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2014-04-28

Solar dos Goulões (Séc. XVI? - XVIII) - Alcains, Castelo Branco


Actual Centro Cultural de Alcains – Museu do Canteiro


Alcains, Solar dos Goulões.


ORIGEM DA FAMÍLIA GOULÃO
Desconhece-se ao certo a origem do apelido GOULÃO, inicialmente usado por uma família muito estimada em Alcains pela sua actividade de relevo em vários sectores da sociedade.
Algumas explicações fantasiosas, baseadas num manuscrito antigo, dão este nome como tirado dos Montes Golã (Golan), no território Sírio ocupado por Israel. Segundo estas, o nome foi adoptado por alguém que aí se distinguiu num qualquer feito militar, sem especificar qual foi.
Esta interpretação, destinada à exaltação familiar, afigura-se sem grande sustentação e em nossa opinião deve ser definitivamente abandonada. Atendendo ao significativo número de membros deste clã que se salientaram na trama sociológica local pelos méritos revelados nas Artes, nas Letras, e principalmente nas Armas, pensamos que esta família não carece do recurso a este tipo de fantasias para se engrandecer.
Sabemos que a origem desta explicação, referenciada nalguns estudos de genealogia, tem origem num manuscrito intitulado de «GOULAM», o qual regista os acontecimentos memoráveis desta família e foi iniciado em meado do séc. XVIII por JOSÉ MARTINS GOULÃO (1693-1781), homónimo de seu pai e governador da praça militar da então vila da Zebreira (Roque, 1970: p. 335).

Este apelido, proveniente de alcunha com origem toponímica, estava já implantado nesta zona da Beira Baixa há perto de quatro séculos, afigurando-se ser a localidade de Alcains o epicentro da sua difusão, o que nos sugere ter-se gerado por aqui. Nesse contexto, a explicação da sua origem será muito mais prosaica do que as efabulações que nos vêm sendo transmitidas.
Sabemos que «de ordinário, o povo, no trato familiar, não emprega apelidos e prefere servir-se de uma alcunha frisante a servir-se de um apelido», como ensinou o professor Leite de Vasconcelos[1].

Monte da Goula, Sarzedas.
Parece-nos que esta família, na sua origem (séc. XV?), estaria ligada ao mundo rural, provavelmente como pequenos ou médios proprietários agrícolas que ao longo do tempo foram aumentando o seu património na zona de Alcains, onde se terão fixado à procura de melhores solos agrícolas, vindos de outro qualquer lugar.
Neste caso, cremos estar a origem deste nome na localidade do MONTE DA GOULA, de onde esta família terá tirado o seu apelido, por ser originária deste lugar, então caracterizado pelo seu isolamento e pelos seus solos pobres e muito acidentados.

Ao topónimo GOULA, juntou-se o sufixo aumentativo –ão, provavelmente referente à grande estatura física ou proeminência social de algum destes, o que terá dado o apelido GOULÃO (GOUL+ÃO), como supomos ter acontecido.

O MONTE DA GOULA é uma anexa da freguesia de Sarzedas, no concelho de Castelo Branco, à distância de 35 km de Alcains[2].
Sarzedas foi uma importante sede de concelho desde o ano de 1212 até à reforma de 1836, e aparece mencionada no Foral que foi dado à Covilhã pelo rei D. Sancho I em 1186, como fazendo parte do seu concelho, embora a existência deste burgo fosse anterior.
Outra hipótese é a derivação deste nome de GOLARÃO, termo da toponímia local de Alcains, que por síncope fonética deixou cair o "AR" e deu GOLÃO > GOULÃO.
O GOLARÃO é uma das zonas agrícolas mais férteis e com muita água, situado junto à Ermida de Santa Apolónia (1639), ao sul de Alcains, onde a Casa Goulão tinha algumas das suas muitas propriedades, das quais uma tinha esse nome.

O primeiro GOULÃO que conseguimos comprovar documentalmente é um tal JOÃO GOULÃO (n. 1425?), lavrador de Arraiolos, no distrito de Évora, o qual foi «acontiado em cavalo e armas» e aposentado a 18-I-1496 por ter 70 anos de idade[3]. Resta saber se a sua família tinha origem em Alcains…
Quanto a Alcains, o primeiro destes é FRANCISCO FERNANDES GOULÃO (c. 1525-1600), que ficou documentado nos registos paroquiais quando faleceu a 3-III-1600.
Do imenso património agrícola desta Casa, acrescentado ao longo de várias gerações, mas também dividido em sucessiva partilhas entre numerosos filhos, nos finais do século XIX ainda restavam as seguintes propriedades: O Perfeito, o Golarão e Capadelmo (junto à ermida de Santa Apolónia), a Espadaneira e as Contendas (junto ao Caminho de Ferro), o Couto da Fonte Póvoa (junto ao Cabeço do Carvão), a Ordinha, e a Tapada da Senhora (junto ao Outeiro de Alcains), assim como a Quinta do Solar dos Goulões, além de várias tapadas espalhadas por diversos lugares. Estas propriedades tinham uma casa agrícola com respectivos anexos para os criados e instalações para o gado, assim como lagares, adegas, cavalariças e tulhas para guardar os cereais (Beirão, I, 2003: p.151,152).

Os últimos descendentes dos senhores do Solar dos Goulões, há várias décadas que abandonaram Alcains, o que não significa que nesta terra já não existam membros desta família.
Uma grande parte dos descendentes das famílias tradicionais de Alcains, apesar de não usarem o nome Goulão, ainda transporta o seu sangue nas veias.

SOLAR DOS GOULÕES
Casa do Bem, Centro Cultural de Alcains – Museu do Canteiro
Alcains, Solar dos Goulões.
Ao longo de vários séculos, esta família numerosa terá tido diversas casas, das quais destacamos a mais emblemática de todas que foi o Solar dos Goulões, com a respectiva capela e anexos. Este conjunto viria a ser doado às Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria para aí instalarem uma instituição de beneficência particular, a «Casa do Bem que iniciou a sua actividade em 1968; e posteriormente foi adquirido pela Câmara Municipal de Castelo Branco para sede do «Centro Cultural de Alcains – Museu do Canteiro» em 2005.

O SOLAR DOS GOULÕES terá sido edificado sobre o núcleo de uma pequena exploração agrícola, a avaliar pelos anexos, adega e lagar, a despeito da terra madrasta e dos solos pobres onde se implantou.
Solar dos Goulões,
rés-do-chão.
 A sua antiguidade é atestada pelo aparelhamento da pedra granítica no núcleo central do rés-do-chão, a parte mais antiga desta casa, com sobredimensionados arcos de volta perfeita (arco romano) para suportar a estrutura das paredes da imponente cozina. Estava à data da sua fundação situado fora do perímetro urbano de Alcains, e talvez seja o mais antigo solar desta localidade (séc. XVI?), com diversas ampliações e remodelações no séc. XVIII, assim como arranjos exteriores datados do séc. XIX.
Tulhas anexas à cozinha.
A expansão urbanística da primeira metade do século XX foi-lhe cerceando a quinta, a qual acabou por ficar cercada de casas e reduzida à pequena extensão de terreno que hoje apresenta.
Com uma planta em «L», apresentando elementos de tipologia barroca tardia com apontamentos neoclássicos, foi mandado erigir sobre uma edificação anterior. A data da sua (re)edificação é anterior a 1716, pois foi nesse ano que aí faleceu JOSÉ MARTINS GOULÃO (1647-1716), vitimado por uma queda violenta quando descia uma escadaria.

Esteve na posse de várias gerações desta família e evoluiu, ao longo do tempo, de uma configuração próxima do casarão rural até ao aspecto palaciano que actualmente apresenta.
Já no século XIX teve vários arranjos de jardins e obras de cantaria que o alindaram, por iniciativa de D. AMÁLIA JOAQUINA FARIA PESTANA (f. 1910) e seu marido o Dr. VICENTE JOSÉ DUARTE SANCHES (1877-1918).
Na cerca que o envolve, além de diversas instalações agrícolas, podemos observar um conjunto constituído por um poço coberto por um telheiro hexagonal e respectiva nora com alcatruzes, os quais recolhem a água para tanques a um nível superior, a fim de ser distribuída por uma rede de encanamentos em cantaria que a transportam ao solar e à quinta. Desta rede, em parte já destruída, ainda restam alguns troços.
Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 2002 (Decreto n.º 5/2002, DR, 1ª Série - B. n.º 42, de 19-02-2002).

Poço e nora.

Poço e encanamento.
Poço.



As sucessivas crises do século XIX – Invasões Francesas, a guerra civil entre D. Pedro e D. Miguel, o Setembrismo[4], e as diversas revoltas e golpes de estado –, com as consequentes crises económicas e financeiras (1846 e 1892), conduzem muita destas grandes Casas à ruína económica: quer por terem apoiado as facções derrotadas, quer pela crise que se instalou e levou a mudanças na estrutura fundiária da agricultura portuguesa entre 1834 e 1855.

Um dos últimos proprietários do Solar dos Goulões, cujo nome não conseguimos apurar, devido às citadas crises e muito provavelmente à sua má gestão, segundo tradição oral que nos foi transmitida e pela qual não somos responsáveis, recorreu a empréstimos de particulares a juros muito elevados como era corrente na época, para suportar os gastos. Par esse efeito hipotecou o património, que acabou por perder a favor do seu credor: o padre José Pereira Pestana que se dedicava a este tipo de especulação, juntando o ministério da fé ao ministério das suas finanças
Solar dos Goulões (foto antiga)
Autor: desconhecido.
Em meados do século XIX a Casa dos Goulões pertencia ao citado padre JOÃO PEREIRA PESTANA, o qual na falta de descendentes a deixou em testamento a sua sobrinha D. AMÁLIA JOAQUINA FARIA PESTANA (f. 1910), natural de Montalvão, concelho de Nisa, falecida a 24-IV-1910 sem descendência; filha de José Avelino Pinto Pestana e de D. Joana Cândida de Faria (Beirão, I, 2003: p. 1519).

D. Amália Joaquina, senhora desta casa, viria a casar já de idade avançada nas primeiras núpcias de VICENTE JOSÉ DUARTE SANCHES (1877-1918), provavelmente um descendente dos primeiros Goulões, nascido a 21-I-1877 em Alcains e baptizado em Castelo Branco no dia seguinte, tendo falecido prematuramente a 4-XI-1918 vitimado pela pneumónica; filho de José Duarte Sanches (f. 1886), falecido a 2-V-1886 com testamento. Deste casamento não houve filhos.
Seu marido, formado em Direito pela Universidade de Coimbra (26-III-1903), foi advogado e membro do Partido Regenerador. Com a implantação da república em 1910, aderiu ao novo regime pelo qual foi indigitado para o cargo de presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco em 1914. Na qualidade de dirigente Partido Regenerador local, editou em Alcains o semanário «O Jornal» no qual lutou contra o seu conterrâneo e adversário político do Partido Progressista, o conde de Idanha-a-Nova.

Vicente José, após ter ficado viúvo da herdeira da Casa dos Goulões, voltou a casar-se em segundas núpcias com uma sobrinha desta. O seu segundo casamento celebrou-se a 17-VIII-1910 com D. JOANA SOBIRES FARIA PESTANA (1892-1957), nascida a 17-VII-1892 em Montalvão, e falecida a 5-V-1957, filha de João Tomás Faria Pestana (irmão de sua 1.ª mulher) e de D. Isabel Sobires.
Deste segundo casamento nasceu em Alcains D. MARIA AMÁLIA JOAQUINA PESTANA SANCHES, que viria a casar com ULISSES VAZ PARDAL, advogado, do qual teve geração.
Os seu herdeiros, acabariam por vender em 2001 esta grande casa, a qual foi adquirida pela Câmara Municipal de Castelo Branco para aí instalar o actual Centro Cultural de Alcains – Museu do Canteiro.


Alcains, Solar dos Goulões.


Solar dos Goulões, escada.





Solar dos Goulões, interior.
Solar dos Goulões, interior.
Solar dos Goulões.


Poço e encanamento.

Pequeno lago com repuxo.













A CAPELA DE NOSSA SENHORA DA PIEDADE, que lhe fica anexa, ficou a dever-se à última vontade de D. MANUEL SANCHES GOULÃO (1677-1719), Bispo de Meliapor e filho do (re)fundador da casa, o qual faleceu em 1719 vítima de um naufrágio ocorrido junto às Ilhas de Angoche. No seu testamento feito em Lisboa a 5-IV-1719, antes de partir para o Oriente, mandou que se edificasse uma capela à Nossa Senhora da Piedade no local onde seu pai havia falecido de uma queda em 1716, deixando-lhe para esse efeito várias propriedades vinculadas, cujos rendimentos eram destinados ao sustento da capela e de um Hospital anexo que ainda funcionou por alguns anos. 
Encimando a sua porta principal podemos observar uma mitra ladeada por duas volutas, numa alusão ao bispo seu fundador.
Armas: Martins (alterado).
Esta capela foi inaugurada a 20-VIII-1733 com uma missa rezada pelo seu meio-irmão Fr. MARTINHO PEREIRA GOULÃO (1688-1746), pároco de Alcains (1717-1741).
Já foi conhecida por Capela do Senhor das Chagas – devido a uma imagem que sangrou milagrosamente por diversas vezes em 1722 –, assim como pelo nome actual de Capela de S. Brás. Funcionou como panteão desta família, pois nela foram baptizadas, casaram, e estão sepultadas sucessivas gerações de Goulões que nasceram a partir de 1733. As suas tumbas desapareceram em obras posteriores.
A imagem do Santo Cristo (Senhor da Chagas) que havia nesta capela, foi venerada pela sua tradição de milagres, os quais vêm descritos em livro privativo da família Goulão:

«Prodígios singularíssimos que obrou o Santo Cristo. Era do Capitão Manuel Martins Goulão, vindo este para nossa casa trouxe o seu oratório em que tinha o Santo Cristo. E por altos juízos de Deus se dignou de querer manifestar-se por muitas vezes copiosas gotas de (sangue) suor que brotando da Divina Cruz estavam por muito tempo públicas até se irem correndo diminuindo para o calvário do pé da Cruz, ficando sinais muito vivos que ainda hoje se divisam na sala. Sucedeu ter cá os meus irmãos Francisco e Simão Martins, com o tenente-coronel Manuel Nunes Leitão e o seu primo tenente André Domingos Coelho e outros amigos, fui chamá-los para que viessem a louvar a Deus, o que fizeram com tão grande com tão grande concurso que mal cabia a gente em todas as casas. Ali achei com toda a veneração uma gota de suor que o Santo Cristo tinha entre o dedo polegar e doutro do seu sacrossanto pé direito, o qual se imprimiu no pano como uma gota de sangue, e guardada em uma cruz de prata pela cousa mais preciosa do mundo
«Foi o primeiro milagre em 16 de Junho de 1722. O segundo em 18 do mesmo mês, o terceiro e 1 e 15 de Agosto, o quarto em Outubro de 1723, o quinto em Dezembro do mesmo ano, o sexto em 26 de Abril de 1724, o sétimo em segunda-feira, primeira oitava do Espírito Santo em Maio de 1725, o oitavo, em 28 de Janeiro de 1726. As mais das vezes foi sempre em segunda feiras.» (Roque, 1970: p. 84-85).

GENEALOGIA DOS GOULÕES
Alcains
1.   FRANCISCO FERNANDES GOULÃO (c. 1525-1600)[5], falecido a 3-III-1600, foi o primeiro deste apelido que ficou conhecido nos registos paroquiais de Alcains onde esta família estaria sediada desde tempos mais recuados, e aí se fixaram muitos dos seus descendentes que foram pessoas com uma actividade de relevo em diversos sectores da sociedade até ao primeiro quartel do Século XX. Sabemos ter casado com D. MARIA (CLARA?) MARTINS (f. 1625) falec. a 26-XII-1625 (Roque, 1975: 302,303).
     Filho:
2.1. ANTÓNIO MARTINS GOULÃO (1568-1634), que segue.

2.  ANTÓNIO MARTINS GOULÃO (1568-1634) nasceu no ano de 1568 em Alcains, concelho de Castelo Branco, e faleceu a 27-VIII-1634. Foi capitão e participou numa expedição à Índia onde exerceu destacada actividade. Grande proprietário, terá sido ele a iniciar a edificação da primitiva Casa dos Goulões, assim como custeou duas capelas (altares) na Igreja Matriz de Alcains: uma delas é a Capela de São Miguel – hoje de Nossa senhora de Fátima –, onde viria a ser sepultado juntamente com alguns familiares (Beirão, II, 2003: p. 104).
Casou a 9-II-1592 com D. MARIA GOMES (f. 1663) que falec. 20-II-1663, filha de Gregório Gomes (f. 1622) falecido a 6-IX-1622, e de D. Maria Vaz (f. 1633) que faleceu 25-V-1633.
Filhos (7):
3.1. SIMÃO MARTINS GOULÃO (1593-1658), que segue abaixo.
3.2. D. FRANCISCA GOULÃO (n. 1607), nasc. a 14-X-1604 em Alcains. Sem mais notícia.
3.3. D. ISABEL GOULÃO (n. 1610), primeira deste nome, nasc. a 16-X-1610 em Alcains. S.m.n.
3.4. ANTÓNIO GOULÃO (n. 1613), nasc. a 21-X-1613 em Alcains. S.m.n.
3.5. D. ISABEL GOULÃO (n. 1615), segunda do nome, nasc. a 15-VI-1620 em Alcains. S.m.n.
3.6. D. FRANCISCA GOULÃO (n. 1620), nasc. a 15-VI-1620 em Alcains. S.m.n.

3.   SIMÃO MARTINS GOULÃO (1593-1658), nasc. a 7-XI-1593 em Alcains onde veio a falecer a 29-XII-1658. Foi capitão e grande combatente contra os castelhanos, após a restauração da independência em 1640. Casou duas vezes.
As primeiras núpcias foram celebrads a 29-XII-1616 com sua prima em 3.º grau D. FRANCISCA LOPES (1595-1617), nasc. a 11-IV-1595 e falec. a 4-IV-1617, filha de Pedro Lopes (f. 1633) falec. a 4-XI-1633, o qual foi casado a 9-IV-1583 com D. Brites Rodrigues (f. 1623) falec. a 10-II-1623.
Após ter ficado viúvo voltou a casar em segundas núpcias com D. MARIA SANCHES (1617-1673), nasc. a 22-II-1617 em Alcains e falec. a 4-X-1673, filha de Francisco Sanches (1587-1639) que nasc. a 20-I-1587 e falec. a 16-IX-1639, casado a 20-III-1615 com D. Isabel Lopes (f. 1645) (Roque, 1975: 304,305).
Filho do 1.º casamento:
4.1.  PEDRO GOULÃO (n. 1617), nasc. a 25-III-1617. S.m.n.
Filhos do 2.º casamento (9):
4.2.  D. ISABEL MARTINS GOULÃO (1627-1659), nasc. a 31-VIII-1627 e falec. a 24-II-1659. Casou a 25-X-1645 em Alcains com DOMINGOS GONÇALVES CORTE-REAL, filho de Manuel Gonçalves Corte-Real, casado a 8-I-1633 em Alcains com D. Ana Simoa.
Filhos:
5.1.  D. MARIA GOULÃO CORTE-REAL (n. 1650), nasc. a 27-I-1650. S.m.n.
5.2.  D. SIMÃO GOULÃO CORTE-REAL (n. 1655), nasc. a 2-II-1655. S.m.n.
5.3.  D. ISABEL GOULÃO CORTE-REAL (n. 1657), nasc. a 19-IV-1657. S.m.n.
5.4.  D. MARIA SANCHES GOULÃO (n. 1660), segunda do nome, que segue no §: 1.
4.3.  PEDRO GOULÃO (n. 1633), nasc. a 16-X-1633. S.m.n.
4.4.  DOMINGOS GOULÃO (n. 1638), nasc. a 28-III-1638. S.m.n.
4.5.  D. CATARINA GOULÃO (n. 1640), nasc. a 8-X-1640. S.m.n.
4.6.  ANDRÉ SANCHES GOULÃO (n. 1642), nasc. a 9-XII-1642 em Alcains, onde casou a 20-VII-1664 com D. INÊS GONÇALVES, natural de Alcains.
4.7.  JOÃO MARTINS GOULÃO (1646-1690), nasc. a 27-II-1646 em Alcains onde falec. a 18-VII-1690. Casou a ?-IX-1669 em Alcains com D. MARIA GONÇALVES BORREGO (1649-1709), aí nasc. a 27-III-1649 e falec. a 2-II-1709; filha das primeiras núpcias de Domingos Gonçalves Borrego com D. Catarina Gonçalves, naturais de Alcains.
     Filhos (2):
5.1.  D. MARIA SANCHES GOULÃO (n. 1670), nasc. a 2-III-1670 em Alcains, onde casou a 8-VIII-1689  com MANUEL MARTINS PEIXOTO (n. 1668), nasc. a 21-VI-1668 em Alcains, filho de Manuel Martins (n. 1631) c.c. D. Maria Antunes (n. 1635).
Filho:
6.1.  JOÃO MARTINS SANCHES GOULÃO (1693-1734), nasc. a 24-I-1693 em Alcains, onde falec. a 8-VI-1734. Casou a 7-I-1723 em Alcains com D. APOLÓNIA DUARTE (1703-1746), aí nasc. a 8-II-1703, e falec. a 16-III-1746. Sua mulher era filha de Manuel Duarte (1670-1704), nasc. a 2-XI-1670 em Alcains, onde veio a falec. a 23-VIII-1704, e onde casou a 17-II-1694 com D. Maria Gonçalves Cerejinha (1673-1734), nasc. 1-V-1673 em Alcains, e falecida a 10-V-1734.
Filhos:
7.1.  JOÃO MARTINS GOULÃO (1725-1745), nasc. a 9-VIII-1725 em Alcains, tendo falecido muito novo a 15-V-1745. Seguiu a vida religiosa e foi padre.
7.2.  MARTINHO GONÇALVES GOULÃO (1731-1798), nasc. a 12-II-1731 em Alcains, onde faleceu a 3-IV-1798. Casou a 8-II-1752 em Alcains com D. ANTÓNIA LUÍSA (n. 1729), aí nasc. a 3-IX-1729 em Alcains; filha de José de Almeida, natural de Alcains,e de sua mulher D. Catarina Nunes (n. 1695), nasc. a 19-V-1695 em Alcains.
Filha.
8.1. D. JOSEFA MARIA (1756-1827), nasc. a 6-XI-1756 e falec. a 20-III-1827 em Alcains, localidade onde casou a 28-X-1779 com BOAVENTURA RIBEIRO (1760-1832), nasc. a 31-VIII-1760 e falec. a 29-IX-1832 em Alcains.
Tiveram geração que seguiu os apelidos SANTOS SILVA e FOLGADO, parte da qual se fixou na cidade de Santos, no Brasil.
5.2.  JOÃO MARTINS GOULÃO (1685-1746), nasc. a 1-I-1685 e falec. a 28-XI-1746 em Alcains, localidade onde casou a 2-VII-1710 com D. MARIA ÁLVARES (n. 1751), nasc. a 26-V-1751, filha de António Álvares e de D. Maria Martins, ambos natural de Alcains.
Filho:
6.1.  JOÃO MARTINS GOULÃO (f. 1781), natural de Alcains onde falec. a 18-I-1781. Casou com D. ANTÓNIA AGUIAR (f. 1776), natural de Alcains onde falec. a 31-I-1776, filha de António Vaz Duarte (f. 1733) e de sua mulher D. Isabel Leitão (1681-1745)natural de Alcains.
Filho:
7.1.  PEDRO ANTÓNIO GOULÃO (f. 1764), nasc. em Alcains onde veio a falec. a 8-II-1764, e onde veio a casar a 4-VII-1764 com D. DOMINGAS MARIA SIMÕES, filha de Manuel Simão Barrigudo (n. 1683) nasc. a 28-II-1718 em Alcains, e de sua mulher D. Isabel Maria Nunes Preto (n. 1717), nasc. a 21-IV-1717 na Póvoa de Rio de Moinhos, conc. de Castelo Branco.
Tiveram geração que seguiu os apelidos PIMENTEL e MATOS, terratenentes da Póvoa de Rio de Moínhos.
4.8.  JOSÉ MARTINS GOULÃO (1647-1716), que segue abaixo.
4.9.  FRANCISCO SANCHES GOULÃO (n. 1652), nasc. a 10-I-1652 em Alcains, onde casou a 20-XI-1681 com D. DOMINGAS VAZ, natural de Alcains, filha de João Gonçalves e de sua mulher D. Ana Duarte. Sua mulher era neta paterna de Álvaro Gonçalves e de D. Domingas Vaz, homónima de sua filha.
Filho:
5.1.  MANUEL SANCHES GOULÃO (1684-1758), nasc. a 7-V-1684 em Alcains e falec. a 8-XII-1758. Casou duas vezes.
As suas primeiras núpcias foram com D. INÊS GONÇALVES, natural de Alcains, da qual não se conhece geração.
As segundas núpcias foram com D. MARIA VAZ BUREFA RATO (1715-1759), nasc. a 27-III-1715 na freg. da Mata, conc. de Castelo Branco, e falec. a 5-XI-1759 em Alcains; filha de João Vaz Clemente (n. 1679) nasc. em 1679 em Escalos de Baixo, conc. de Castelo Branco, e de sua mulher D. Isabel Lucas de Sousa (n. 1695) que nasc. em 1695 na freg. Da Mata, conc. de Castelo Branco (Roque, 1970: 362, 363).
Filhos do 2.º casamento:
6.1.  MANUEL SANCHES GOULÃO (1747-1833?), nasc. em Alcains e falec. por volta de 1833. Casou duas vezes.
As primeiras núpcias foram com D. TERESA RIBEIRO (1752-1801), nasc. a 24-III-1752 e falec. a 2-IV-1801.
As segundas núpcias foram celebradas a 27-II-1802 com D. MARIA DOS SANTOS (n. 1765), nasc. 10-XI-1765 em Alcains, filha de Leonardo Martins Minhoz (1728-1799), e de sua mulher D. Catarina dos Santos (1744-1798), ambos naturais de Alcains.
Estudou Humanidades e notabilizando-se no domínio das línguas neo-latinas. Salientou-se como grande orador, reconhecido pelos seus pares da Universidade de Coimbra, na qual se tinha formado e onde foi «nomeado Professor de Poética e Retórica para o Colégio das Artes» por volta de 1817 (Roque, 1970: loc. cit.). Foi no intervalo de 1828 a 1833 expulso da Universidade, durante o reinado de D. Miguel I, por não comungar dos ideais absolutistas.
Escreveu o livro «Recriações do Homem de Bem, ou discursos sobre a vida e costumes dos homens em geral …» (Coimbra: Real Imprensa da Universidade, 1821-1822, 2 tomos).
Filhos do 2.º casamento:
7.1.  D. MARIA DA CONCEIÇÃO LEONARDO DOS SANTOS GOULÃO (n. 1802), nasc. a 9-XII-1802 em Alcains. Casou com MANUEL PEREIRA MONTEIRO (n. 1803), nasc. a 3-IX-1803 em Alcains; filho de Manuel de Oliveira e de sua mulher D. Apolónia Monteiro.
Deste casal houve geração que seguiu o apelido ROQUE, e deles foi bisneto JOSÉ SANCHES ROQUE (1911-1994), o autor da monografia «Alcains e a sua História» (Castelo Branco, 1970)
7.2.  ANTÓNIO SANCHES GOULÃO (1805-1857), cuja mãe desconhecemos (D. Maria dos Santos?), nasc. a 27-XI-1805 e falec. a 26-IX-1857 em Coimbra com apenas 52 anos de idade. Destemido simpatizante da causa do liberalismo, em 1826 alistou-se no Batalhão Académico para lutar contra as tropas miguelistas até ao ano de 1833. Dotado de rara inteligência, viria a formar-se em três cursos na Universidade de Coimbra: Filosofia (Doutor em 1836), Matemática, e Medicina (Bacharel em 1834); nos quais se salientando-se com vários trabalhos científicos, assim como obteve vários prémios e distinções.
Foi nomeado para 1.º Lente substituto da Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra por Carta de 23-V-1838[6], e 6.º Lente Catedrático de Agricultura, Economia Rural e Veterinária da Faculdade de Filosofia da Universidade de Coimbra por Carta de 25-V-1839[7]. Publicou um livro intitulado «Principios Gerais de Mechanica, Indispensáveis para o Estudo da Physica Experimental» (Coimbra : Imprensa da Universidade, 1852).
Foi sócio correspondente da Academia Real de Ciências de Lisboa (1854), e notabilizou-se pela facilidade com que falava e escrevia, e pela sua colaboração em vários jornais de Coimbra e do Porto. Foi comendador da Ordem de Cristo (Roque, 1970: 391-393).
4.10.  MANUEL MARTINS GOULÃO (f. 1711), falec. a 15-VIII-1711, capitão e notável comandante da praça de guerra de Alcains durante a Guerra da Restauração.
Casou a 17-VIII-1665 com D. MARIA LUCAS (1646-1686), nasc. a 12-XII-1646, filha de Amaro Lucas (n. 1615), casado a 9-II-1642 com D. Catarina Simoa, todos eles de Alcains.
Filhos:
5.1.  D. MARIA MARTINS GOULÃO (n. 1666). S.m.n.
5.2.  D. MARIA MARTINS GOULÃO (n. 1668), segunda do nome. S.m.n.
5.3.  D. CATARINA MARTINS GOULÃO (n. 1670). S.m.n.
5.4.  MANUEL MARTINS GOULÃO (n. 1672), homónimo de seu pai, nasc. a 11-VIII-1672. S.m.n.
5.5.  D. APOLÓNIA MARTINS GOULÃO (n. 1674), nasc. a 17-IX-1674. S.m.n.
5.6.  D. ISABEL MARTINS GOULÃO (n. 1681), primeira deste nome, nasc. 15-VIII-1681. S.m.n.
5.7.  D. ISABEL MARTINS GOULÃO (1684-1708), segunda deste nome, nasc. a 23-II-1684 e falec. a 26-VIII-1708. Casou a 29-VII-1706 nas segundas núpcias do capitão TOMÉ VAZ RATO (f. 1718)[8], falec. a 4-II-1718, filho de Pedro Vaz Rato e de Maria Antunes, todos naturais de Tinalhas, conc. de Castelo Branco.
Filhos:
6.1. MANUEL (n. 1707), nasc. a 1-IV-1704. S.m.n.

4.  JOSÉ MARTINS GOULÃO (1647-1716), nasc. a 20-V-1647, tendo falec. a 18-III-1716 em Alcains devido a uma queda violenta quando descia uma escadaria do Solar dos Goulões, o qual por ele foi (re)fundado numa configuração próxima da actual. Possuidor de uma grande fortuna veio a ocupar os cargos de Procurador do Conselho e de sargento-mor de Ordenanças de Castelo Branco. Em 1704, durante a Guerra da Sucessão de Espanha, prestou grandes serviços como militar por altura da invasão da Beira Baixa feita por ordem de Filipe V de Espanha com um exército de 40.000 homens que fez grandes matanças e pilhou Segura, Monsanto, Alcains e Castelo Branco. 
Casou duas vezes.
As primeiras núpcias foram celebradas a 5-V-1671 em Alcains com D. MARIA GONÇALVES (f. 1679), falec. a 24-IV-1679, filha de João Gonçalves e de D. Maria Nunes.
Após ter ficado viúvo voltou a casar em segundas núpcias a 17-II-1681, novamente em Alcains, com D. ANA PEREIRA (f. 1755), natural da Covilhã, filha do capitão Bernardino Pereira (n. 1620) e de D. Maria Esteves, ambos naturais da Covilhã, e irmã do capitão Diogo Mendes Pinheiro (n. 1663) que nasc. a 3-I-1663 na freg, de S. João de Malta, na Covilhã.
Filhos (9) do 1.º casamento:
5.1.  CATARINA GOULÃO (n. 1672) que foi casada. S.m.n.
5.2.  Dom MANUEL SANCHES GOULÃO (1677-1719) nasc. a 6-VI-1677 em Alcains. Seguiu a vida religiosa e matriculou-se em Cânones na Universidade de Coimbra (1677), tendo sido vigário nas paróquias de São Simão em Nisa (1706) e de Nossa Senhora da Conceição de Alcains (20-I-1708 a 1717), distinguindo-se pela eloquência da sua oratória. Foi nomeado Bispo de Meliapor (1717), na Índia, pelo Papa Clemente XI, não ocupando este lugar por ter falecido no naufrágio da nau em que seguia, junto às Ilhas de Angoche, no ano de 1719.
Por testamento feito em Lisboa a 5-IV-1719, mandou que se edificasse uma capela à Nossa Senhora da Piedade no local onde seu pai havia falecido de um acidente em 1716, deixando para o efeito várias fazendas vinculadas para sustento da citada capela e de um Hospital anexo que ainda funcionou por alguns anos. Encimando a sua porta principal podemos ainda ver esculpida uma mitra alusiva ao bispo que a fundou.
A citada capela, que já foi conhecida por Capela do Senhor das Chagas – devido a uma imagem que sangrou milagrosamente por diversas vezes em 1722 –, assim como pelo nome de Capela de S. Brás, fica anexa ao Solar dos Goulões e foi inaugurada a 20-VIII-1733 com uma missa rezada pelo seu meio-irmão Fr. Martinho Pereira Goulão (n. 1683). Nela foram baptizadas, casaram, e estão sepultadas sucessivas gerações de Goulões nascidas a partir de 1733, cujas sepulturas desapareceram em obras posteriores.
Filhos do 2.º casamento (10):
5.3.  Fr. MARTINHO PEREIRA GOULÃO (1683-1746) nasc. a 12-XII-1687. Seguiu a vida religiosa e foi vigário nas paróquias de Idanha-a-Velha e Alcains (1739). Faleceu a 2-II-1746 e foi sepultado na capela do Solar dos Goulões.
5.4.  MARIA SANCHES GOULÃO (1686-1742), nasc. a 8-II-1866, falec. a 26-VI-1742 em Alcains, onde foi sepultada na capela do Solar dos Goulões. Solteira.
5.5.  INÊS PEREIRA GOULÃO (1688-1746), que segue abaixo.
5.6.  SIMÃO MARTINS GOULÃO (n. 1691), nasc. a 8-I-1691, falec. em Castelo Branco, onde jaz com sua mulher Catarina no Convento de Santo António dos Capuchos[9]. Foi sargento do Número do Regimento da Guarnição da Corte e cavaleiro da Ordem de Cristo na qual professou em 1719, obtendo a mercê do hábito por Carta Padrão de D. João V (22-VIII-1719)[10].
Casou a 29-X-1715 na freg. de S. Miguel de Castelo Branco com sua prima D. CATARINA GOMES GOULÃO (f. 1767), falec. a 12-I-1767, filha de Francisco Vaz Goulão, natural de Alcains, e de D. Ana Fernandes, natural de Castelo Branco. Legou o Morgado que lhe foi deixado pelo seu irmão o padre Francisco Vaz Goulão, familiar do Santo Ofício (1734)[11], ao seu primo o sargento-mor José Martins Goulão, de Alcains.
Filhos:
6.1.  AQUINO GOULÃO (c. 1765), que foi estudante da Universidade de Coimbra onde se matriculou a 1-X-1765. Casou com D. CATARINA MARIA DE BEJA, filha de Manuel Rodrigues Beja (f. 1763), natural de Castelo Branco, e irmã do Dr. Manuel Marques de Beja.
5.7.  JOSÉ MARTINS GOULÃO (1693-1781), homónimo de seu pai, nasc. a 18-IV-1693 e falec. a 19-XII-1781. Foi capitão e governador da praça militar da então vila da Zebreira, no conc. de Idanha-a-Nova. Sob o título de «GOULAM» deixou-nos um livro manuscrito com os factos da genealogia familiar, segundo refere Sanches Roque na sua obra «Alcains e a sua História» (Castelo Branco, 1970, p. 335).
Casou em primeiras núpcias a 22-I-1716 em Idanha-a-Nova com D. CATARINA DOS SANTOS (n. 1716), e logo enviuvou nesse mesmo ano a 7-IX-1716.
Voltou a casar a 1-VII-1731 em Alcains com D. MARIA DUARTE BUREFA (1714-1782), nasc. a 4-II-1714 em Alcains e falec. a 2-V-1782, filha de Domingos Duarte Beirão (1680-1721)e de sua mulher D. Ana Vaz Burefa (1684-1721); neta do capitão Manuel Vaz Burefa (f. 1707) falec. a 15-XII-1707, e de sua mulher em segundas núpcias D. Maria Martins (f. 1718)[12], falec. a 14-VI-1718 (Roque, 1970: 330, 335- 336).
Filhos (12) do 2.º casamento:
6.1.  MARCELINA GOULÃO (1732-1815), nasc. a 11-IV-1732 e falec. a 24-V-1815.
6.2.  BRÍGIDA GOULÃO (1733-1824), nasc. a 30-IX-1733 e falec. a 10-XI-1824.
6.3.  BERNARDINO JOSÉ PEREIRA GOULÃO (1735-1782), nasc. a 12-V-1735 e falec. a 9-VIII-1782. Foi professor de Filosofia na Ordem de Cristo, no Convento de Tomar onde tomou o hábito a 27-IX-1755, que posteriormente abandonou.
Casou em primeiras núpcias a 15-X-1760 com D. LUÍSA TEODORA NUNES FREIRE (1735-1777), sua prima em 2.º grau, nasc. a 11-IV-1735 e falec. a 3-II-1777, filha do capitão José Mendes Pinheiro e de D. Maria Josefa Nunes Cardoso, natural da freg. de Cafede, no conc. de Castelo Branco.
Depois de viúvo volta a casar a 2-VIII-1781 em Alcains com D. ANA MARIA ANGÉLICA FALCÃO (n. 1764), nasc. a 19-I-1764 na freg. de Peroviseu, no conc. do Fundão, filha do Dr. Manuel Tavares Falcão e de sua mulher D. Paula Maria Angélica da Mota Godinho, natural de Peroviseu.
Filho do 1.º casamento:
7.1.  JOÃO (1762-771), nasc. a 21-V-1762 e falec. prematuramente em 1771.
6.4.  JACINTO DUARTE PEREIRA GOULÃO (1738-1820), nasc. a 27-VII-1738 e falec. a 1-II-1820. Formou-se em Cânones na Universidade de Coimbra a 6-II-1762 e celebrou a sua primeira missa na capela do Solar dos Goulões em 1-VII-1764. Foi primeiro promotor da Câmara Episcopal e, mais tarde, Juiz Eclesiástico do Bispado de Castelo Branco. Deixou fama de orador brilhante e de homem de bem. Jaz na capela da Senhora da Piedade, anexa ao Solar dos Goulões.
6.5.  MATIAS GOULÃO (1740-1742), nasc. a 13-II-1740, e falec. a 15-II-1742 e foi sepultado na capela do Solar dos Goulões em Alcains.
6.6.  MARIA PAULA GOULÃO (1742-1826), nasc. a 1-I-1742, falec. a 22-VII-1826 e foi sepultado na capela do Solar dos Goulões em Alcains. S.m.n.
6.7.  DOROTEIA GOULÃO (1744-1825), nasc. a 6-II-1744, falec. a 2-I-1825 e foi sepultado na capela do Solar dos Goulões em Alcains.
6.8.  JOSÉ GOULÃO (1745-1823), nasc. a 19-VII-1745, falec. a 5-VI-1823 e foi sepultado na capela do Solar dos Goulões em Alcains.
6.9.  MANUEL FREIRE GOULÃO (c. 1763), que professou a 22-IV-1763, tomou ordens e rezou a primeira missa em 1-XI-1766 em Seiça onde estava estudando Filosofia.
6.10. PEDRO APOLINÁRIO GOULÃO (1784-1776), nasc. a 31-I-1748, falec. a 28-VIII-1776 e foi sepultado na capela do Solar dos Goulões em Alcains.
6.11.  ANA GOULÃO (1749-1790), nasc. a 29-VI-1749, falec. a 7-X-1790 e foi sepultado na capela do Solar dos Goulões em Alcains.
6.12.  JOÃO GOULÃO (1750-1820), na vida religiosa JOSÉ DE SÃO BERNARDO, nasc. a 27-XII-1750, falec. a 7-III-1820 e foi sepultado na capela do Solar dos Goulões em Alcains. Foi aluno da Universidade de Coimbra e sacerdote, tendo tomado o hábito de São Bernardo no Convento de Alcobaça.
5.8.  ANA (1696-1790), nasc. 2-V-1696 e falec. 7-X-1790.
5.9.  JOÃO (1698-1749), nac. a 16-XI-1698. Á semelhança dos seus maiores seguiu a vida militar e foi alferes da Armadaem Lisboa. Falec. a 27-II-1749 em Alcains, onde foi sepultado na capela do solar dos Goulões, deixando testamento:
«Declaro que nomeio e instituo herdeiro universal de tudo o que restar dos meus legados ao meu irmão José Martins Goulão [José Martins Goulão (1693-1781)], com declaração porém que deixo o meu Santo Cristo ao meu irmão Bernardino José [Bernardino José Pereira Goulão (1735-1782)], o meu espadachim de prata ao meu sobrinho Jacinto [Jacinto Duarte Pereira Goulão (1738-1820)], deixo as minhas fivelas de prata, sapatos e os meus calções aos meus sobrinhos de Sarnadas, filhos de minha irmã Inês [Inês Pereira Goulão (1688-1746)], deixo a cada um deles 12 mil e 800 réis, o meu escravo Garcia Francisco, o deixo ao sobrinho e afilhado Pedro Nicolau [?]»
5.10. LUÍSA (1701-1793). S.m.n.

6.  INÊS PEREIRA GOULÃO (1688-1746), nasc. a 11-II-1688, e falec. a 13-XI-1746 em Sarnadas do Ródão, no conc. de Vila Velha de Ródão. Casou a 13-X-1723 em Alcains com MANUEL FERNANDES DA SENA BRANCO (n. 1701), nasc. a 30-IV-1701 em Sarnadas do Ródão, sargento-mor e capitão das Ordenanças de Castelo Branco, onde era abastado proprietário em vários concelhos; filho de Manuel Fernandes Branco e de D. Catarina Barreto (c. 1675).
Filhos:
7.1.  JOSÉ MARTINS PEREIRA DO REGO GOULÃO (n. 1725), que segue.
7.2.  CATARINA GOULÃO (n. 1728), nasc. a 17-VII-1728. S.m.n.

7.  JOSÉ MARTINS PEREIRA DO REGO GOULÃO (n. 1725), nasc. a 10-II-1725 em Sarnadas do Ródão. Grande proprietário e capitão-mor de Ordenanças de Castelo Branco, cargo que era atribuído por eleição dos municípios a pessoas da maior proeminência social, ainda ocupou o cargo de vereado da Câmara Municipal de Castelo Branco no anos de 1795, 1799 e 1803 (Pousinho, 2004: p. 76). Casou a 12-VII-1756 em Castelo Branco com D. JOANA BERNARDA DO REGO TELES CARMONA, filha de António Fernandes Carmona e de sua mulher D. Maria Custódia.
Filhos:
8.1.  JOÃO JOSÉ MARTINS PEREIRA DO REGO GOULÃO (n. 1758), que segue mais abaixo.
8.2.  MANUEL BERNARDO, cónego da Sé Catedral da Guarda.
8.3. D. JOANA DOROTEIA DE SÃO PAULO GOULÃO (1764-1814), nasc. a 17-IX-1764 em Alcains, onde veio a falec. a 16-X-1814. Casou a 28-XI-1792 com ANTÓNIO JOAQUIM PESTANA (1764-1846), nasc. a ?-XI-1764 na freg. de Monte Claro, conc. de Nisa, proprietário, sargento-mor e capitão das Ordenanças de Vila Velha de Ródão.
Filhos:
9.1.  MANUEL BERNARDES PESTANA GOULÃO (n. 1796), nasc. a 9-IV-1796 em Sarnadas de Ródão, conc. de Vila Velha de Ródão, falecido em Nisa. Foi procurador às Cortes por Niza, corregedor de Évora, e Juiz de Fora de Vila Viçosa. Casou a 8-VII-1821 em Nisa com D. MARIA CRISTINA DE SAMPAIO DA FONSECA E EÇA (n. 1801), nasc. a 29-V-1801. Tiveram geração.  
9.2. JOÃO PEREIRA PESTANA GOULÃO (n. 1798), nasc. a 14-VI-1798. S.m.n.
9.3. MARIA JOSÉ PESTANA GOULÃO (n. 1803), nasc. a 15-XI-1803 em Sarnadas de Ródão, concelho de Vila Velha de Ródão. Casou a 4-VII-1834 com seu primo Joaquim Trigueiros Martel (1801-1873), 1.º Conde de Castelo Branco, o qual chegou a residir no Solar dos Goulões e segue mais adiante.
9.4.  JOAQUINA PEREIRA PESTANA GOULÃO, casada na freg. de Montalvão, conc. de Nisa, com JOSÉ TOMÁS PINTO.
Filho:
10.  JOÃO PEREIRA PESTANA PINTO, c.c. D. MARIA JOSÉ PESTANA DA FONSECA DE SAMPAIO E EÇA. Tiveram geração que seguiu os apelidos PESTANA, SAMPAIO E EÇA, CORTEZ CURADO, e COSTA CASCAIS.
9.5.  JOSÉ PEDRO DIAS PESTANA GOULÃO (n. 1826), nasc. em 1826 em Niza, onde casou a 7-VII-1825 com D. MARIA DO CARMO SAMPAIO LEIRINHA. S.m.n.
8.4.  JOAQUIM JOSÉ GOULÃOcapitão-mor das Ordenanças de Castelo Branco, como seu pai. Foi vários anos eleito vereador da Câmara Municipal de Castelo Branco (1810,1815,1819, 1824), num dos períodos politicamente mais agitados (Pousinho, 2004: p. 76). S.m.n.
8.5.  DOMINGOS DO REGO, que foi religioso da Ordem de Santo Agostinho. S.m.n.
8.6.  LEONARDO ANTÓNIOcónego regular da Ordem de Santo Agostinho. S.m.n.

8.  JOÃO JOSÉ MARTINS PEREIRA DO REGO GOULÃO (n. 1758), nasc. a 6-VIII-1758 em Castelo Branco. Foi fidalgo de cota de armas com brasão de armas partido em pala de PEREIRA e de REGO (por Carta de 20-III-1821)[13], do qual não se conhece nenhuma pedra de armas, que a ter existido no Solar dos Goulões não chegou aos nossos dias. Era um dos grandes proprietários do distrito de Castelo Branco onde tinha avultado património fundiário e diversas casas, nomeadamente em Idanha-a-Nova, Sarnadas de Ródão, e Alcains (Solar dos Goulões).
Armas de João José M. P. R. 
Goulão (n. 1758); escudo partido
 de PEREIRA e de RÊGO
(Carta de 20-III-1821).
Casou com sua parente D. MARIA ANTÓNIA TRIGUEIROS MARTEL REBELO LEITE (n. 1770), nasc. a 28-IV-1770, na freguesia de Nossa Senhora da Conceição em Idanha-a-Nova, e aqui baptizada a 28-V-1770, apadrinhada por Luís Sebastião da Cunha Pereira de Castro, de Proença a Velha, e D. Inês Domingues Monserrate com procuração a Joaquim Rebelo Trigueiros de Idanha-a-Nova.
Sua mulher era filha de Jerónimo Trigueiros Martel Rebelo Leite (1716-1792), natural de Idanha-a-Nova, capitão do Terço de Infantaria Auxiliar de Castelo Branco, e de sua segunda mulher D. MARIA MARQUES GOULÃO (1725-1790)[14], nasc. a 19-XII-1725 em Idanha-a-Nova.
Sua avó materna D. Maria Angélica Marques Goulão (1725-1790) era filha de Domingos Ambrósio (n. 1707), sargento-mor das Ordenanças de Idanha-a-Nova, c.c. D. MARIA MARQUES GOULÃO (n. 1697)que nasc. a 23-IV-1697 em Escalos de Cima; neta paterna de Domingos Lopes Ambrósio (c. 1695), capitão das Ordenanças de Idanha-a-Nova, e de sua mulher Leonor Fernandes, ambos naturais de Idanha-a-Nova; e neta materna de Domingos Vaz Rato, nasc. em Escalos de Cima, casado a 25-IV-1688 com outra D. MARIA MARQUES GOULÃO (1670-1766), nasc. a 6-III-1670 em Alcains, falecida com testamento a 12-XII-1766 em Idanha-a-Nova, onde foi sepultada «dentro da igreja dos Religiosos de Santo António desta vila».
Filhos:
9.1.  D. LEONOR (n. 1791), nasc. a 13-III-1791 em Idanha-a-Nova e foi baptizada em casa por  necessidade
      a 30-III-1791, apadrinhada por Jerónimo Trigueiros e D. Leonor Marques Goulão.
9.2.  D. ANA EMÍLIA TRIGUEIROS MARTEL GOULÃO (n. 1792), nasc. a 21-IX-1792 em Idanha-a-Nova, onde
      casou a 20-V-1818 com o desembargador LUÍS TAVARES DE CARVALHO E COSTA (f. 1849), nasc. em
      Meruge, no concelho de Oliveira do Hospital, formado em Direito, corregedor da cidade de Penafiel
      (1825), e desembargador da Relação de Lisboa, o qual «gozou créditos de juiz inteligente e integérri-
      mo».
           Filhos:
      10.1.   D. MARIA DA GLÓRIA TAVARES TRIGUEIROS (f. 1865) era natural de Meruge e falec. a 3-IV-1865
           em Idanha-a-Nova.
           Casou com FRANCISCO CAMILO GERALDES LEITÃO DE MELO CAJADO (n. 1807)[15], um dos
           vários filhos de Francisco António de Paula Geraldes de Melo Coutinho (c. 1805), nasc. em Aldeia
           Nova do Cabo, no conc. do Fundão, casado a 1-XII-1805 em Idanha-a-Nova com sua tia D. Maria
           Margarida Geraldes de Melo Coutinho (n. 1775)[16], nasc. a 27-XI-1775 em Idanha-a-Nova.
           Filha:
           11.1.  MARIA JOSÉ GERALDES DE MELO TAVARES TRIGUEIROS (n. 1895), nasc. a 5-X-1895 em 
                 Aranhas, conc. de Penamacor.
   10.2.  JOÃO PEDRO TAVARES TRIGUEIROS (1831-1902), general de Divisão, nasc. a 5-X-1831 em
          Oliveira do Hospital e falec. a 27-II-1902 em Lisboa. Está sepultado no Cemitério dos Prazeres em 
          jazigo armoriado com um escudo partido de TAVARES e de CARVALHO, tendo por diferença uma
          brica com um farpão[17].
               Assentou praça na arma de Cavalaria em 1854, cujo Estado-Maior serviu tendo atingido o posto de
          general de Divisão em 1895. Era grã-cruz da Ordem Militar de Avis e possuía a medalha de Compor-
               tamento Exemplar. Esteve adido ao Ministério das Obras Públicas e foi chefe de exploração e dire-
               ctor do Caminho de Ferro do Sul e Sueste.
               Casou a 30-VII-1862 na Igreja da Encarnação em Lisboa com D. MARIA AMÉLIA QUERCK DOS REIS
               (1837-1919), nasc. a 06-X-1837 e falec. a 16-IX-1919 em Lisboa, filha de José Joaquim dos Reis
               (1813-1862), natural de Lisboa, e de sua mulher Maria Cristina Querck (1804-1857), natural da freg.
          da Ajuda em Lisboa. S.g.
Escalos de Baixo, Casa Teles Guedelha.
    9.3.   D. MARIANA BÁRBARA TRIGUEIROS MARTEL (1794-1880).
            Casou a 14-II-1820 com o tenente-coronel NICOLAU TELES NUNES
       GUEDELHA (1788-1862)nasc. a 7-X-1788 em Escalos de Baixo,
       concelho de Castelo Branco, onde faleceu a 18-IX-1862.
            Abastado proprietário agrícola, seguiu a carreira das armas num
       dos períodos militarmente mais conturbados que fustigou o dis-
       trito de Castelo Branco; quer durante as Invasões Francesas, quer
       no auge do Miguelismo e da Guerra Civil que daí resultou.
            Filhos:
           10.1.   JOÃO TELES TRIGUEIROS (1822-1886), nasc. em 20-3-1822
          na freg. de Escalos de Baixo, no concelho de Castelo Branco, onde foi baptizado a 7-3-1823 tendo
          por padrinhos Simão Trigueiros e D. Doroteia Trigueiros. Faleceu a 19-IX-1886 na sua casa do
          Largo do Calvário, na freg. de Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão.
          Proprietário em Escalos de Baixo, formou-se em Direito e seguiu a carreira da magistratura.
Aldeia Nova do Cabo,
Casa do Calvário;
Teles Trigueiros / Geraldes de Melo.
Casou a 26-VIII-1850 em Escalos de Baixo, no concelho de Castelo Branco, com D. CAROLINA CÂNDIDA GERALDES DE MELO (1837-1915), proprietária, nasc. a 18-I-1836 em Almeida onde seu pai prestava serviço militar, falecida a 18-II-1915 na sua casa da Rua do Eiró, em Escalos de Baixo, onde foi sepultada no jazigo de seu genro o capitão António Augusto de Azevedo. Sua mulher era filha natural perfilhada de José António Geraldes de Melo Coutinho (f. 1841), tenente do Regimento de Infantaria n.º 21 (1833) que prestou serviço na Divisão Auxiliar a Espanha criada para se opor ao levantamento dos partidários do pretendente absolutista D. Carlos de Espanha contra a rainha D. Isabel II (1.ª Guerra Carlista), natural de Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão, falecido solteiro a 12-VII-1841 em Castelo Branco, em cujo cemitério jaz, e de D. Maria da Encarnação dos Anjos, natural do Porto[18].
Filhos:
11.1.  JOSÉ MARIA TELES TRIGUEIROS DE MELO (n. 1854), nasc. a 31-VI-1854 em Aldeia Nova do Cabo, no conc. do Fundão, onde foi baptizado, apadrinhado por João António de Melo e D. Rita Leocádia Geraldes de Melo. Formado em Direito, foi delegado do Procurador Régio e juiz em várias comarcas. As suas primeiras núpcias foram com sua prima D. MARGARIDA DE MELO GERALDES, falecida prematuramente, sem geração. As segundas núpcias foram com sua sobrinha D. MARIA ISABEL DE MELO GERALDES, filha de sua irmã D. Maria do Carmo de Melo Geraldes Teles Trigueiros (f. 1936).
Filhos do 2.º casamento:
12.1.  MARIA (f. 1900), falec. a 30-VII-1900 em Idanha-a-Nova.
12.2.  D. MARIA ISABEL GERALDES DE MELO TRIGUEIROS (1901-1975), nasc. a 31-VIII-1901 em Idanha-a-Nova onde falec. em 1975. Casou a 23-X-1925 com ISIDORO JOAQUIM FERREIRA PINTO (f. 1968), falec. a 20-IX-1968, proprietário agrícola em Idanha-a-Nova. Tiveram geração que seguiu os apelidos PINTO DA SILVA.
11.2. MARIA LIBÉRIA TRIGUEIROS MARTEL (1856-1907), nasc. em 1856 no Sabugal onde seu pai  foi juiz, e falec. a 13-IX-1907 na freguesia do Souto da Casa, concelho do Fundão. 
Casou a 28-IX-1882 em Escalos de Baixo com JOAQUIM AUGUSTO DE OLIVEIRA LEITÃO (1854-1909), tenente-coronel da Arma de Cavalaria, filho de Bartolomeu de Oliveira Leitão (1800-1893), major da Arma de Cavalaria, natural do Souto da Casa, conc. do Fundão, e de D. Ana Rita dos Santos (1830-1890), natural da freg. de Pomares, conc. de Arganil[19].
Filhos:
12.1.  JUDITE TRIGUEIROS LEITÃO (1885-1947), nasc. a 23-XI-1885 na freg. do Souto da Casa, onde faleceu a 27-XII-1946. Casou com EDUARDO ANTUNES CORREIA DE CASTRO (1880-1946), médico e grande proprietário agrícola nas freguesias de Alpedrinha e do Souto da Casa. Tiveram numerosa geração que seguiu os apelidos CORREIA DE CASTRO e SERRA.
12.2.  JOÃO JOSÉ TRIGUEIROS LEITÃO (1889-1958), nasc. a 31-VIII-1889 na Casa do Adro, na freg. do Souto da Casa. Proprietário agrícola, residiu no Palacete do Século na Av. Cinco de Outubro em Lisboa até 1925. Casou com D. GEORGINA DE JESUS MONTEIRO (1892-1975). C.g.
11.3.  CONCEIÇÃO TELES TRIGUEIROS GERALDES DE MELO, natural de Escalos de Baixo. Casou com ANTÓNIO AUGUSTO DE AZEVEDO, capitão do exército. Ambos faleceram em Escalos de Baixo, onde foram sepultados no jazigo de família no cemitério público da citada freguesia. S.g.
11.4.  RICARDINA TELES TRIGUEIROS (f. 1934), falec. a 11-2-1934 em Pêro Viseu, conc. do Fundão, c.c. CÉSAR AUGUSTO CALDAS E QUADROS (1866-1937), formado em Direito, conservador do Registo Civil do Fundão, proprietário na freguesia de Pêro Viseu, no concelho do Fundão, nasc. a 27 de Agosto de 1866[20] no Castelejo, concelho do Fundão, falecido a 2-I-1937 na sua casa de Pêro Viseu; filho de José de Matos Caldas e Quadros, natural do Castelejo, casado com sua prima D. Maria do Patrocínio Caldas e Quadros, natural de Pêro Viseu. S.g.
11.5.  MARIA DO CARMO TELES TRIGUEIROS (f. 1936), nasc. em Aldeia Nova do Cabo, Fundão, falec.  em 1936 em Idanha-a-Nova. Casou na Igreja de Santa Cruz de Coimbra com seu primo JOSÉ DE MELO GERALDES CAJADO (f. 1904), falec. a 9-I-1904 e sepultado no cemitério público de Idanha-a-Nova, num jazigo armoriado de GERALDES e MELO.
Filhos:
12.1.  D. MARIA ANGÉLICA DE MELO TRIGUEIROS (c. 1927), c.c. FIRMINO ALVES PEREIRA. Residiu em Penamacor.
12.2.  JERÓNIMO. S.m.n.
12.3.  D. MARIA ISABEL DE MELO GERALDES (n. 1874), nasc. a 29-VII-1874 em Idanha-a-Nova, onde casou a 26-XI-1896 nas segundas núpcias de seu tio JOSÉ MARIA TELES TRIGUEIROS DE MELO (n. 1854), nasc. a 31-VI-1854 em Aldeia Nova do Cabo, que vai acima.
12.4  FRANCISCO DE MELO TRIGUEIROS (1875-1945), nasc. a 21-XI-1875 em Idanha-a-Nova, onde veio a falecer a 8-X-1945. Casou a 29-XI-1941 com D. MARIA JOSÉ DE AZEVEDO, natural de Pedrógão. S.m.n.
12.5.  D. MARGARIDA DE MELO GERALDES TRIGUEIROS (f. 1918), falec. a 6-XI-1918 em Castelo Branco. Casou com JAIME DE MATOS CALDAS E QUADROS. C.g.
12.6.  JOAQUIM DE MELO GERLADES (n. 1877) nasc. a 20-V-1877 em Idanha-a-Nova. Casou a 20-IV-1929 na 7.ª Conservatória de Lisboa com D. LUÍSA DOMINGUES TEIXEIRA, natural da freguesia de Santa Isabel em Lisboa. S.m.n.
12.7.  JOÃO DE MELO GERALDES TELES TRIGUEIROS (n. 1879). Casou com D. MARIA CAROLINA SANCHES GOULÃO (1885-1943), natural da freguesia da Mata, concelho de Castelo Branco; filha de António Sanches Goulão (n. 1818), nasc. a 22-IX-1844 em Alcains, residente na freguesia da Mata, concelho de Castelo Branco, procurador da Junta Geral do Distrito (1872-1877)[21], e de sua mulher D. Maria Carvalho (n. 1863); neta paterna do capitão Manuel Sanches Goulão, nasc. na freguesia da Mata, no concelho de Castelo Branco, residente em Alcains, e de sua mulher D. Maria do Patrocínio Duarte, natural de Alcains
Filhos:
13.1.  JOSÉ DE MELO SANCHES (n. 1905), nasc. a 26-VI-1905 na freg. da Mata, conc. de Castelo Branco. Casou a 14-IX-1929 na Mata com D. ETELVINA LOPES FALCÃO, natural da Mata, filha de João Lopes Sanches Pereira e de D. Catarina Lopes Falcão.
Filha:
14.1.  D. MARIA CAROLINA FALCÃO DE MELO (n. 1931), nasc. a 21-II-1931, na Mata, conc. de Castelo Branco. Casou com ÁLVARO PEREIRA DE MATOS, natural de São José das Matas, Envendos. S.m.n.
Filha única:
15.1.  D. MARIA DO CARMO E MELO PEREIRA DE MATOS (n. 1964), nasc. a 25-VI-1964, foi Educadora de Infância. Casou com JORGE EDUARDO DA COSTA SALAZAR BRAGA (n. 1958), nasc. a 10-X-1958, filho de Jorge da Costa Salazar Braga e de D. Berta Adelaide Guimarães da Costa. Tiveram geração.
13.2.  FRANCISCO DE MELO SANCHES (n. 1907), nasc. em 1907 na Mata. Casou em 1934 em Monforte da Beira com D. MARIA DA CONCEIÇÃO LOBATO CARRIÇO GOULÃO (n. 1915), filha de Manuel Nicolau Goulão (1883-1918), natural de Monforte da Beira, conc. de Castelo Branco, e de D. Isabel Lobato Carriço (1887-1933), natural do Rosmaninhal, conc. de Idanha-a-Nova.
Filhos:
14.1.  JOÃO GOULÃO DE MELO, natural de Idanha-a-Nova, general da Arma de Cavalaria e
João Goulão de Melo,
Gener.  da Arma de Cavalaria.
                                        secretário do CSDN - Conselho Superior da Defesa Nacio-
                                        nal (6-V-1997). Foi-lhe atribuído o grau de grande-oficial da
                                        Ordem do Mérito Militar (2008), grande-oficial da ordem do
                                        Mérito Militar do Brasil (2010). S.m.n.
                              14.2.  D. MARIA ISABEL AUGUSTA GOULÃO DE MELO, c.c.
                                       JOÃO MARIANO RIBEIRO GOULÃO que foi engenheiro
                                        Agrónomo. S.m.n.
                             14.3.  D. MARIA CAROLINA GOULÃO DE MELO SANCHES                                                S.m.n.
                       13.3.  D. MARIA DO CARMO SANCHES DE MELO TRIGUEIROS
                               (n. 1909)nasc. em 1909 na freg. da Mata, no conc. de Castelo
                               Branco. 
                               Casou em 1935 com DOMINGOS AUGUSTO CARRIÇO GOULÃO
                               (f. 1975)médico do Hospital da Misericórdia de Idanha-a-Nova,
                               natural de Monforte da Beira, concelho de Castelo Branco, que faleceu a 26-XI-1975 em
                               Lisboa e foi sepultado no cemitério de Idanha-a-Nova; irmão de sua cunhada D. Maria da 
                               Conceição Lobato Carriço Goulão (n. 1915), e filho de Manuel Nicolau Goulão (1883-1918),
                               natural de Monforte da Beira, e de D. Isabel Lobato Carriço (1887-1933), natural do Rosma-
                               ninhal, conc. de Idanha-a-Nova.
Filhas:
14.1.  D. MARIA ISABEL SANCHES DE MELO GOULÃO (n. 1937), nasc, em 1937 em Idanha-a-Nova. S.m.n.
14.2.  D. MARIA ANTÓNIA (n. 1943), nasc. em 1943 em Idanha-a-Nova. S.m.n.
13.4.  MARIA MARGARIDA SANCHES DE MELO TRIGUEIROS (n. 1911), nasc. em 1911 na Mata. Casou em 1930 em Idanha-a-Nova com JOÃO TORRES CAMPOS.
Filhos:
14.1.   JOÃO DE MELO TORRES CAMPOS (f. 2008).
14.2.  JOSÉ DE MELO TORRES CAMPOS. S.m.n.
14.3.  D. MARIA DA GRAÇA DE MELO TORRES CAMPOS. S.m.n.
12.8.  JOSÉ DE MELO GERALDES (n. 1881)nasc. a 28-I-1881 em Idanha-a-Nova. Casou a 7-IV-1927 no Rosmaninhal, nas segundas núpcias de D. ISABEL LOBATO CARRIÇO (1887-1933), falecida a 3-VIII-1933, já viúva de Manuel Nicolau Goulão (1883-1918), natural de Monforte da Beira, conc. de Castelo Branco[22].
     Filho:
13.  JOSÉ LOBATO DE MELO TRIGUEIROSengenheiro, casado com D. MARIA DE ABREU BIDARRA, residentes em Castelo Branco. S.m.n.
Tiveram:
14.  D. MARIA DA CONCEIÇÃO BIDARRA DE MELO TRIGUEIROS (n. 1958), nasc. em 1958 em Castelo Branco. Arquitecta e professora da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa.
14.  LUÍS BIDARRA DE MELO TRIGUEIROS (f. 1979), tragicamente falecido a 27-VI-1979 num acidente na Barragem da Talagueira, freguesia de Escalos de Baixo, no concelho de Castelo Branco.  
10.2.  JOSÉ TELES TRIGUEIROS (1822-1892), irmão gémeo do anterior, nasc. em 20-3-1822 na freg. de Escalos de Baixo onde residiu. Casou com D. MARIA DUARTE, da qual teve geração que desconhecemos.
10.3.  MARIA (n. 1826), nasc. a 7-IX-1826 na freg. de Escalos de Baixo, onde foi baptizada a 21-IX-1826, pelo padre Fr. Valentim José Neto. Teve por padrinhos Leonardo António Goulão, assistente em Sarnadas de Ródão, e D. Joana do Trigueiros do Rego Martel sua tia, e por testemunhas, Francisco José Leandro e João José Proença. S.m.n.
10.4.  DOMINGOS (n. 1830), nasc. a 10-VIII-1830, na freg. de Escalos de Baixo, onde foi baptizado a 23-VIII-1830 pelo padre Fr. Valentim José Neto, apadrinhado por Simão do Rego Trigueiros Martel e sua irmã D. Maria Adelaide Trigueiros «tios maternos do baptizado», e por testemunhas, Francisco José Leandro e José Teles do Rego, deste lugar. S.m.n.
10.5.  MARIA DA PIEDADE (n. 1832) nasc. a 26-IX-1832 na freg. de Escalos de Baixo, onde foi baptizada a 10-X-1832, tendo por padrinhos José Pereira e D. Maria do Carmo. S.m.n.
9.4  JOSÉ BERNARDO TRIGUEIROS DO REGO MARTEL (n. 1795), comendador da Ordem de Cristo, coronel graduado do Regimento de Milícias de Idanha-a-Nova em 1825, esteve agregado ao regimento de Castelo Branco. Durante a guerra civil entre absolutistas e liberais esteve no cerco do Porto (1832-1833), após o que foi coronel do 5.º Batalhão Nacional Móvel de Lisboa (1833-1834), ao comando do qual, e ao serviço da causa liberal, entrou na praça de Abrantes a 20-V-1834,  seis dias antes da capitulação de D. Miguel em Évora Monte a 26-V-1834. 
Casou em 1835 com D. MARIA CRISTINA RÔMO DE CASTRO ATAÍDE (n. 1816), nasc. em São Vicente, Abrantes; filha de D. Manuel Henriques Rômo de Sousa Tavares (n. 1762), nasc. a 22-IX-1762 em Portalegre, fidalgo da Casa Real, grande proprietário e coronel do Regimento de Milícias de Portalegre em 1821, casado nas suas segundas núpcias a 9-V-1803 em São Vicente, Abrantes com D. Teresa de Castro e Ataíde de Sousa Tavares (n. 1787), nasc. a 9-V-1803.
Teve um filho único:
10.1.   JOÃO JOSÉ HENRIQUES TRIGUEIROS DE CASTRO ATAÍDE (1836-1905), 1.º Visconde de
João José Henriques Trigueiros
de Castro Ataíde (1836-1905),
1.º Visconde de Abrançalha.
      Abrançalha (decreto de 28-VII-1869), nasc. a 4-VI-1836 na freguesia de
      São Miguel da Sé, em Castelo Branco, e falecido em 1905.
      Fidalgo-cavaleiro da Casa Real, moço-fidalgo com exercício no Paço,
      abastado proprietário em Abrantes, foi senhor de uma casa apalaçada
      à Rua de Artilharia Um, em Lisboa, onde posteriormente esteve instala-
      do o colégio das Irmãs Doroteias[23].
      Casou com sua prima D. MARIA EUGÉNIA RÔMO DE CASTRO ATAÍDE
      (1853-1902), nasc. a 21-V-1853 e falec. a 28-IV-1902, filha de D. Álvaro
      Heriques Rômo de Sousa Tavares (f. 1855), fidalgo da Casa Real por
     sucessão dos seus maiores, e de sua mulher e prima D. Francisca de
     Castro Freire Jusarte da Silveira (f. 1856), ambos falecidos em Lisboa.
     Sua mulher era administradora de diversos vínculos em Abrantes, Elvas
     e Portalegre, e senhora do seiscentista Palácio Amarelo, no Largo de
     São Cristóvão em Portalegre, que lhe veio por herança dos Sousa Tava-
     res. Faleceu sem geração.


Lisboa, Rua de Artilharia Um,
Palácio do Visconde de Abrançalha,
João José Henrique Trigueiros
de Castro Ataíde.


Portalegre, Palácio Amarelo
(Castro Ataíde).













   9.5.   D. MARIA ADELAIDE TRIGUEIROS MARTEL (n. 1799), nasc. a 28-XII-1799 em Idanha-a-Nova onde foi
         baptizada a 4-I-1800, tendo por padrinhos Joaquim Rebelo Trigueiros Martel e de D. Leonor Florença
         Marques Goulão. Casou com AUGUSTO JOSÉ DE SOUSA, major da Arma de Infantaria. S.g. 
Joaquim Trigueiros Martel
(1801-1873),
1.º Conde de Castelo Branco.
  9.6.   JOAQUIM TRIGUEIROS MARTEL (1801-1873)1.º Visconde de São Tiago,
        1.º Conde de Castelo Branco (decreto de 24-V-1870 e carta régia de 3-VI-
       -1870)general da Arma de Cavalaria (1866), Par do Reino (por carta de
       28-XII-1871), e pertenceu ao Conselho do rei D. Pedro V, e de D. Luís I do
       qual foi ajudante de campo honorário
       Nasceu a 22-X-1801 em Idanha-a-Nova e aí foi baptizado a 29-X-1801, tendo
       por padrinhos Joaquim José Goulão e D. Leonor Doroteia.
       Também residiu no Solar dos Goulões, em Alcains, e veio a falecer a 17-
       -VIII-1873 na sua casa da Rua do Poço das Covas em Castelo  Branco.
       Casou a 4-VII-1834 com sua prima D. MARIA JOSÉ PESTANA GOULÃO
       (n. 1803), nasc. a 15-XI-1803 em Sarnadas de Ródão, filha de António
       Joaquim Pestana (1767-1846), natural de Monte Claro, Niza, proprietário,
      sargento-mor de Ordenanças de Vila Velha de Ródão, e de sua mulher
      D. Joana Bernarda Doroteia de São Paulo do Rego Teles Goulão (1764-1814), natural Alcains[24]
           Filhos:
           10.1.   JOAQUIM TRIGUEIROS PESTANA MARTEL (1835-1911), nasc. a 30-VII-1835, na freg. de Alcains,
                Castelo Branco, onde foi baptizado a 23-VII-1835 na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, tendo
                por padrinhos José Pedro Dias Pestana, de Monte Claro, por procuração ao reverendo João Pereira
                Goulão e D. Mariana Bárbara Trigueiros.
                Grande proprietário agrícola, formado em Direito pela Universidade de Coimbra (1857), foi governador
           civil e presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, cidade onde residiu. 
           Par do Reino (27-III-1874), não se encartou no título nobiliárquico de seu pai por não ter tido geração
           do seu casamento. 
           Casou a 24-I-1874 com D. MARIA ROSALINA DE ALBUQUERQUE MESQUITA PAIVA E CASTRO
           (n. 1850)nasc. a 24-III-1850, quarta filha de Francisco Rebelo de Albuquerque Mesquita e Castro
           (n. 1815)2.º Visconde de Oleiros, formado em Direito, governador civil de vários distritos administra-              tivos, e valoroso militar, casado a 14-VII-1836 com Antónia Maria de Paiva e Albuquerque (n. 1815).
      10.2.   JOÃO PEREIRA TRIGUEIROS PESTANA MARTEL (1837-1892), nasc. a 18-IX-1837, foi aspirante da
            Arma de Cavalaria da qual deu baixa em consequência de ter cegado. Faleceu solteiro.
   9.7.  D. DOROTEIA TRIGUEIROS DO REGO MARTEL (n. 1803), nasc. a 6-V-1803 em Idanha-a-Nova onde foi
       baptizada a 14-V-1803, apadrinhado pelo padre João Pereira Sanches Goulão e por D. Doroteia das
       Neves.
       Casou a 1-XII-1846 na Sé Catedral de Castelo Branco nas segundas núpcias de SILVÉRIO BARBIERI
       natural de Modena, Itália, major da Arma de Cavalaria, comandante do Corpo de Segurança Pública, o
       qual já fora casado em primeiras núpcias com D. Justina Benedita da Costa. S.g.
   9.8.  JERÓNIMO TRIGUEIROS MARTEL (n. 1805), nasc. a 5-V-1805 em Idanha-a-Nova onde foi baptizado a
        14-V-1805, tendo por padrinhos o Padre Leonardo António Goulão e D. Ana Benedita Trigueiros. Cadete
        da Arma de Infantaria. Faleceu s.g.
  9.9.  SIMÃO TRIGUEIROS DO REGO MARTEL (n. 1807), nasc. a 12-VII-1807 em Idanha-a-Nova onde foi bapti-
        zado a 23-VII-1807, tendo por padrinhos José Bernardo Goulão e D. Maria Nunes Pereira de Escalos de
        Baixo. Proprietário. Casou a 7-V-1848 no Oratório da Quinta das Francelha na freguesia de Sacavém, 
        concelho de Loures, e registado na freguesia da Conceição Nova em Lisboa, com  D. HENRIQUETA
        JÚLIA CAMPELO.
             Filhos:
10.1.  JOÃO CAMPELO TRIGUEIROS MARTEL (1850-1896), nasc. a 5-XII-1850 e faleceu em 1896. Proprietário e agrónomo, casou a 5-XII-1870 com D. MARIA HENRIQUETA MASCARENHAS GODINHO VALDEZ (1855-1918) nasc. 9-XI-1855 em Lisboa, cidade onde falec. a 26-XII-1918 na freg. da Encarnação; filha de Manuel Godinho Travassos Valdez (c. 1810), tenente-coronel do exército, fidalgo da Casa Real, senhor do morgado da Quinta da Flandes em Pombale de sua mulher D. Maria Madalena Mascarenhas Valdez (1813-1886), nasc. a 30-III-1813 em Pombal, leiria, e falec. a 6-VIII-1886 em Lisboa, descendente dos Condes do Bonfim, senhora dos Morgados das Neves e do Marco, assim como das Capelas do Anjo e Mosquete, e do Prazo da Quinta de Flandes situado em Pombal.
Tiveram:
11.1.  D. MARIA EMÍLIA VALDEZ TRIGUEIROS MARTEL (1871-1872), nasc. a 25-XI-1871 e falec. a 1-XII-1872.
11.2.  JOSÉ GODINHO VALDEZ TRIGUEIROS MARTEL (1874-1878), nasc. a 2-X-1874 e faleceu a 13-X-1878.
11.3.  LUÍS GODINHO VALDEZ TRIGUEIROS MARTEL (n. 1878), nasc. a 5-I-1878.
11.4.  SIMÃO VALDEZ TRIGUEIROS MARTEL (1879-1946)2.º Conde de Castelo Branco, por sucessão de seu tio-avô Joaquim Trigueiros Martel (1801-1873) e autorização de D. Manuel II pouco antes de morrer (pela Comissão de Renovação e Registo de Mercês de 1933). Nasceu a 5-I-1879, e veio a falecer a 21-XII-1946. Foi engenheiro Civil e de Minas pela Escola do Exército, tendo tomado parte activa na política monárquica dos primeiros anos da República o que lhe valeu perseguições e o exílio. O seu Brasão de Armas é esquartelado de PEREIRA, MARTEL, TRIGUEIROS e REGO, com uma coroa de conde, e encontrava-se a encimar o portão que fecha o arco de acesso às traseiras de um prédio onde residiu, sito à Rua D. Pedro V, n.º 56, em Lisboa.
Casou a 28-XII-1899 com D. MARIA EMÍLIA INFANTE DA CÂMARA TABORDA (f. 1955), falecida em Outubro de 1955; filha de Nuno Bento de Brito Taborda (n. 1853), nasc. em Santa Maria da Alcáçova, Elvas, coronel de Engenharia pela antiga Escola do Exército, e de sua mulher D. Maria Henriqueta Infante da Câmara (n. 1852), nasc. em 1852 em Alpompé, São Vicente do Paúl, Santarém; neto materno de Emílio Infante da Câmara (1799-1875), casado a 21-II-1851 nas freg. das Mercês, em Lisboa, com D. Emilia Mac-Mahon Garrido de Cesan (n. 1825), nasc. a 27-VIII-1824 em São Julião, Lisboa. 
Filhos:
12.1.  JOÃO FILIPE INFANTE DA CÂMARA TABORDA VALDEZ TRIGUEIROS MARTEL (1900-1958)3.º Conde de Castelo Branco, por alvará do Conselho de Nobreza de 30-III-1951. Nasceu a 1-XII-1900 em Lisboa, onde faleceu a 5-XII-1958. Engenheiro agrónomo, foi director da Fábrica Portuguesa de Fermentos Holandeses da Cruz Quebrada.
Casou a 8-X-1941, em Lisboa, com D. MARIA VICENTA REMUS CAPELLA, (n. 1910), nasc. a 28-V-1910 na Catalunha, em Espanha; filha de Luís Remus e de sua mulher D. Agustina Capella.
Filhos:
13.1.  D. MARIA JOÃO REMUS TRIGUEIROS MARTEL (n. 1942), nasc. a 24-IX-1942 em Lisboa. É senhora da antiga casa do Conde de Castelo Branco na Quinta da Sobreira, em Vale de Figueira, no concelho de Santarém, actualmente destinada ao turismo rural.
Casou a 4-IV-1964 em Vale de Figueira com seu primo JOÃO JOSÉ GUSTAVO SCHENYZER FRANCO FRAZÃO (1932-1995)4.º Conde de Penha Garcia por Alvará do Conselho de Nobreza de 24-IV-1979, nasc. a 3-IX-1932 em Vale de Figueira, Santarém, e falec. a 24-IV-1995; filho de ,João Valdez Penalva Franco Frazão (1901-1977), 3.º Conde de Penha Garcia, casado em 1929 com sua mulher D. Nesy Schenyzer (n. 1905), nasc. a 4-XII-1905 em Zurich, na Suíça; neto paterno de José Capelo Franco Frazão (1872-1940)1º Conde de Penha Garcia, ministro dos Negócios da Fazenda (27-XII-1905), nasc. a 11-I-1872 na Capinha, Fundão, falec. a 25-IV-1940, casado a 28-V-1898 com D. Eugénia Maria Valdez Penalva (1876-1931), nasc. a 31-VII-1876, falec. a 2-VII-1931 na Ile de France, Paris, França (filha de José Rodrigues Penalva, 1.º Visconde de Penalva de Alva); e neto materno de Gustafe Wilhelm Schenyzer (c. 1880) e de sua mulher Agnes Emilie Louise Gerster von Koepf (c. 1880).
Tiveram geração que chegou aos nossos dias.
13.2.  D. ISABEL TERESA GEORGIANA REMUS TRIGUEIROS MARTEL (1944-1969), nasc. a 11-VI-1944 em Lisboa,e faleceu a 26-X-1969 em Santarém.
11.5.  D. MARIA MADALENA VALDEZ TRIGUEIROS MARTEL (1883-1947), nasc. a 19-IV-1883 e faleceu em 1947. Escritora e poetiza
Casou a 1-IX-1900 na capela da Quinta da Francelha, em Sacavém, com FRANCISCO ANTÓNIO RIBAS PATRÍCIO (1869-1960), nasc. a 9-VIII-1869 na Guarda, falecido a 26-XII-1960 em Lisboa, juiz de Direito, desembargador da Relação de Lisboa, do Conselho de Sua Majestade Fidelíssima, que no regime monárquico foi governador civil de Beja. Seu marido era um dos doze filhos de Francisco António Patrício (1845-1934), natural de Freixeda do Torão, Figueira de Castelo Rodrigo, casado a 24-I-1866 na Sé da Guarda com D. Teresa Guilhermina dos Anjos Ribas (1848-1921), natural da Guarda.
      Filho: 
12.     FRANCISCO JOSÉ VALDEZ TRIGUEIROS DE MARTEL PATRÍCIO (1901-1971)senhor da Quinta da Francelha em Sacavémformado em Direito, governador civil do Distrito de Leiria, nasc. a 18-VII-1901 na freguesia da Encarnação, em Lisboa, e falecido a 6-XII-1971 na Quinta da Francelha, em Sacavém.
    Casou a 22-X-1925 na Casa da Aveleda, em Penafiel, com D. MARIA LUÍSA VANZELLER GUEDES (1901-1975), nasc. a 5-IV-1905 em Massarelos, Porto, e falecida a 6-VI-1975 na Quinta da Francelha, Sacavém, filha de Fernando Guedes da Silva da Fonseca (1871-1946), natural do Porto, fidalgo da Casa Real, Senhor da Quinta da Aveleda e Avintes, casado com D. Maria Helena de Sousa e Barros Van Zeller (1874-1963)
    Tiveram geração que chegou aos nossos dias.
10.2.  JOSÉ CAMPELO TRIGUEIROS MARTEL (n. 1852), bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra e proprietário. Nasc. a 25-I-1852 na Rua do Moinho de Vento, em Lisboa, e baptizado a 9-III1852 na Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, tendo por padrinhos José de Oliveira Melo e D. Mariana Vitória Campelo de Barros. 
10.3.  D. MARIA JOSÉ (1856-1862), nasc. em 1856, e veio a falecer em 1862 com oito anos de idade.
9.10.  D. JOANA TRIGUEIROS MARTEL (1810-1897), c.c. MANUEL FERREIRA DE CARVALHO SAMPAIOmajor da Arma de Infantaria; filho de José Ernesto Teixeira de Carvalho (f. 1831), falecido em 1831, morgado de Vilar Secofidalgo-cavaleiro da Casa Real, cavaleiro da Ordem de Cristo, e de sua mulher D. Maria José de Carvalho Sampaio (1779-1818), nasc. a 25-XI-1779, e falecida em 1818; neto paterno de José Teixeira de Carvalhosenhor do palácio da Rua dos Andrades em Viseu; e neto materno de Bento António de Oliveira Sampaio, senhor da Casa de Laborim.  
Tiveram geração que chegou aos nossos dias.

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§: 1
5.  D. MARIA SANCHES GOULÃO (n. 1660), segunda deste nome, filha de D. Isabel Martins Goulão (1627-1659) e de Domingos Gonçalves Corte-Real (4.2), nasc. a 26-VIII-1660 e ainda viva em 1704, ano em que deu à luz a sua última filha. Casou em 11-II-1681 com DOMINGOS AFONSO TIRANTE (1660-1709), nasc. a 4-VII-1660 e falec. a 27-V-1709, filho de Afonso Álvares e de D. Maria Gomes (Roque, 1970: 308-309).
Filhos (10):
6.1.  MANUEL (n. 1682). S.m.n.
6.2.  DOMINGOS AFONSO GOULÃO (1684-1729), c.c. D. Maria Duarte Burefa (1686-1775), que segue abaixo.
6.3.  D. MARIA GOULÃO (n. 1686), primeira deste nome, nasc. a 19-VI-1686. S.m.n.
6.4.  JOÃO GOULÃO (n. 1688), nasc. a 14-XI-1688. S.m.n.
6.5.  SIMÃO GOULÃO (n. 1690), nasc. a 24-VI-1690. S.m.n.
6.6.  D. ANA GOULÃO (n. 1696), nasc. 25-X-1696. S.m.n.
6.7.  ANTÓNIO GOULÃO (n. 1699), nasc, 25-VI-1699. S.m.n.
6.8.  ANDRÉ GOULÃO (n. 1701), nasc. 24-II-1701. S.m.n.
6.9.  AFONSO (n. 1702), nasc. 14-V-1702.
6.10.  D. MARIA GOULÃO (n. 1704), nasc. a 18-IV-1704. S.m.n.

6.  DOMINGOS AFONSO GOULÃO (1684-1729), nasc. a 10-IV-1684 e falec. a 8-V-1729. Casou com D. MARIA DUARTE BUREFA (1686-1775) nasc. a 15-V-1686 e falec. a 3-XI-1775; filha de Simão Antunes (1660-1729) nasc. a 26-VIII-1660 e falec. a 8-V-1729, c.c. D. Leonor Duarte (1661-1753) nasc. 2-X-166 e falec. a 19-XI-1702 (Roque, 1970: 309-310).
Filhos:
7.1.  MANUEL BUREFA GOULÃO (n. 1714), nasc. 1-III-1714. S.m.n.
7.2.  JOÃO SANCHES BUREFA GOULÃO (1722-1790), c.c. D. Clara Luísa Duarte Beirão (1731-1810) que segue abaixo.
7.3.  D. CATARINA BUREFA GOULÃO (n. 1729), nasc. a 11-XII-1729. S.m n.

7.  JOÃO SANCHES BUREFA GOULÃO (1722-1790), nasc. 21-VII-1722 e falec. a 17-XII-1790, foi nomeado pela Ordem de Cristo para fabriqueiro da Igreja Matriz de Alcains em 12-IX-1745. Casou a 27-IV-1753 com D. CLARA LUÍSA DUARTE BEIRÃO (1731-1810), filha do Dr. Manuel Duarte Beirão (1687-1745) e de D. Catarina Duarte (1688-1759).
Filhos:
8.1.  D. GERARDA JACINTA (n. 1753), nasc. 5.XI-1753 e falec. a 4-VII-1784. S.m.n.
8.2.  (…)
Filho:
9.  FERNANDO TOMÁS PEREIRA SANCHES VAZ FREEIRE GOULÃO (1755-1834), nasc. a 1-IV-1755 em Alcains, onde foi baptizadoa a 10-IV-1755, tendo falec. a 8-IX-1834. Foi grande proprietário em Alcains, Aldeia Nova do cabo e Sarnadas. Casou com D. ISABEL JACINTA PEREIRA TORRES DA CÂMARA E GUERRA (f. 1831), nasc. na freg. de Aldeia Nova do Cabo, conc. do Fundão, grande proprietária em Alcains, Aldeia Nova do Cabo e Sarnadas, freguesias do distrito de Castelo Branco; filha do capitão Rodrigo João Pereira da Câmara, nasc. em Aldeia Nova do Cabo, conc. do Fundão, e de sua mulher D. Maria Antónia Torres da Guerra, da então vila do Rosmaninhal, actual concelho de Idanha-a-Nova (Roque, 1970: p. 371-372).
Filhos:
10.1.  MANUEL PEDRO PEREIRA GOULÃO (1787-1834)coronel do exército, nasc. a 3-XI-1787 em Alcains. Com o posto de tenente das melícias de Idanha-a-Nova casou a 14-X-1818 na Patriarcal de Santa Maria em Lisboa com D. MARIA HELENA CARLOTA PESSOA TAVARES DE AMORIM, fidalga, educada e recolhida no Convento de Chelas em Lisboa; filha do conselheiro Gaspar Pessoa Tavares de Amorim que casou a 23-I-1788 com sua mulher D. Ana Joaquina da Guerra e Sousa Pessoa. S.m.n.
10.2.   JOSÉ (1796-1879), nasc. a 8-II-1796 e faleceu a 30-VII-1879. Foi alferes.
10.3.  JOÃO PEREIRA DE TORRES GOULÃO (n. 1798), nasc. em 1798. Casou a 6-I-1840 com D. ANGÉLICA SIMÕES COELHO, filha do capitão Agostinho Simões Coelho (n. 1762), natural de Alcains, e de sua mulher D. Maria Angélica (n. 1770), natural de Tinalhas.
Este casal não teve geração e chamou para herdeiro o seu sobrinho (?) Dr. Francisco Pereira de Torres Coelho (1826-1889), professor catedrático de Matemática da Universidade de Coimbra que foi casado a 12-III-1870 com D. Júlia Adelaide de Pádua de Oliveira e Lemos; pais de D. Maria Angélica de Lemos Torres Coelho (1872-1907), casada com Joaquim Trigueiros Osório de Aragão (1867-1941)2.º Conde de Idanha-a-Nova, que, por esta via, herdaria parte dos bens da Casa Goulão de Alcains (Roque, 1970: 309-310)[25].
10.4.  GERARDA (1787-1822), nasc. a 17-IV-1787 e falec. em 1822. S.m.n.
10.5.  JOANA (f. 1847), falec. em 1847. S.m.n.
10.6.  MARIA (n. 1801). S.m.n.


GOULÕES BRASILEIROS
Sabemos que um ramo da família GOULÃO de Alcains passou ao Brasil nos finais do século XVIII, tendo-se fixado no Estado do Rio de Janeiro.
Estes estiveram na origem de Petrópolis, onde tinham uma grande fazenda (sesmaria) que serviu de alojamento ao então imperador brasileiro D. Pedro I (1798-1834).
    Este monarca, encantado com esta região de clima ameno, acabou por adquirir esta fazenda, tendo o seu filho Pedro II (1825-1891) aí fundado/assentado a lindíssima cidade de Petrópolis em 1843.
Destes povoadores de Petrópolis, daremos nota em separado.


Abreviaturas:
c.c.          — Casado com.
conc.       — Concelho.
f., falec.   — Faleceu, falecido(a), falecer.
freg.        — Freguesia.
n., nasc.  — Nasceu, nascido(a).
S.g          — Sem geração.
S.m. n.    — Sem mais notícia.

Bibliografia:
BEIRÃO, Florentino Vicente (2003), “História de Alcains”, 2 Vols. Coimbra, e. a.
POUSINHO, Nuno (2004), “Castelo Branco: Governo, Poder e Elite (1792-1878). Lisboa, Colibri, 2004.
ROQUE, Sanches (1970), “Alcains e a sua História”. Castelo Branco: e. a.


Esta relação genealógica não é exaustiva devido à impossibilidade de englobar aqui os milhares de descendentes desta família, muitos dos quais já não usam este apelido. Muitos deles, embora sejam conhecidos pelas suas actividades e capacidades, tiveram que ficar de fora, devido a não conhecermos os seus ascendentes, para os podermos entroncar nesta relação genealógica.
Temos a noção que haverá erros, pois também recorremos a fontes secundárias, além de, em épocas mais recuados, muitos dos biografados aparecem com diversos nomes ao longo da sua vida. Alguns deles são registados com um nome no assento de baptismo, mas, nos subsequentes registos de casamento e de óbito, variam os seus apelidos. Se a tudo isto acrescentarmos os repetidos homónimos que vão aparecendo, e os seus múltiplos casamentos, daremos aqui uma pálida ideia das dificuldades que se deparam a esta investigação.
Por esses erros involuntários, que esperamos não sejam em grande número, desde já pedimos desculpa.
Será bem-vinda a colaboração dos nossos leitores para a rectificação dos lapsos que vão encontrando, o que, desde já, muito agradecemos.

             João Trigueiros

[1] Leite de Vasconcelos, Antroponímia portuguesa (1928), p. 177.
[2] MONTE DA GOULA terá tirado o seu nome de GOLA – provincianismo beirão, com o significado de passagem estreita; espécie de redemoinho, ou rápido, que se forma nos pegos dos rios ou ribeiras.
[3] Acontiado – Vassalo que recebia certa soma em dinheiro, ou em terras, ou ainda cavalo e armas para servir o rei, como foi este o caso.
[4] SetembrismoCorrente mais à esquerda do movimento liberal, com diversas facções radicais, as quais criaram durante algum tempo instabilidade governativa no País.
[5]  FRANCISCO FERNANDES GOULÃO (f. 1600) foi 12.º avô do autor destas notas.
[6] ANTT, Registo Geral de Mercês, D. Maria II, liv.8, fl.235v-236.
[7] ANTT, Registo Geral de Mercês, D.Maria II, liv.11, fl.105-105v.
[8]  TOMÉ VAZ RATO (f. 1718), casou três vezes: a 1.ª com D. Isabel Vaz (n. 1677), natural de Alcains, da qual teve 4 filhos; a 2.ª com D. Isabel Martins Goulão (1684-1708), da qual teve 1 filho; a 3.ª com D. Isabel Duarte (f. 1748), da qual teve 3 filhas. No total, foi pai de oito filhos.
[9]  O Convento de Santo António dos Capuchos posteriormente passou a Quartel de Infantaria, adulterado e sem Igreja.
[10] ANTT, Registo Geral de Mercês, D. João V, L. 11, fl. 40v.
[11] O Padre FRANCISCO VAZ GOULÃO (c. 1734), à data da habilitação para o Santo Ofício tinha mais de 12.000 cruzados de boa fazenda, além de 40.00 réis de pensão na igreja de Travanca.
[12] O capitão MANUEL VAZ BUREFA (f. 1707) foi casado em primeiras núpcias a 4-IV-1655 com D. CATARINA DUARTE, filha do capitão Manuel Simão casado em 10-IV-1630 com D. Maria Duarte (f. 1665). Nesta família houve repetidos homónimos que casaram mais do que uma vez, o que causa dificuldades de identificação.
[13] ANTT, Feitos Findos, Justificações de Nobreza, mç. 14, n.º 40.
[14]  D. MARIA ANGÉLICA foi casada em primeiras núpcias a 18-VI-1751 em Idanha-a-Nova, nas segundas núpcias do Dr. Bartolomeu Franco Português de Moura, natural da vila do Fundão, viúvo de D. Josefa Teresa Saraiva, de Tondela, filho do Dr. Pedro Barreiros de Moura e de D. Maria Antónia Franco Português.
[15]  FRANCISCO CAMILO casou em segundas núpcias com D. Maria Libânia Freire Correia Falcão.
[16] D. MARIA MARGARIDA GERALDES DE MELO COUTINHO (n. 1755) era irmã de outro Francisco Camilo Geraldes Leitão de Melo Cajado (n. 1777), nascido a 15-VII-1777 em Idanha-a-Nova, cidade onde faleceu sem geração, e foi sepultado no adro da igreja Matriz de Aldeia Nova do Cabo, frente à porta nascente, em sepultura armoriada com o seu brasão já muito danificado. Este fez justificação da sua nobreza e obteve brasão de armas, esquartelado de GERALDES, LEITÃO, MELO e COUTINHO; elmo de prata aberto e guarnecido de ouro; timbre de Geraldes; por diferença uma brica de azul com uma lua de prata. Estas Armas foram concedidas no reinado de D. Maria, por carta datada de 23-IX-1786, e registadas no «Livro de Registo de Brasões de Armas», N.º 3, Fls. 239.
[17] Jazigo n.º 5139 - rua 47, com a inscrição «De Tavares Trigueiros».
[18]  Sobre este casal e sua descendência, veja:
         http://heraldicagenealogia.blogspot.pt/2011/04/casa-do-calvario-sec-xix-aldeia-nova-do.html
[19]  Sobre este casal e sua descendência, veja:
         http://familiatrigueiros.blogspot.pt/2012/03/oliveira-leitao-trigueiros-leitao-souto.html
[20] ADCB, Paroquiais, Fundão, Castelejo, Lº de 1866, nº31.
[21] ANTÓNIO SANCHES GOULÃO (n. 1818), teve um irmão que foi o Dr. MANUEL DUARTE SANCHES GOULÃO (1829-1887), licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, sucessivamente nomeado administrador dos concelhos de Vila de Rei (Carta de 4-IV-1861), e Penamacor (1864); ocupando depois o cargo de Recebedor da Covilhã, cidade onde se fixou, e onde veio a falecer prematuramente a 2-II-1887. Foi casado com D. Maria delfina Tavares da Silva (n. 1836), natural de Penamacor, da qual não teve filhos, pelo que esta em testamento deixou os seus bens a sua irmã D. Bárbara, para, após a morte desta, passarem os pobres do concelho de Penamacor.
[22]  Do 1.º casamento de D. ISABEL LOBATO CARRIÇO (1887-1933) com MANUEL NICOLAU GOULÃO (1883-1918), nasceram 3 filhos: 1.º - Maria da Conceição Lobato Carriço Goulão (1915-1997); 2.º - Domingos Augusto Carriço Goulão; e 3.º - João Augusto Carriço Goulão (1911-1997) engenheiro agrónomo, c.c. D. Maria de Lurdes Seabra Castel-Branco (n. 1919), nascida em Idanha-a-Nova, da qual teve geração que propagou os apelidos CASTEL-BRANCO GOULÃO.