Brasão de: Manuel Falcão Tavares (c. 1633)
Forma: Escudo partido: o 1.º de TAVARES – de ouro, com cinco estrelas
de seis raios de vermelho; o 2.º de FALCÃO – de azul, com três
bordões de prata, ferrados de vermelho, postos em pala e alinhados
em faixa.
Diferença: Um trifólio verde.
Local: Conhecido documentalmente.
Data: 25-Jan.-1633
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MANUEL TAVARES FALCÃO, teve brasão de armas com escudo partido em pala, de TAVARES e FALCÃO,
tendo por Diferença um trifólio verde.
Este brasão foi concedido a 25-Jan.-1633, registado no Cartório da Nobreza (L. I, fl. 407v.), e apenas é conhecido documentalmente[1], ignorando-se a existência de qualquer pedra de armas que lhe corresponda.
Dados genealógicos:
1. MANUEL TAVARES FALCÃO, foi tabelião do Público, Judicial e Notas da Atalaia, e morador no Alcaide,
concelho do Fundão.
A 18-III-1662 obteve autorização para renunciar o ofício de Tabelião a favor de seu genro Simão dos Reis
Colaço (c. 1665)[2], o que parece ter vindo a acontecer em 1665.
A 18-III-1662 obteve autorização para renunciar o ofício de Tabelião a favor de seu genro Simão dos Reis
Colaço (c. 1665)[2], o que parece ter vindo a acontecer em 1665.
Era filho de Gaspar Tavares Falcão e de …(?) Antunes, e bisneto de Manuel Tavares, o qual foi capitão do
Alcaide no tempo de El-Rei D. Sebastião.
Casou com D. MARIA LEITOA DE AGUIAR PISSARRO.
Filho:
2. ANTÓNIO FÉLIX FALCÃO TAVARES, que segue.
2. ANTÓNIO FÉLIX FALCÃO TAVARES, natural de Alcongosta, residente no Fundão, casado com D. MARIA
ROSA RIBEIRO, do Castelejo.
Filha:
3. MARIA BÁRBARA FALCÃO DE AGUIAR LEITOA (f. 1833), que segue.
3. MARIA BÁRBARA FALCÃO DE AGUIAR LEITOA (f. 1833), falecida a 11-X-1833.
Casou por procuração a 5-VIII-1774 na Fatela, concelho do Fundão, com LOURENÇO JOSÉ TABORDA
D’ELVAS DE NEGREIROS FEIO (1754-1829), nascido a 3-V-1754 no lugar de Chãos, na freguesia das Donas,
concelho do Fundão, que faleceu a 16-IX-1829 e foi sepultado na sua capela da Fatela. Este era Fidalgo
Cavaleiro (3-IX-1824)[3], residente no Fundão onde foi vereador (1783-1829), sargento-mor e capitão-mor
(1804-1829); filho de Veríssimo Inácio Taborda d’Elvas de Negreiros (1715-1798) que nasceu a 21-I-1705 no
lugar de Chãos, freguesia das Donas, e falecido a 16-IX-1798, tabelião, formado em Cânones pela Universi-
dade de Coimbra, e de sua mulher Antónia Maria Feio (f. 1754), natural do Teixoso.
dade de Coimbra, e de sua mulher Antónia Maria Feio (f. 1754), natural do Teixoso.
Seu marido era senhor do solar «Taborda d’Elvas Falcão» (ou Falcão Tavares), onde está instalado o actual
Museu Arqueológico José Monteiro (Rua do Serrão, Fundão), e da Casa Grande na Fatela, ambas com as
suas fachadas armoriadas.
suas fachadas armoriadas.
Tiveram 11 filhos, dos quais 4 ficaram conhecidos:
4. LOURENÇO JOSÉ TABORDA TAVARES D’ELVAS NEGREIROS FEIO FALCÃO (1788-1818), filho primogé-
nito e homónimo de seu pai, bisneto do armigerado, nasceu a 10- VII-1781 na Fatela, tendo aí falecido
prematuramente a 15-I-1818. Formado em Leis (27-VI-1803) e em Cânones (1808) pela Universidade de
Coimbra.
Por iniciativa do seu pai, quando ainda era menor de 5 anos de idade, obteve um brasão de armas com o
escudo esquartelado de TABORDA, FEIJÓ (por erro de concessão, em vez de FEIO que lhe competia),
FALCÃO e TAVARES (brasão passado a 21-I-1788)[4].
escudo esquartelado de TABORDA, FEIJÓ (por erro de concessão, em vez de FEIO que lhe competia),
FALCÃO e TAVARES (brasão passado a 21-I-1788)[4].
Fundão, Solar Taborda d'Elvas Falcão (Museu José Monteiro) |
Pedra de Armas do solar: 1.º - TABORDA, 2.º - FEIJÓ, 3.º - FALCÃO, 4.º - TAVARES; de Lourenço José Taborda Tavares d'Elvas Negreiros Feio Falcão (1788-1818) |
4. JOÃO ANTÓNIO TABORDA FALCÃO TABORDA (n. 1789), nascido a 20-XII-1789 na Fatela. Formado em
Cânones (1813) na Universidade de Coimbra, foi vereador do Fundão (1828, 1832 e seguintes), assim
como seu capitão-mor, em cujo cargo sucedeu a seu pai.
Teve foro de fidalgo a 2-VII-1825, juntamente com seus irmãos João e Joaquim, devido aos serviços que
foram prestados por seu pai.
4. JOSÉ MARIA TABORDA FALCÃO TAVARES (n. 1792) que nasceu em 1792, tendo-se formado em Cânones
(1820) pela Universidade de Coimbra. Teve foro de fidalgo a 2-VII-1825.
4. JOAQUIM MARIA TABORDA FALCÃO TAVARES (n. 1799), nasceu a 15-IX-1799, tendo-se formado em
Leis (1820) e doutorado (1822) pela Universidade de Coimbra. Teve foro de fidalgo a 2-VII-1825.
A capela de Nossa Senhora da Conceição, anexa à Grande Casa da Fatela, cuja edificação terá ficado a
dever-se á iniciativa de seu pai em cumprimento de um voto relacionado com as Invasões Francesas, foi
por ele remodelada num belíssimo estilo barroco, acrescentando-lhe a sua pedra de armas, assim como a
data das novas obras (1858).
Fatela, Casa Grande / Taborda Falcão. |
Fatela, Casa Taborda Falcão, pedra de armas. |
Fatela, Capela da Casa Grande. |
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TAVARES – São uma das mais antigas linhagens portuguesas com origem no lugar de Tavares na Beira Alta. Têm a mesma ascendência dos Coutinhos, dos Fonsecas e dos Macedos, apenas diferindo as suas armas pelas cores e pelo número de raios das estrelas representadas.
FALCÃO – Pretendem alguns genealogistas que esta família procede do capitão inglês João Falconet que passou a Portugal com D. Filipa de Lencastre, mulher do rei D. João I, o que não invalida a existência de outros com o mesmo apelido com origem em alcunha.
Notas:
[2] IAN/TT, Registo Geral de Mercês, D. Afonso VI, liv. 2, fl. 230v.
[3] IAN/TT, Cartório da Nobreza, Registo Geral de Mercês, D. João VI, l. 19, fl 135v.
[4] SANCHES DE BAENA, Visconde, Archivo heraldico-genealogico, 1.ª ed., Lisboa, Typographia Universal, 1872, p. 440.
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