Aldeia Nova do Cabo, Fundão
Faia, Guarda
Sarnadas, Vila Velha de Ródão
Faia, Guarda
Sarnadas, Vila Velha de Ródão
José de Aragão da Costa Lacerda Vitória (1844-1908), 1.ª Conde de Tondela |
JOSÉ DE ARAGÃO DA COSTA LACERDA VICTORIA (1844-1908), 1.º Conde de Tondela (Decreto de 23-II-1899), nasceu em 1844 na Quinta da Ponte, freguesia da Faia, concelho da Guarda, e faleceu a 8-VIII-1908 no átrio do seu solar em Aldeia Nova do Cabo (Casa dos Aragões - Conde de Tondela), concelho do Fundão, assassinado a tiro de pistola pelo seu sobrinho Dr. Pedro Cabral de Aragão após uma violenta discussão na qual, segundo relatos da época, este lhe tentou extorquir uma grande soma de dinheiro a pretexto de pagar a honra de sua irmã, com a qual acusava o tio de manter uma relação amorosa[1].
JOSÉ DE ARAGÃO DA COSTA LACERDA VICTORIA (1844-1908), 1.º Conde de Tondela (Decreto de 23-II-1899), nasceu em 1844 na Quinta da Ponte, freguesia da Faia, concelho da Guarda, e faleceu a 8-VIII-1908 no átrio do seu solar em Aldeia Nova do Cabo (Casa dos Aragões - Conde de Tondela), concelho do Fundão, assassinado a tiro de pistola pelo seu sobrinho Dr. Pedro Cabral de Aragão após uma violenta discussão na qual, segundo relatos da época, este lhe tentou extorquir uma grande soma de dinheiro a pretexto de pagar a honra de sua irmã, com a qual acusava o tio de manter uma relação amorosa[1].
Foi
presidente da Câmara Municipal do Fundão e membro do Partido Regenerador,
senhor da Quinta da Ponte junto à freguesia da Faia, concelho da Guarda, onde
chegou a receber com uma grandiosa festa o Rei D. Carlos e a rainha D. Amélia, assim como da Casa
Grande de Sarnadas, e do seu solar em Aldeia Nova do Cabo – ocupado na
sequência da Revolução do 25 de Abril e sede da actual Junta de Freguesia –
cuja Pedra de Armas, segundo informação que
obtivemos, foi desmontada da fachada por um dos últimos herdeiros desta Casa e
levada para outra casa dos herdeiros desta família[2].
Era filho de PEDRO DE ARAGÃO DA COSTA SÁ VICTORIA
(n. 1819), nascido a 18-X-1819 na Quinta da Ponte, freguesia da Faia, que veio residir em
Aldeia Nova do Cabo, Fundão, onde mandou edificar o seu solar em 1861 (Casa dos Aragões - Conde de Tondela), o qual é actualmente sede da respectiva Junta de Freguesia.
Aldeia Nova do Cabo, Casa dos Condes de Tondeda (actual Junta de Freguesia) |
Era
neto paterno de BARTOLOMEU
DE ARAGÃO DA COSTA TAVARES E SÁ VASCONCELOS (1784-1848), 2.º Barão de Tondela
(1824) pelo seu casamento e por Carta de 12-X-1824[4],
comendador da Ordem de Cristo e coronel das Milícias da Guarda, nascido a
19-V-1784 em Trancoso, falecido a 12-VIII-1847 e sepultado no cemitério público
da Faia. Este foi casado a 17-X-1817 com D.
MARIA JOANA ROEDE DA VICTORIA (1882-1847), 2.ª Baronesa de
Tondela (Dec. de 12-VIII-1825), nascida a 24-VII-1782, filha herdeira de
António Marcelino da Victória (1750-1825), 1.º Barão de Tondela (Dec. de
3-VII-1823), fidalgo da Casa Real (1816), do Conselho de D. João VI, e do
Conselho da Guerra, tenente-general, governador das Armas da Beira Alta e
Baixa, assim como do Alentejo[5], e
de sua mulher D. Catarina Vicência do Couto (1757-1819), que jaz na Sé de
Viseu, filha do capitão de artilharia de Estremoz Manuel Rodrigues do Coito.
Era neto materno ANTÓNIO CORREIA LEBRIM E VASCONCELOS,
senhor da Quinta de Beirós, fidalgo da Casa Real, e de sua mulher D. MARIA BENEDITA DE MOURA COUTINHO TELES
DE SAMPAIO.
D. Maria Isabel Pereira Rebelo da Fonseca (f. 1906) |
Os condes de Tondela, não tiveram geração pelo que o seu património passou à posse do seu irmão mais novo que foi ANTÓNIO DE ARAGÃO DA COSTA LACERDA DA VITÓRIA, que residiu inicialmente na Guarda e posteriormente em Vila Velha de Ródão onde veio a falecer. Este foi casado em Castelo Branco com D. CARLOTA ODILA RIBEIRO, filha de um oficial do Exército cujo nome desconhecemos.
Deste casamento nasceram duas filhas: a 1.ª foi MARIA EMÍLIA FONSECA DE ARAGÃO E COSTA, casada com o Dr. LUÍS LAIA NOGUEIRA, do qual não teve geração, pelo que o seu património passou para a posse dos sobrinhos deste; a 2.ª foi CARLOTA FONSECA DE ARAGÃO E COSTA, falecida solteira.
♦
O Dr. MANUEL LUÍS PEREIRA REBELO DA FONSECA, senhor da Casa Grande de Sarnadas, era filho de Francisco Pereira Rebelo da Fonseca (n. 1745), bacharel formado em Direito, que sabemos ter sido juiz de fora de Santa Marta (1-XI-1789), juiz de fora dos Órfãos do Porto (28-V-1800), desembargador da Relação do Porto, sócio da Academia Real das Ciências, deputado em várias legislaturas, governador civil de Castelo Branco, e de sua mulher D. Francisca Tomásia da Fonseca de Novais (n. 1757).
Brasão:
«Um escudo esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Bicudos
que são em campo verde hum ribeiro de água de prata e a azul em faixa no campo
alto três pássaros bicudos de prata e no de baixo um carneiro do mesmo metal
armado a vermelho. No segundo quartel as dos Pereiras são em campo vermelho e
uma cruz de prata florida e vazio do campo. No terceiro: a dos Rebelos que são
em campo azul três faixas de ouro cada uma com a sua flor de vermelho postas em
banda. No quarto a dos Novais que estão em campo azul cinco novelos de fio de
prata postos em santar, Elmo de prata aberto guarnecido de ouro, Paquife dos
metais e cores das armas timbre dos Bicudos e um pássaro bicudo como os do
escudo e por diferença uma bica de prata com «F» de preto, o qual escudo e
armas poderá trazer e usar o dito Doutor FRANCISCO PEREIRA REBELLO DA FONSECA
NOVAES ...»
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Pedra de Armas da Casa do Conde de Tondela.
(actualmente em Cascais)
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Notas:
Notas:
[1] O autor deste nefando crime,
na sequência do seu acto tresloucado tentou
suicidar-se desferido um tiro na própria cabeça, ao qual sobreviveu.
[2] Após ter sido desmontada, esta pedra de armas dos Condes de Tondela, passou por várias localizações encontrando-se hoje numa moradia desta família situada na Rua Sacadura Cabral, n.º 55, em Cascais.
[4] ANTT, Registo Geral de Mercês, D. João VI, L.
19, fl. 107v.
[5] ANTÓNIO MARCELINO DA VICTÓRIA (1750-1825), 1.º Barão de Tondela, descendia de
uma família de militares: era neto paterno de Manuel da Victoria, capitão de
Mazagão e Governador das Ilhas de Cabo Verde; bisneto paterno de D. Gabriel da
Victoria, originário de Madrid e Governador das Torre do Outão no tempo de
Filipe III. Do seu casamento em 1777 com D. CATARINA VICÊNCIA DO COUTO
(1757-1719), teve: 1.º - CÂNDIDO BASILIO, tenente-coronel de Infantaria 10,
falecido gloriosamente na batalha dos Pirinéus a 30-VII-1813; 2.º - MARIA JOANA
ROEDE DA VICTORIA (n. 1782), 2.ª Baronesa de Tondela; 3.º - D. FRANCISCA
JOAQUINA, casada em 1828 com Estevão César Portugal da Silveira Correia de
Lacerda, Moço-Fidalgo e oficial do exército; 4.º - D. INOCÊNCIA ANGÉLICA,
casada em 1830 com João Mário Portugal da Silveira Correia de Lacerda (f.
1831), irmão do anterior, que morreu fuzilado a 10-IX-1831 em Campo de Ourique,
Lisboa, por ter tomado parte na revolta do seu regimento contra o Sr. D.
Miguel; 5.º - D. MARIANA ISABEL (f. 1823); 6.º - D. EUSTÁQUIA MARIA (f. 1823).
[6] GOODOLPHIM, Costa, Três Aldeias – Sarnadas, Aldeia Nova do Cabo, Aldeia de Joanes, Lisboa, Typographia Universal, 1904,
pp. 18-21.