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2010-04-24

Manuel Falcão Tavares (c. 1633), Alcaide - Fundão


Alcaide, Fundão.


Manuel Falcão Tavares (c. 1633)
                        

                           Brasão de:   Manuel Falcão Tavares (c. 1633)
                           Forma:          Escudo partido: o 1.º de TAVARES – de ouro, com cinco estrelas
                                                 de seis raios de vermelho; o 2.º de FALCÃO – de azul, com três
                                                 bordões de prata, ferrados de vermelho, postos em pala e alinhados
                                                 em faixa.
                           Diferença:    Um trifólio verde.
                           Local:           Conhecido documentalmente.
                           Data:             25-Jan.-1633



MANUEL TAVARES FALCÃOteve brasão de armas com escudo partido em pala, de TAVARES e FALCÃO,
tendo por Diferença um trifólio verde.
Este brasão foi concedido a 25-Jan.-1633, registado no Cartório da Nobreza (L. I, fl. 407v.), e apenas é conhecido documentalmente[1], ignorando-se a existência de qualquer pedra de armas que lhe corresponda.


Dados genealógicos:

1.  MANUEL TAVARES FALCÃO, foi tabelião do Público, Judicial e Notas da Atalaia, e morador no Alcaide,
    concelho do Fundão.
    A 18-III-1662 obteve autorização para renunciar o ofício de Tabelião a favor de seu genro Simão dos Reis
    Colaço (c. 1665)[2], o que parece ter vindo a acontecer em 1665.
    Era filho de Gaspar Tavares Falcão e de …(?) Antunes, e bisneto de Manuel Tavares, o qual foi capitão do
    Alcaide no tempo de El-Rei D. Sebastião.
    Casou com D. MARIA LEITOA DE AGUIAR PISSARRO.
    Filho:
    2.  ANTÓNIO FÉLIX FALCÃO TAVARES, que segue.

2.  ANTÓNIO FÉLIX FALCÃO TAVARES, natural de Alcongosta, residente no Fundão, casado com D. MARIA
    ROSA RIBEIRO, do Castelejo.
    Filha:
    3.  MARIA BÁRBARA FALCÃO DE AGUIAR LEITOA (f. 1833), que segue.

3.  MARIA BÁRBARA FALCÃO DE AGUIAR LEITOA (f. 1833), falecida a 11-X-1833.
    Casou por procuração a 5-VIII-1774 na Fatela, concelho do Fundão, com LOURENÇO JOSÉ TABORDA
    D’ELVAS DE NEGREIROS FEIO (1754-1829), nascido a 3-V-1754 no lugar de Chãos, na freguesia das Donas,
    concelho do Fundão, que faleceu a 16-IX-1829 e foi sepultado na sua capela da Fatela.  Este era Fidalgo
    Cavaleiro (3-IX-1824)[3], residente no Fundão onde foi vereador (1783-1829), sargento-mor capitão-mor
    (1804-1829); filho de Veríssimo Inácio Taborda d’Elvas de Negreiros (1715-1798) que nasceu a 21-I-1705 no
    lugar de Chãos, freguesia das Donas, e falecido a 16-IX-1798, tabelião, formado em Cânones pela Universi-
    dade de Coimbra, e de sua mulher Antónia Maria Feio (f. 1754), natural do Teixoso.
    Seu marido era senhor do solar «Taborda d’Elvas Falcão» (ou Falcão Tavares), onde está instalado o actual
    Museu Arqueológico José Monteiro (Rua do Serrão, Fundão), e da Casa Grande na Fatela, ambas com as
    suas fachadas armoriadas.    
    Tiveram 11 filhos, dos quais 4 ficaram conhecidos:
    4.  LOURENÇO JOSÉ TABORDA TAVARES D’ELVAS NEGREIROS FEIO FALCÃO (1788-1818), filho primogé-
        nito e homónimo de seu pai, bisneto do armigerado, nasceu a 10- VII-1781 na Fatela, tendo aí falecido
        prematuramente a 15-I-1818. Formado em Leis (27-VI-1803) e em Cânones (1808) pela Universidade de
        Coimbra.
        Por iniciativa do seu pai, quando ainda era menor de 5 anos de idade, obteve um brasão de armas com o
        escudo esquartelado de TABORDA, FEIJÓ (por erro de concessão, em vez de FEIO que lhe competia),
        FALCÃO TAVARES (brasão passado a 21-I-1788)[4].


Fundão, Solar Taborda d'Elvas Falcão
 (Museu José Monteiro)


Pedra de Armas do solar:
1.º - TABORDA, 2.º - FEIJÓ, 3.º - FALCÃO,

  4.º - TAVARES;
de Lourenço José Taborda Tavares d'Elvas
 Negreiros Feio Falcão (1788-1818)

























    4.  JOÃO ANTÓNIO TABORDA FALCÃO TABORDA (n. 1789), nascido a 20-XII-1789 na Fatela. Formado em
        Cânones (1813) na Universidade de Coimbra, foi vereador do Fundão (1828, 1832 e seguintes), assim
        como seu capitão-mor, em cujo cargo sucedeu a seu pai.
        Teve foro de fidalgo a 2-VII-1825, juntamente com seus irmãos João e Joaquim, devido aos serviços que
        foram prestados por seu pai.
    4.  JOSÉ MARIA TABORDA FALCÃO TAVARES (n. 1792) que nasceu em 1792, tendo-se formado em Cânones
        (1820) pela Universidade de Coimbra. Teve foro de fidalgo a 2-VII-1825.
    4.  JOAQUIM MARIA TABORDA FALCÃO TAVARES (n. 1799), nasceu a 15-IX-1799, tendo-se formado em
        Leis (1820) doutorado (1822) pela Universidade de Coimbra. Teve foro de fidalgo a 2-VII-1825.
        A capela de Nossa Senhora da Conceição, anexa à Grande Casa da Fatela, cuja edificação terá ficado a
        dever-se á iniciativa de seu pai em cumprimento de um voto relacionado com as Invasões Francesas, foi
        por ele remodelada num belíssimo estilo barroco, acrescentando-lhe a sua pedra de armas, assim como a
        data das novas obras (1858).


Fatela, Casa Grande / Taborda Falcão.

Fatela, Casa Taborda Falcão,
 pedra de armas.
Fatela, 
Capela da Casa Grande.



 
TAVARES – São uma das mais antigas linhagens portuguesas com origem no lugar de Tavares na Beira Alta. Têm a mesma ascendência dos Coutinhos, dos Fonsecas e dos Macedos, apenas diferindo as suas armas pelas cores e pelo número de raios das estrelas representadas.
FALCÃO – Pretendem alguns genealogistas que esta família procede do capitão inglês João Falconet que passou a Portugal com D. Filipa de Lencastre, mulher do rei D. João I, o que não invalida a existência de outros com o mesmo apelido com origem em alcunha.

  ________

Notas:

[1]   MACHADO, José de Sousa, Brasões inédito, Braga, A Folha do Minho, 1906, p. 128.
[2]   IAN/TT, Registo Geral de Mercês, D. Afonso VI, liv. 2, fl. 230v.
[3]   IAN/TT, Cartório da Nobreza, Registo Geral de Mercês, D. João VI, l. 19, fl 135v.
[4]   SANCHES DE BAENA, Visconde, Archivo heraldico-genealogico, 1.ª ed., Lisboa, Typographia Universal, 1872, p. 440.

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