o tio, então já viúvo, de manter uma
relação amorosa.
Foi senhor
da Quinta da Ponte, na qual recebeu com grande
pompa e uma sumptuosa festa o rei D. Carlos e a rainha
D. Amélia em 1898, e do seu solar em Aldeia Nova do Cabo.
Foi ainda presidente
da Câmara Municipal do Fundão.
Casou
com D. MARIA ISABEL PEREIRA REBELO DA FONSECA
(f. 1906), falecida a 15-IX-1906,
filha de Manuel Luís Pereira
Rebelo da Fonseca, juiz de Fora de Vila Velha de
Ródão (carta
de 27-IX-1823), e de sua mulher D. Ana Pereira Torres.
Deste
casamento não houve geração pelo que o seu imenso património passou à posse do
seu irmão mais novo
que foi António de Aragão de Lacerda da Vitória.
7.3. D. FILOMENA DE ARAGÃO DA COSTA CORREIA
LACERDA VICTÓRIA. Casou
com VIRIATO
LUSITANO CABRAL DA FONSECA (n. 1843), coronel de infantaria, que
segundo os registos
militares nasceu a 31-I-1843 em Chão de Tavares, concelho
de Mangualde, filho de Manuel
Cabral e de D. Teresa Luísa da Fonseca. Sabemos
que em 1899 residia em Évora onde então
é admitido como sócio do «Círculo Éborense», um antigo e elitista clube desta cidade.
Filhos(5):
8.1. PEDRO CABRAL DE ARAGÃO COSTA LACERDA DA
VICTÓRIA (c. 1908), licenciado
em Direito pela Universidade de Coimbra a
21-VII-1908 e, poucos dias depois, a
8-VIII-1908 assassinou à
pistola o seu tio José de Aragão, 1.º Conde de Tondela.
8.2. JOSÉ CABRAL DE
ARAGÃO.
8.3. AGOSTINHO BARTOLOMEU
CABRAL DE ARAGÃO. Casou a 18-II-1919 em Viseu
com sua parente D. MARIA ANA CORREIA DE LACERDA DE MELO PINTO,
senhora
da Casa de Beirós, em São Pedro do Sul, na qualidade de sobrinha
primogénita de
seu tio o 1.º visconde de Beirós. Era filha de António Cabral de
Melo Pinto (n. 1896),
natural de Papízios, Carregal do Sal, e de sua mulher D.
Maria Luísa Correia Lacerda
de Azevedo e Lemos (n. 1846), natural de Oliveira
do Hospital.
Tiveram 5 filhos que continuaram a geração até aos nossos dias com
os apelidos de
MELO SOUSA PINTO, e ESPÍNOLA DE FRANÇA, entre outros.
8.4. MARIA.
8.5. TERESA.
7.4. Bartolomeu
de Aragão da Costa Tavares e Sá (f. 1873).
7.5. António de Aragão DE LACERDA DA VITÓRIA,
que residiu na Guarda e em Vila Velha
de Ródão onde veio a falecer.
Foi herdeiro de seu
irmão José, 1.º Conde de Tondela, por este não ter tido geração.
Casou em Castelo Branco com D.
CARLOTA ..., filha de um oficial do Exército cujo nome desconhecemos.
Filhas (2):
8.1. MARIA EMÍLIA FONSECA DE ARAGÃO E COSTA. Casou com LUÍS LAIA NOGUEIRA,
licenciado, do qual não teve geração pelo
que o seu património passou para a posse
dos sobrinhos deste.
8.2. CARLOTA FONSECA DE ARAGÃO E COSTA,
falecida solteira.
§ 2
6. JERÓNIMO TRIGUEIROS DE ARAGÃO MARTEL DA COSTA (1825-1900), 1.º
Visconde do Outeiro
(decreto de 17-VII-1866), 1.º Conde de Idanha-a-Nova (carta
de 17-VI-1892),
fidalgo-cavaleiro da
Casa Real (§ 1, n.º 5.2, n.º 6), nasceu 1825 em Idanha-a-Nova e
sucedeu na administração dos mor-
gados de Idanha-a-Nova e do Outeiro, tendo falecido em 1900 no Fundão.
Casou
a 22-IV-1850 em Aldeia de Joanes, concelho do Fundão, com D. MARIA ISABEL
OSÓRIO DE
SOUSA PRETO MACEDO FORJAZ PEREIRA DE GUSMÃO (1836-1878),
natural de Pêro Viseu,
no concelho do Fundão, filha única herdeira de Diogo Dias Preto
da Cunha Veloso Osório Cabral
(1796-1860), senhor dos morgados de Pêro Viseu e
de Chãos,
ambos no concelho do Fundão,
e dos padroados de Nossa Senhora da Consolação e
de São Pedro do Catrão, e de sua segunda
mulher D. Maria Justina de Macedo
Pereira Forjaz de Azevedo Gusmão (1790?-1853),
natural
do Fundão, com quem casou em 1820, a qual era descendente da Casa dos Macedos à Rua da
Cale na citada
cidade do Fundão.
Filho:
7. JOAQUIM TRIGUEIROS OSÓRIO DE ARAGÃO
(1867-1941), que segue.
7. JOAQUIM TRIGUEIROS OSÓRIO DE ARAGÃO (1867-1941), 2.º Conde de
Idanha-a-Nova (decreto
de 17-VII-1892),
foi um dos maiores lavradores da Beira, além de influente político e deputado
do
Partido Progressista por esta região.
Casou
em primeiras núpcias a 10-XII-1888 em Idanha-a-Nova com D. MARIA ANGÉLICA DE
LEMOS
TORRES COELHO (1872?-1907), filha de Francisco Pereira Coelho, professor
catedrático de Mate-
mática da Universidade de Coimbra, natural de Alcains, e de
D. Júlia Adelaide de Pádua e Lemos
Simões, natural de Coimbra.
Filhos das 1.as núpcias (4):
8.1. JOAQUIM TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO
(1890-1937), falecido em vida de seu pai.
Casou
em 1915 com a sua prima co-irmã D. MARIA DA NATIVIDADE TRIGUEIROS DE
FIGUEIREDO
FRAZÃO (n. 1891), filha de José de Figueiredo Pimenta do Avelar Frazão
Castelo
Branco (n. 1858), 2.º Visconde do Sardoal.
Filhos
(2):
9.1. JOAQUIM MARIA TRIGUEIROS COELHO FRAZÃO DE
ARAGÃO MARTEL (n. 1921),
3.º Conde de Idanha-a-Nova, 2.º Visconde do Outeiro
por alvará do Conselho de
Nobreza de 24-IV-1979. Nasceu a 16-IV-1921 no Fundão,
e faleceu em 1982.
Casou a 5-V-1954 em Fátima com D.
LEONOR DE POVOENÇA OSÓRIO DE CASTRO
(n. 1933), nascida a 8-I-1933 na freguesia
da Sé, em Lisboa, professora universitária,
licenciada e mestre em Ciências
Antropológicas e Etnológicas pelo Instituto Superior
de Ciências Sociais e
Políticas da U.T.L; filha de Jerónimo de Melo Osório de Castro,
natural de
Setúbal, médico veterinário, e de D. Simone Flora Osório de Castro, natural
de
Paris. Sem geração.
9.2. D. MARIA DE LA SALETE TRIGUEIROS COELHO
FRAZÃO OSÓRIO DE ARAGÃO
MARTEL (1924-2000), nasceu a 13-V-1924 no Fundão,
residiu em Lisboa, assim como
na sua Casa do Outeiro em Aldeia Nova do Cabo, e
no seu Solar das Quintãs, conce-
lho do Fundão, tendo falecido a 7-II-2000 em
Lisboa, solteira, sem geração.
8.2. ANTÓNIO TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO
(1896-1976), o qual adquiriu a Quinta da
Ponte aos seus parentes e segue abaixo.
8.3. JOSÉ TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (n. 1897), Industrial que se dedicou à
exploração
de jazigos de mármore verde para exportação, foi senhor do belo palacete
da Quinta de São
Pedro (actual Solar de Alcains – Turismo de Habitação), em
Alcains.
Casou duas vezes. As suas primeiras núpcias foram a ?-II-1919 com D. MARIA BENEDITA
DA
SILVEIRA E COUTO CHARTERS DE AZEVEDO (1898-1922), licenciada em Ciências
Eco-
nómicas e Financeiras, e as segundas núpcias em 1945 com D. ADELAIDE
FERREIRA
CAMPOS DE MORAIS (n. 1907), tendo tido geração de ambos os casamentos.
8.4. MANUEL TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO
(1898-1960), nascido a 17-XII-1898 em Alca-
ins e falecido a 21-XII-1960 em
Castelo Branco, o qual residiu na sua casa na Praça do
Município, no Fundão, e
na sua Quinta da Ordem em Vila Velha de Ródão.
Casou a 14-VII-1959 no Fundão
com a D. MARIA DA GRAÇA GUEDES DE CAMPOS ROSADO
(1926-2005), licenciada em Medicina, natural de Abrantes, da
qual teve geração.
8. ANTÓNIO TRIGUEIROS COELHO DE ARAGÃO (1896-1976), o qual adquiriu a Quinta da Ponte aos
seus parentes, os descendentes dos Condes de
Tondela.
|
António Trigueiros Coelho
de Aragão (1896-1976). |
Era
natural de Alcains onde residiu no seu solar datado dos princípios do século
XVIII que tem anexa a capela de Santa Bárbara.
Foi abastado proprietário
agrícola, a cujo espírito dinâmico se ficou a dever os primeiros passos para o
desenvolvimento industrial da vila de Alcains, da qual foi grande benemérito: a Casa do
Povo desta freguesia foi edificada por sua iniciativa, oferecendo
gratuitamente o terreno, bem como o do estádio de futebol de Alcains que tem o
seu nome.
Casou a
2-II-1918 na Quinta de São Mateus (contígua à Quinta da Ponte), freguesia da Faia, com D. ANA AUGUSTA PORTUGAL LOBO TELES DE VASCONCELOS (n. 1895), natural da Guarda, descendente
dos senhores do “Solar dos Telles de Vasconcelos”, próximo da Sé da Guarda,
filha única de Manuel Pereira Teles de Vasconcelos (n. 1834), da “Casa da
Chieira” em Santa Cruz de Alvarenga, no concelho de Arouca, e de D. Joaquina Augusta de Portugal Ribeiro Lobo de Vasconcelos (1854-1929),
nascida na Faia, e falecida em
Alcains.
Teve,
entre outros:
9. D. MARIA JOAQUINA DE PORTUGAL LOBO
TRIGUEIROS DE ARAGÃO (n. 1929), que segue.
9 D. MARIA JOAQUINA DE PORTUGAL LOBO TRIGUEIROS DE ARAGÃO (n.
1929), conhecida por
|
Q.ta da Ponte, D. Mary Trigueiros Aragão. |
“D. MARY”, nome que adoptou na Bélgica onde esteve
refugiada após a revolução do 25 de Abril de 1974, nas-
ceu a 26-V-1929 em Lisboa e, dos quatro filhos de seu
pai, foi ela a herdeira da
Quinta da Ponte.
Casou a 19-X-1952 na capela do solar de seus pais em
Alcains com JOÃO PEDRO DE SÃO PAIO DE SOUSA
ALVIM (1926-2004),
distinto médico analista, nascido a
8-I-1926 na freguesia de Nossa Senhora do
Carmo em
Lisboa, cidade onde faleceu a 6-I-2003. Teve numerosa
geração, da qual constam 7 filhos, 22 netos e 17 bisne-
tos.
À iniciativa e ao bom gosto desta afável matriarca, ficou-
-se a dever a requalificação deste
belo solar rural agora
designado por «Quinta da Ponte – Sociedade
Turística,
História e Jardins, Lda.».
Atenta
e solícita com os visitantes deste paradisíaco lo-
cal, quando aí presente, D. MARY é pela sua
simpatia e
encanto uma belíssima anfitriã sempre disposta à narra-
ção de algumas estórias e
tradições que envolvem esta
emblemática casa, fazendo justiça à tradicional afabili-
dade com a qual o Beirão recebe os seus convidados.
|
Qta. da Ponte, interior. |
|
Qta. da Ponte, interior. |
|
Qta. da Ponte. |
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Qta. da Ponte. |
|
Qta. da Ponte. |
https://arquivos.rtp.pt/conteudos/quinta-da-ponte/
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Notas: