Temos editado ao longo dos
últimos anos dezenas de estudos sobre o património da Beira Interior,
nomeadamente do concelho do Fundão: quer em blogues,
quer em revistas da especialidade e muito episodicamente na imprensa periódica.
Este trabalho é fruto de
apontamentos que fomos recolhendo ao longo de uma vida, assim como de
investigações ainda a decorrer, as quais achamos ter o dever de compartilhar
com a comunidade sem esperar qualquer compensação material, pois, não é esse o
nosso objectivo.
Nesta empreitada a que nos
propusemos, temos abordado diversas casas solarengas com a respectiva heráldica
e genealogia, resgatando do esquecimento a memória das respectivas famílias,
muitas das quais contribuíram para o engrandecimento das comunidades em que se
inseriram.
Estas velhas casas, independentemente do seu valor artístico e
arquitectónico, encerram muitas memórias, as quais constituem um grande
potencial de desenvolvimento turístico para as populações. O conhecimento da
sua história é de grande valia para o reforço da identidade local. A sua
divulgação é, regra geral, muito apreciada pelo público ávido de conhecer a sua
história.
O feedback que temos a esta divulgação tem manifestado o
agrado dos leitores,
muitos dos quais têm-nos feito chegar referências elogiosas e de apreço por
este trabalho, assim como a sua colaboração a solicitações nossas, que muito
agradecemos, e sem as quais não poderíamos chegar a bom porto.
Porém, algumas pessoas –
felizmente poucas –, às quais temos pedido a sua colaboração, nem sequer
se dignam responder-nos quando lhes solicitamos informações e, após a edição
das investigações que aqui damos conta, em vez de sugerir correcções a
involuntárias imprecisões cometidas, admoestam-nos com reparos descabidos e até
acintosos, pelo facto de, segundo elas, comentarmos coisas que não são da nossa
conta …
Esclarecemos que, no que
toca a este património material (casas e brasões), e imaterial (genealogia),
apenas visamos a sua divulgação para deleite dos seus apreciadores.
Apesar de uma casa ou solar ser propriedade privada, é também património da comunidade e, em muitos casos, “património classificado de interesse municipal” pelo seu valor histórico, arqueológico e artístico. Esta apropriação afectiva por parte da colectividade é devida ao seu inestimável valor cultural que a todos nós diz respeito. Por isso, algumas destas casas, com a sua classificação patrimonial – feita com o consentimento dos seus proprietários – passam a gozar de protecção estatal com vista a evitar a sua degradação; apoiando deste modo a sua conservação, pela imposição de algumas regras precisas de salvaguarda, assim como promovendo a divulgação da respectiva existência.
Apesar de uma casa ou solar ser propriedade privada, é também património da comunidade e, em muitos casos, “património classificado de interesse municipal” pelo seu valor histórico, arqueológico e artístico. Esta apropriação afectiva por parte da colectividade é devida ao seu inestimável valor cultural que a todos nós diz respeito. Por isso, algumas destas casas, com a sua classificação patrimonial – feita com o consentimento dos seus proprietários – passam a gozar de protecção estatal com vista a evitar a sua degradação; apoiando deste modo a sua conservação, pela imposição de algumas regras precisas de salvaguarda, assim como promovendo a divulgação da respectiva existência.
É, pois,
esta divulgação que aqui fazemos, e é este o nosso principal objectivo, pese
embora a falta de compreensão por parte de um ou outro proprietário que não
alcança o facto dos seus avoengos muitas vezes terem edificado estas relíquias para perpetuar a sua memória –
daí o nosso interesse genealógico –, assim como a busca do reconhecimento e da admiração
da comunidade onde se inseriam.
Quanto às
imprecisões e deficiências deste trabalho, estaremos sempre abertos a críticas
construtivas que visem melhorar a sua qualidade científica, no sentido de repor
o rigor histórico sempre que errarmos.
Gratos pela
compreensão.
João Trigueiros
_______
Nota:
Convicto de que as línguas não evoluem por decreto,
este texto vai escrito de acordo com o Português anterior ao “Acordo Ortográfico”,
que
considera não ter trazido dignidade à Língua Portuguesa,
que
assim ficou mais pobre, mais confusa e com menos beleza estética.
Sem comentários:
Enviar um comentário