João Tavares da Costa Cunha (c. 1651). |
Forma: Escudo esquartelado: o 1.º de
TAVARES – de ouro, com cinco estrelas de seis raios de vermelho; o 2.º de COSTA
– de
vermelho com seis costas de prata seis costas, postas 2, 2 e 2; o 3.º de
PROENÇA – partido em pala, o primeiro de verde com uma águia bicéfala de negro, e o segundo de azul
com cinco flores-de-lis de ouro postas em sautor; e o 4.º de CUNHA – de ouro, com nove cunhas de azul em três palas.
Diferença: Uma brica verde carregada de um trifólio
de prata.
Local: Conhecido documentalmente: in MACHADO, José de Sousa, Brasões
inéditos, Braga, A Folha do
Minho, 1906, p. 70.
Data: 9-V-1651.
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JOÃO TAVARES
DA COSTA CUNHA (c. 1651) foi
capitão de Infantaria e morou na Quinta de Oeiras, termo de Lisboa.
Era filho de DIOGO DE PROENÇA TAVARES,
natural da Covilhã, e de D. CATARINA ESTEVES DA CUNHA, moradores que foram no Sabugal de Alcongosta.
Neto paterno de ANTÓNIO TAVARES (n.
1482), legitimado por carta régia de 13-IV-1492, o qual terá sido escrivão de
cativos e inquiridor de Viseu[1], tendo
vivido na Covilhã no fim da vida, e de D. ANA PROENÇA
DE SOUSA[2]; bisneto paterno de JOÃO
TAVARES (n. 1432?), cavaleiro da Casa Real , comendador de São Vicente da Beira
no reinado de D. Afonso V (1432-1481)[3], e
descendente de JOÃO ESTEVES TAVARES, que terá sido alcaide-mor da Covilhã.
Obteve Brasão esquartelado de: 1.º - TAVARES,
2.º - COSTA, 3.º - PROENÇA, e 4.º - CUNHA; tendo por diferença uma brica verde carregada de um trifólio de prata.
Br. Passado a 9-V-1651, publicado nos Brasões Inéditos[4].
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Os apelidos dos antepassados do
armigerado indiciam o seu parentesco com os SOUSA TAVARES, os quais a partir do
século XVI tiveram o senhorio de Mira de juro
e herdade, e eram terratenentes com a sua esfera de influência nas Beiras e
Alentejo onde também exerceram destacados cargos na governação, nomeadamente em
Portalegre, Alegrete, Assumar e Olivença. Os mesmos estiveram ligados à
expansão portuguesa (Séc. XV-XVIII),
Pelo lado dos CUNHAS, apesar da falta de
documentação que o confirme, tudo leva a crer ser descendente do ramo que teve
origem em Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão, o qual andava ligado aos
PROENÇAS, apelido de uma das sua avós, que mais tarde veio dar o conhecido ramo
dos TAVARES PROENÇAS ramo este com grande destaque social no distrito de
Castelo Branco.
Desconhecemos qualquer enlace
matrimonial ou descendência do capitão de infantaria JOÃO TAVARES DA COSTA
CUNHA (c. 1651), o qual, a ter residido em Oeiras, provavelmente prestou
serviço militar durante a Guerra da Restauração da independência num dos
inúmeros fortes então reconstruídos ou edificados no mesmo concelho que naquela
época abrangia uma maior extensão territorial.
Não se conhece uma qualquer
representação em pedra do citado brasão.
Oeiras, Forte de S. Julião da Barra. |
A principal fortaleza de defesa da
entrada no porto de Lisboa era o Forte de São Julião da Barra, a maior
fortaleza marítima do país, edificada em 1568 e ampliado de 1650 a 1655. Era
apoiada do lado da costa por diversas pequenas baterias como a do Forte de
Nossa Senhora do Porto Salvo (1449), e a do Forte de São Bruno (1647), entre
outras, as quais estavam guarnecidas com peças de artilharia e tinha soldados
de infantaria ao seu serviço.
Notas:
[1] SOVERAL,
Manuel Abranches, Ensaio sobre a Origem
dos Proença (Porto, 2010), pp. 5-6. Acedido a 7-11-2018, em: http://www.soveral.info/mas/Proenca.pdf
[2] JOÃO TAVARES DA
COSTA CUNHA (c. 1651), na sua CBA, é dado como tendo por sua mulher D. ANA
PROENÇA DE SOUSA. Porém, noutros documentos, esta aparece como sendo JOANA DE
PROENÇA (Cristóvão Alão de Morais, Pedatura
Lusitana, 1674), ou ainda FILIPA DE PROENÇA (Manuel Abranches de Sobral,
Ensaio sobre a Origem dos Proença, p. 5).
[4] MACHADO, José de Sousa, Brasões inéditos (Braga, A Folha do
Minho, 1906), p. 70.