Casa do Calvário - Aldeia Nova do Cabo, Fundão. |
vel herança do avô paterno de sua mulher que foi Manuel António Geraldes Leitão Coutinho de Melo
(n. 1766).
João Teles Trigueiros (1822-1886) |
Proprietário em Escalos de Baixo, onde tinha a sua residência principal, licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra a 14-VI-1848 e seguiu a carreira da magistratura[1].
1743 em Escalos de Baixo onde faleceu a 7-X-1794 (filho do capitão Domingos Nunes Barroso, casado
em Escalos de Baixo com D. Cecília Marques), e de sua mulher em segundas núpcias (?) D. ANA DE
SÃO JOSÉ TELES BARROSO, natural de Penamacor (filha do capitão Nicolau Teles e de D. Maria
Esteves Barroso).
mente, sargento-mor de Cavalaria de Penamacor, o qual foi casado com D. Isabel Trigueiros da Costa
(1688-1768), nascida e falecida em Idanha-a-Nova), e de sua segunda mulher que foi D. Maria Angélica
Marques Goulão (1725-1790), de Idanha-a-Nova (filha de Domingos Ambrósio (n. 1707), sargento-mor
das Ordenanças de Idanha-a-Nova, e de sua mulher D. Maria Marques Goulão (n. 1697), natural de Esca-
los de Cima); casada com JOÃO JOSÉ MARTINS PEREIRA DO REGO GOULÃO (n. 1758), capitão-mor
das Ordenanças de Castelo Branco, que obteve brasão de armas por Carta de 20-III-1821 com um
escudo partido em pala de PEREIRA e REGO[4], e foi membro do Conselho de Distrito de Castelo
Branco, no qual tinha avultado património fundiário e diversas casas, nomeadamente em Idanha-a-
-Nova, Sarnadas, e Alcains, localidade esta onde residia no Solar dos Goulões (actual Museu do Cantei-
ro)[5], um dos mais antigos e belos exemplos da arquitectura solarenga de Alcains.
Carolina Cândida Geraldes de Melo (1837-1915) |
Cemitério de E. de Baixo,
Carolina Cândida (f. 1915).
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Escalos de Baixo, Casa Nunes Guedelha. De Carolina C. Geraldes de Melo (f. 915) |
1856 no Sabugal, tendo falecido a 13-IX-1907 na freguesia do
Souto da Casa, no concelho do Fundão. Casou com JOAQUIM
AUGUSTO DE OLIVEIRA LEITÃO (1854-1909), tenente-coronel
da Arma de Cavalaria, nascido a 10-II-1854 em Castelo Branco,
e falecido a 8-VIII-1909 na sua Casa do Adro no Souto da Casa.
Tiveram descendência que seguiu os apelidos Trigueiros Leitão, Leitão de Castro, e Castro Serra.
2. D. CONCEIÇÃO TELES TRIGUEIROS GERALDES DE MELO, natural de Escalos de Baixo. Casou
com ANTÓNIO AUGUSTO DE AZEVEDO, capitão do exército. Sem geração, ambos faleceram em
Escalos de Baixo onde foram sepultados no jazigo de família no cemitério desta freguesia.
Peroviseu, Casa Caldas e Quadros. |
a 11-II-1934 na freguesia de Peroviseu, no concelho do Fundão.
Foi casada com CÉSAR AUGUSTO CALDAS E QUADROS (1866-
Cemitério de Idanha-a-Nova,
José de Melo Geraldes
Cajado (f. 1904).
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a 24-VII-1893 e foi conservador do Registo Civil do Fundão (1911-1936),
assim como proprietário na freguesia de Pêro Viseu onde veio a falecer
a 2-I-1937, sem filhos, na sua casa situada perto da igreja matriz, a qual
foi posteriormente adquirida para aí ser instalada a Casa Paroquial.
2. D. MARIA DO CARMO TELES TRIGUEIROS MARTEL (f. 1936) nascida em
Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão, tendo falecido em 1936 em
Idanha-a-Nova. Foi casada com o seu primo JOSÉ DE MELO GERALDES
CAJADO (f. 1904), proprietário em Idanha-a-Nova onde faleceu a 9-I-1904
e foi sepultado no cemitério público em jazigo armoriado de GERALDES
e MELO[11]; filho de Joaquim Cajado Geraldes de Melo (c. 1843), natural
de Idanha-a-Nova, onde casou a 28-IX-1843 com D. Antónia Ludovina
Leitão, natural de Pedrógão Pequeno (filha de António José Leitão casado
com D. Maria Lopes Xisto, de Idanha-a-Nova).
Maria do Carmo Teles Trigueiros Martel (f. 1936) |
casou a 26-XI-1896 nas segundas núpcias de seu tio JOSÉ MARIA TELES TRIGUEIROS DE
MELO (n. 1855), que segue mais abaixo.
3. D. MARIA ANGÉLICA DE MELO GERALDES (n. 1874), casada com FIRMINO ALVES PEREIRA.
Residiram em Penamacor.
Casou em 1905 com D. MARIA CAROLINA SANCHES GOULÃO (n. 1885), nascida na freguesia da
Mata, Alcains, filha de António Sanches Goulão, natural de Alcains, e de sua mulher Antónia de
Carvalho Neves, natural da Mata. Tiveram quatro filhos, com numerosa geração que seguiu os
apelidos Trigueiros e Goulão de Melo.
Ao centro: a mãe Maria do Carmo. Da esquerda p/ a direita: as filhas M.ª Isabel, M.ª Angélica, Margarida, e um dos filhos. |
em Idanha-a-Nova. Casou a 20-IV-1929 na 7.ª Conservatória de
Lisboa com D. LUÍSA DOMINGUES TEIXEIRA, natural da fre-
guesia de Santa Isabel, em Lisboa.
nasceu a 26-I-1877 em Idanha-a-Nova. Casou na freguesia
do Rosmaninhal, concelho de Idanha-a-Nova, com D. ISABEL
LOBATO CARRIÇO (f. 1933). Deste casamento nasceu em
1918 na freguesia de Monforte, no concelho de Castelo
Branco, um filho cujo nome desconhecemos.
falecida a 6-XI-1918 em Castelo Branco. Casou com JAIME DE
MATOS CALDAS E QUADROS.
Tiveram:
3. LUÍS QUADROS.
2. JOSÉ MARIA TELES TRIGUEIROS (n. 1854), único filho varão, herdeiro da Casa do Calvário, que
segue abaixo.
Idanha-a-Nova, casa de José Maria. (edificada em 1894) |
que foi a filha herdeira da Casa do Calvário em Aldeia Nova do Cabo.
[1] João Teles Trigueiros (1822-1886), fez a primeira matrícula na Universidade de Coimbra a 20-X-1841, obteve o bacharelato a 23-VI-1845, tendo concluído a licenciatura a 14-VI-1848.
[2] Nesta cidade proferiu uma sentença que publicou com o título «Justificação da posse imemorial até 1833 do Paúl de Arzila no concelho de Coimbra; pelo Ex.mo Conde do Sabugal e Óbidos, e embargos contra ella deduzidos no Juízo de Direito da mesma Comarca / Coimbra 10 de Fevereiro de 1876» (Coimbra, Imprensa Literária, 1876).
[3] IAN/TT, Registo Geral de Mercês, D.Pedro II, Liv. 5, fl. 18v.
[4] IAN/TT, Cartório da Nobreza, Livro I, fl. 63 v.
As armas dos PEREIRAS são: Em campo vermelho, com uma cruz florenciada e vazia. Timbre: uma cruz de vermelho, florenciada e vazia, ladeada de asas de ouro estendidas. As armas dos REGOS, são: em campo verde, com uma banda ondada e aguada de sua cor, carregada de três vieiras de ouro. Timbre: uma vieira do escudo, entre duas plumas de verde, picadas de ouro.
[5] O Solar dos Goulões, actualmente classificado como imóvel de interesse público e uma das habitações dos primeiros Condes de Castelo Branco, tem anexa uma capela fundada na primeira metade do século XVIII, que já foi conhecida por diversos nomes: Capela de Nossa Senhora da Piedade, do Senhor das Chagas (devido a uma imagem religiosa que sangrou milagrosamente por diversas vezes em 1722), e actualmente como Capela de São Brás. Deve-se a sua construção à iniciativa expressa em testamento por D. Manuel Sanches Goulão (1677-1719), 6.º bispo de Meliapor em 1717, que faleceu num naufrágio junto ás ilhas de Angoxa, deixando várias fazendas vinculadas para sustento da citada capela e de um Hospital anexo que ainda funcionou por alguns anos. Nesta capela foram baptizadas, casaram, e estão sepultadas, sucessivas gerações de Goulões nascidas a partir de 1733. Encimando a porta principal podemos ainda ver esculpida uma mitra alusiva ao bispo que a fundou.
[6] Cartório Notarial do Fundão, Escritura de Partilhas dos Herdeiros de Carolina Cândida Geraldes de Melo (f. 1915), Livro de Notas n.º 116, Fls. 8 .
[7] José António Geraldes de Melo Coutinho (f. 1841), era irmão de Francisco António de Paula Geraldes de Melo Coutinho (c. 1805), nascido em Aldeia Nova do Cabo, casado com sua tia Maria Margarida Geraldes de Melo Cajado (n. 1775), nascida a 27-XI-1775 em Idanha-a-Nova.
[8] Manuel António Geraldes Leitão Coutinho de Melo (n. 1766), era filho de Rodrigo Xavier Soares Correia de Melo, c.c. D. Joana Felícia de Oliveira Monteiro; neto paterno de Manuel Soares Correia, juiz de Fora de Penamacor, capitão-mor do Fundão, natural de Aldeia do Mato, Covilhã, casado em terceiras núpcias a 1-IX-1734 em Idanha-a-Nova com sua mulher D. Isabel Joaquina de Melo Geraldes Leitão (n. 1709), nascida a 2-XII-1709 em Idanha-a-Nova (filha de Manuel Geraldes Leitão, sargento-mor de Idanha-a-Nova, onde casou a 25-IX-1702 com sua parente D. Maria Marques da Cruz e Melo, nascida em 1680); neto materno do tenente João Martins Mouzinho, de Estremoz, e de sua mulher D. Bárbara da Cruz Oliveira e Cunha, de Aldeia Nova do Cabo, Fundão. – Cfr. Luís Bivar Guerra, A Casa da Graciosa, Braga, pp. 208-209.
Estes COUTINHO DE MELO tinham, no início do século XVII, o seu solar de origem na Quinta de Darei – entre Mangualde e Penalva do Castelo – e eram fidalgos da Casa Real, como se pode ver na carta de brasão de armas passada em 23-IX-1786 a Francisco Camilo Geraldes de Melo Cajado (n. 1777), neto de Manuel Soares Correia, esquartelado com as armas de GERALDES, LEITÃO, MELO e COUTINHO.
Os GERALDES, existentes em Portugal desde a Idade Média, eram uma família de juristas e de militares com ramificações em Idanha-a-Nova, no Fundão, e noutras localidades das Beiras, onde já existiam no século XIV. Ligaram-se à ilustre família dos MELO, no século XVIII, e deram origem aos GERALDES DE MELO, de onde procede o 1.º Marquês da Graciosa (1840). Outros, como os irmãos Lucas e Nicolau Geraldes, vieram de Florença, terra da sua naturalidade, e aqui tiveram grandes negócios e fundaram casas nobres no Largo do Correio, em Lisboa, tendo servido o Rei D. Manuel I com o seu dinheiro. Usaram o seguinte brasão de armas: de prata, com um leão de negro, coroado de ouro. São estas as armas ostentadas nos cunhais do solar dos Marqueses da Graciosa, em Idanha-a-Nova.
[9] D. Angélica Locádia de Oliveira Fonseca Coutinho Botelho, era filha de João de Oliveira Fonseca, alferes de Granadeiros, e de sua mulher D. Cecília Liberata Botelho Coutinho, nascida na freguesia da Misarela, no concelho da Guarda.
[10] ADCB, Paroquiais, Fundão/Castelejo, L. de 1866, n.º 31.
[11] Este jazigo de granito claro, aparentando ser da segunda metade do século XIX, ostenta uma placa com o nome «JOSÉ DE MELO GERALDES», encimada pelo seguinte brasão de armas: Escudo partido em pala, de MELO e GERALDES; por Diferença uma brica com um crescente; Timbre de Geraldes.